31 Agosto 2018
Maurício Caleiro
Enquanto dorme a pátria-mãe tão distraída, discutindo bozonices e brincando de dividir ainda mais a esquerda, o STF aprova a terceirização plena, incluindo atividades-fim.
Traduzindo: agora, por exemplo, uma escola pode utilizar-se de uma agência para contratar professores, dispensando-os tão logo o semestre acabe e recontratando-os só quando o próximo semestre começar.
E uma viação pode fazer o mesmo com motoristas, um supermercado com caixas e demais funcionários, etc. Enfim, uma precarização ainda mais extrema das já degradadas condições de trabalho no Brasil.
O resultado: mais horas de trabalho semanais por menor remuneração (quando houver trabalho) e períodos ainda mais prolongados de desemprego, sem plano de saúde, vale-transporte ou qualquer tipo de benefício trabalhista.
Com mais dois efeitos colaterais, pouco citados: concentração ainda maior de capital nas mãos dos mais ricos (que "gastarão" muito menos remunerando o trabalho) e tendência a agravar ainda mais o quadro recessivo, pois haverá menos moeda circulando, posto que as classes altas são sabidamente rentistas e aquele papo de que, no Brasil, flexibilização das leis trabalhistas cria mais vagas já provou ser uma balela.
Por fim, não dá para deixar de assinalar o caráter classista da decisão do STF, a profunda insensibilidade social da corte em um momento de agravamento da miséria e da pobreza, e o fato de a decisão se dar no dia seguinte ao acerto com o presidente golpista que acrescentou mais 16 mil reais às contas bancárias de vossas excelências.
A elite brasileira é de dar nojo.
Cid Benjamin
Depois do retrocesso representado pela aprovação pelo STF da lei das terceirizações, gostaria de ver, de parte do PT, não só uma crítica à decisão criminosa, mas também uma autocrítica pelas nomeações que fez para o Supremo.
Cid Benjamin
Na edição desta sexta-feira, o Globo crítica num duro editorial o aumento salarial para os juízes.
E afirma: "Há dois anos, Temer anunciou uma ponte para o futuro. Termina o mandato numa pinguela em direção ao passado".
Será que, daqui a 40 anos, veremos uma autocrítica em relação ao apoio ao golpe que pôs essa quadrilha no poder?
Luiz Carlos Fernandes
Fernando Altemeyer Junior
O retorno ao mapa da fome da ONU, que ronda o Brasil, foi tema de aula inaugural nesta segunda-feira da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz). Na avaliação dos participantes, o país pode sim retornar ao vergonhoso mapa: de 2014 a 2016, o número de pessoas em extrema pobreza no Brasil saltou de 5.162.737 para 9.972.090. No mundo, de 2015 para 2016, os conflitos armados e crise econômica provocaram crescimento da fome, atingindo mais de 800 milhões de pessoas.
Pe António Teixeira
“FRANCISCO: CULPADO!”
Querido Papa Francisco:
na verdade, és culpado!
És culpado por seres um homem e não seres um anjo!
És culpado porque tens a humildade de aceitar que erras e de pedir perdão. Pedir perdão por ti e por nós. E isso para muitos é inadmissível.
És culpado porque desejavam fosses um juiz é um canonista e és exemplo e testemunho de misericórdia.
És culpado pois que abandonaste a tradição de morares em palácios e escolheres viver no meios das pessoas.
Culpado porque deixaste a sumptuosidade de S. João de Latrão e elegestes a pobreza das prisões, dos orfanatos, dos asilos e das casas de recuperação de adições.
Sim és culpado!
Deixaste de beijar os pés “perfumados” das eminências e beijas os pés “sujos” de condenados, mulheres, doentes, de outras confissões religiosas, de “diferentes”!
És condenado porque abriste as portas aos “recasados” e porque diante de temas dolorosos e pendentes respondes simplesmente: “quem sou eu para julgar?”.
Edegard Silva Junior
Fernando Altemeyer Junior
Os bispos argentinos, espanhois, portugueses apoiam com amor o papa Francisco.
Já os brasileiros seguem CALADOS! Anestesiados?
Fernando Altemeyer Junior
Se bispos não falam nada, clamemos nós como ovelhas da Santa Igreja.
Coragem Francisco.
Siga fiel à Cristo na verdade!
Nancy Cardoso
- com Vanúbia Martins Oliveira
Venezuelana com Hermana
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