Com as mudanças climáticas, corais do mundo sofrerão branqueamento severo, alerta ONU

Imagem: Corais na Ilha Jarvis, território norte-americano no sul do Oceano Pacífico. Foto: USFWS/Jim Maragos

Mais Lidos

  • Esquizofrenia criativa: o clericalismo perigoso. Artigo de Marcos Aurélio Trindade

    LER MAIS
  • O primeiro turno das eleições presidenciais resolveu a disputa interna da direita em favor de José Antonio Kast, que, com o apoio das facções radical e moderada (Johannes Kaiser e Evelyn Matthei), inicia com vantagem a corrida para La Moneda, onde enfrentará a candidata de esquerda, Jeannete Jara.

    Significados da curva à direita chilena. Entrevista com Tomás Leighton

    LER MAIS
  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

12 Janeiro 2017

Segundo a ONU Meio Ambiente, os corais são um dos ecossistemas mais importantes do planeta e estão perdendo suas cores devido aos impactos da mudança climática. Recifes de corais já estão sob ameaça devido à pesca excessiva e ao turismo e são muito vulneráveis à mudança climática porque são afetados facilmente pelo aquecimento das águas.

A reportagem é publicada por ONU Brasil, 11-01-2017.

Se as tendências atuais continuarem e o mundo deixar de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, quase todos os recifes de coral do mundo sofrerão branqueamento severo, alertou na quinta-feira (5) um novo estudo do Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA). Segundo a agência, os corais são um dos ecossistemas mais importantes do planeta e estão perdendo suas cores devido aos impactos da mudança climática.

Pelas projeções do estudo, os recifes de Taiwan e das ilhas caribenhas Turcas e Caicos serão os primeiros a enfrentar o branqueamento anual. Algumas décadas depois, será a vez dos corais do Barein, do Chile e da Polinésia Francesa perderem suas cores.

Segundo o chefe do PNUMA, Erik Solheim, “as previsões representam um tesouro para os que lutam para proteger um dos ecossistemas mais magníficos e importantes do mundo. Com os dados, pesquisadores e governos poderão agir antes que seja tarde demais e priorizar a conservação”.

O estudo aponta que, em média, os corais vão começar a sofrer um branqueamento anual a partir de 2043. Sem o mínimo necessário de cinco anos para a regeneração, as

ocorrências anuais terão um efeito mortal sobre os corais e perturbarão os ecossistemas que eles suportam.

No entanto, se os governos assumirem as promessas do Acordo de Paris e reduzirem as emissões de gases, os recifes terão mais 11 anos para se adaptar ao aquecimento da água do mar antes de começarem a perder a coloração.

Entre 2014 e 2016, houve o maior branqueamento já registrado no mundo, que matou corais numa escala sem precedentes. No ano passado, 90% da Grande Barreira de Corais da Austrália sofreu branqueamento e mais de 20% dos recifes da região acabaram morrendo. Os recifes de corais já estão sob ameaça devido à pesca excessiva e ao turismo e são muito vulneráveis à mudança climática porque são afetados facilmente pelo aquecimento das águas.

Quando a temperatura do mar sobe, as algas que dão as cores vibrantes aos corais saem do hospedeiro, fazendo com que os corais fiquem brancos. Sem as algas, os corais correm risco de passar fome e ficam suscetíveis a doenças. Acesse o estudo clicando aqui.

Leia mais