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29 Março 2017

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Uma revolução já está em curso, e o Brasil não pode se permitir o luxo de ficar para trás.

Informação divulgada por SVB. 28-03-2017


Em 2050 seremos mais ricos e numerosos: estima-se que a população humana passará dos 9 bilhões, e que – afortunadamente - uma proporção cada vez maior de pessoas irá se incorporar à classe média. Mas temos um problema: nossos hábitos alimentares terão que mudar.


A produção de carnes requer extensas áreas e o uso massivo de recursos naturais escassos. Para se ter uma idéia, uma área do tamanho do continente africano é hoje usada como pasto, e mais de 50% da proteína produzida em solos agrícolas vira ração. O setor também é um dos principais responsáveis pela poluição e consumo de água, de fertilizantes, desmatamento e emissões de gases de efeito estufa. Imaginemos agora alguns bilhões de pessoas a mais no mundo com o apetite – e bolso – para mais carne, leite e ovos. Sem mudanças, será insustentável.


A boa notícia é que uma revolução na forma de produzir alimentos já está em curso. Por um lado, consumidores, investidores e governos se conscientizam dos problemas ambientais, éticos, de saúde, e econômicos associados a criação de bilhões de animais anualmente. Por outro, cientistas e empreendedores no mundo todo já estão explorando formas sofisticadas de desenvolver substitutos de carnes, leites e ovos: produtos como hambúrgueres 100% vegetais “que sangram” estão entre as criações apoiadas por investidores visionários como Bill Gates. Segundo Eric Schmidt, presidente do Google até 2011, “uma revolução irá ocorrer, na qual as proteínas vegetais irão substituir a carne nas próximas décadas”. De fato, gigantes mundiais do setor de produção animal já começam a mudar de rumo: recentemente a Tyson Foods, a Mapple Leaf Foods e a Unilever fizeram investimentos milionários no mercado de proteínas vegetais e substitutos para carnes.


Para incentivar a participação do Brasil nesta mudança, a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) abrirá espaço no próximo VegFest, o maior evento vegetariano da América Latina a ser realizado em Agosto de 2017, para a apresentação de trabalhos científicos com o potencial de contribuir para a mudança necessária nos paradigmas de produção e consumo de produtos animais. “Queremos fomentar uma ciência moderna e relevante, que forme as bases de uma economia mais ética, saudável e sustentável”, diz Cynthia Schuck, diretora científica da SVB.


Uma pesquisa recente da Oxford Martin School mostra também que a mudança seria benéfica à saúde de todos e aos cofres públicos: no Brasil, a redução no consumo de carnes poderia economizar mais de 100 bilhões de reais por ano em gastos com saúde e perda de produtividade no trabalho, além de custos em prejuízos ambientais.


“O Brasil corre o risco de perder o bonde da história se demorar para investir nesta mudança – por um lado, estamos comprometendo nosso capital natural, exportando carne e ração barata sem embutir os altos custos praticados em solo brasileiro; por outro, teremos que importar tecnologia alimentar em um futuro próximo”, comenta Cynthia.


Previsão similar foi recentemente feita por José Luís Cordeiro, fundador e docente da Singularity University, da Nasa, no Vale do Silício. Para ele, mudanças substanciais na indústria alimentícia irão ocorrer que permitirão o desenvolvimento de uma economia mais ecológica, humana e competitiva, e que afetarão diretamente o agronegócio brasileiro.



Os trabalhos aceitos serão amplamente divulgados. Mais informações: http://vegfest.com.br/trabalhos-academicos.html

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