Refugiados, secularização e misericórdia foram temas da conversa do Papa com os bispos poloneses

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Por: André | 29 Julho 2016

O Papa Francisco reuniu-se em privado, na quarta-feira, com os bispos poloneses na catedral de Cracóvia e respondeu às suas perguntas sobre a secularização, a questão dos refugiados na Europa, possíveis maneiras de viver a misericórdia no mundo de hoje e a relação entre os novos movimentos e associações na Igreja e a vida paroquial, segundo informaram representantes dos bispos poloneses e o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, em uma entrevista coletiva.

A reportagem é publicada por Religión Digital, 28-07-2016. A tradução é de André Langer.

Ao terminar o primeiro dia do Papa em Cracóvia, para onde foi para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), Lombardi explicou a decisão do pontífice argentino de se reunir em privado com os bispos para ter uma conversa mais direta e “sem a pressão da imprensa”. Por isso, os bispos fizeram suas perguntas ao Papa, que respondeu sem ter nada por escrito, acrescentou o porta-voz.

O presidente da Conferência Episcopal da Polônia, Stanislaw Gadecki, por sua vez, definiu o encontro como “muito caloroso”, como “o de um pai com seus filhos” e assegurou que em nenhum momento “o Papa quis repreender os bispos poloneses; pelo contrário, criou-se um ambiente de grande empatia”.

Sobre o processo de secularização – “ou descristianização, como o chamou”, segundo Gadecki –, Francisco explicou que o problema está em que “Deus vem sendo eliminado da perspectiva da vida do homem, que, ao mesmo tempo, continua em busca de algo”, e pediu um estilo pastoral “mais próximo”. Em relação aos refugiados, o pontífice encorajou os prelados a usar o “sentido comum”, informado pelos valores do Evangelho, quando oferecem respostas ao drama das pessoas que fogem de seus países por razões de guerra ou opressão.

Os bispos poloneses também perguntaram ao Papa sobre “como praticar a misericórdia no tempo em que vivemos”, sobretudo à luz da Exortação Apostólica Amoris Laetitia, sobre o amor na família. Embora Gadecki tenha manifestado sua satisfação com a maneira como as dúvidas dos bispos poloneses sobre como “salvaguardar a verdade do Evangelho” foram consideradas na redação deste documento, fontes assinalaram que na reunião foi abordada a necessidade, na opinião do episcopado do país, de mais “esclarecimentos” sobre o significado do seu conteúdo.

Por outro lado, o presidente do episcopado polonês também contou que outro tema foi a “vida nas paróquias” e sua relação com os novos movimentos, “se se contrapõem ou não”. O Papa recordou também aos bispos poloneses a necessidade de ocupar-se dos idosos, “e conhecer sua sabedoria e experiência” para criar um vínculo com o mundo dos jovens.

Lombardi, por sua vez, assinalou que o Papa falou da “idolatria do dinheiro, da solidariedade e do compromisso concreto”. E sobre a questão dos refugiados, indicou que “é um problema que deve ser resolvido pela raiz, em seus países de origem”.

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