23 Março 2017
Disenteria
“É mentira que demos coletiva em off para vazar nomes deinvestigados pela Lava-Jato. Isso foi divulgado irresponsavelmente por um meio de comunicação e repercutido por gente que sofre de desinteria verbal, por mentes ociosas e dadas a devaneios” – Rodrigo Janot, procurador-geral da República – Zero Hora, 23-03-2017.
Servilismo e compadrio
“No fundo são apenas difamadores. Como disse Montesquieu, o homem público deve buscar sempre a aprovação, nunca o aplauso. E, se o busca, espera-se, ao menos, que seja pelo cumprimento do seu dever para com as leis; jamais por servilismo ou compadrio” – Rodrigo Janot, procurador-geral da República, respondendo as críticas à PGR – Zero Hora, 23-03-2017.
Banquetes palacianos
"Procuramos nos distanciar de banquetes palacianos. Fugimos dos círculos de comensais que cortejam desavergonhadamente o poder político” - Rodrigo Janot, procurador-geral da República – CartaCapital, 22-03-2017.
Decripitude moral
"Ainda assim, em projeção mental, alguns tentam nivelar a todos à sua decrepitude moral, e para isso acusam-nos de condutas que lhes são próprias, socorrendo-se não raras vezes da aparente intangibilidade proporcionada pela posição que ocupam no Estado” - Rodrigo Janot, procurador-geral da República – CartaCapital, 22-03-2017.
Carne fraca
“A corrupção existe, afinal, porque a carne é fraca. Como disse o Oscar Wilde – outro que teria emprego garantido como frasista na Polícia Federal –, “eu resisto a tudo menos à tentação” – Luís Fernando Verissimo, escritor – Zero Hora, 23-03-2017.
Carne insaciável
“A tentação é demais. Somos pobres almas inocentes reféns da nossa própria carne e das suas fraquezas. De certa maneira, Carne Fraca é quase uma absolvição da corrupção epidêmica que assola o país. Rouba-se tanto porque a carne não se satisfaz com pouco, é incapaz de se contentar com o que já tem. Porque a carne é insaciável” – Luís Fernando Verissimo, escritor – Zero Hora, 23-03-2017.
Centavo a mais
“Nenhum corrupto racionaliza a sua fome de ter mais, sempre mais. Nenhum decide: quero tanto e chega. Tenho um Lamborghini e dois Porsches, um para cada pé, piscina aquecida em forma de trevo, uma mulher com menos dedos e orelhas do que o necessário para usar todas as joias que lhe dou, contas na Suíça e em Lichtenstein, apartamento em Palm Beach – e pronto. Não preciso de nem um centavo a mais” – Luís Fernando Verissimo, escritor – Zero Hora, 23-03-2017.
Balão
“É um pouco como o paradoxo do balão: só se descobre a capacidade máxima de um balão, o ponto em que um sopro a mais o estouraria, quando o sopro a mais é dado e ele estoura. Só se descobre quando era o momento de parar de roubar quando o momento já passou” – Luís Fernando Verissimo, escritor – Zero Hora, 23-03-2017.
Não perdoa, mas entende
“‘Carne Fraca’ tem algo até de carinhoso, na sua ironia. A Polícia Federal, ou o autor do nome da operação, reconhece que não é fácil deixar de roubar, com tanto dinheiro voando por aí, com tantas oportunidades que o Brasil oferece para a maracutaia e o molha a mão. O que “Carne Fraca” diz é que a Polícia Federal não perdoa, mas entende” – Luís Fernando Verissimo, escritor – Zero Hora, 23-03-2017.
Sonhos mortos
“O que talvez tenha assustado a família Temer no Palácio do Planalto, a ponto de eles voltarem a residir no Palácio do Jaburu, destinado à Vice-Presidência, sejam os fantasmas dos nossos sonhos mortos que vão se acumulando, geração após geração, na história deste país” – Luiz Ruffato, escritor – El País, 23-03-2017.
Chapa Dilma-Temer
“O que é inadmissível, e aí realmente eu não aceito, é que o argumento poderoso dos fatos seja derrotado por fundamentos que não têm sustentação, exceto no jogo do poder. Porque isso descaracteriza o estado de direito” – Herman Benjamin, relator no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do processo que pede a cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer – O Estado de S. Paulo, 23-03-2017.
Melar, eis a tentação
“A turma que tenta melar a Lava Jato ganhou mais um motivo para sonhar. O ministro Gilmar Mendes sugeriu que a delação da Odebrecht pode ser anulada pelo Supremo Tribunal Federal. Seria um tiro fatal nas investigações sobre os repasses da empreiteira a políticos” – Bernardo Mello Franco, jornalista – Folha de S. Paulo, 23-03-2017.
Método infalível
“A anulação do caso poria em risco todas as investigações em curso no país. Daqui para a frente, os advogados passariam a adotar um método infalível: vazar provas contra os próprios clientes e pedir sua absolvição sumária. Seria um cenário ingrato até para os criminalistas, que se veriam obrigados a baixar o valor dos honorários”– Bernardo Mello Franco, jornalista – Folha de S. Paulo, 23-03-2017.
Em memória
“Em meio à expectativa de que o ministro Edson Fachin derrube o sigilo dos depoimentos de delatores da Odebrecht, Francisco Zavascki, filho de Teori Zavascki, deu um conselho ao substituto de seu pai na relatoria da Lava Jato no Supremo. “Falei a ele que se proteja, física e espiritualmente. Sou testemunha de como o pai sofreu por causa desse processo.” Francisco diz não se preocupar com o desfecho da operação. “Ele é um grande juiz. Quanto a isso, estou tranquilo” – Daniela Lima, jornalista – Folha de S. Paulo, 23-03-2017.
Pato de Paulo Skaf
“Detentores de grandes fortunas sugerem ao governador de Nova York que paguem impostos maiores, para mais recursos destinados aos sem-teto, pobres em geral e escolas. Aguarda-se o comentário do pato do Paulo Skaf” – Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 23-03-2017.
Roberto Campos
“A Fundação Getúlio Vargas, do Rio, inaugura novo prédio, para a Escola de Administração. Ao qual dará o nome de Roberto Campos. Que, como administrador, estourou dois bancos”– Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 23-03-2017.
Gilmar Mendes
“O ministro Gilmar Mendes está atacado”– Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 23-03-2017.
Dúvida
“Quem é o presidente do Brasil? O Temer ou o Gilmar Mendes? O Temer é o ilegítimo e o Gilmar, o legítimo” – José Simão, humorista – Folha de S. Paulo, 23-03-2017.
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