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21 Junho 2025

"Enquanto muitos tentam reduzir a escola a um balcão de soluções rápidas, o professor insiste nas estratégias necessárias para um efetivo processo formativo. Na contramão da lógica imediatista, o educador sustenta o tempo do questionamento, da reflexão, da revisão de ideias. E isso, em tempos de hiperaceleração e superficialidade digital, é um ato quase revolucionário", escreve Robson Ribeiro, teólogo, filósofo e professor. É formado em História, Filosofia e Teologia, áreas nas quais trabalha como professor em Juiz de Fora (MG).

Eis o artigo.

Quando a escola se ocupa demais em agradar, perde a chance de educar. Ao abdicar de sua voz crítica e pedagógica para não desagradar a clientela, o que era espaço de formação se converte em palco de entretenimento.

Diz-se por aí que os pais estão mais engajados na vida escolar dos filhos. E estão, sim – mas não como parceiros da educação, e sim como fiscais implacáveis, como se estivessem auditando uma empresa que deve prestar contas em relatórios e gráficos de desempenho. A pedagogia, nesse cenário, foi rebaixada ao papel de figurante nas assembleias digitais do grupo de WhatsApp. Portanto, não há espaço para reflexão crítica onde reina a lógica do consumidor.

A escola, que deveria ser o lugar de passagem da infância à cidadania, tem sido moldada como um ateliê de experiências personalizadas, voltado a satisfazer as expectativas de um cliente cada vez mais sensível à frustração. O aumento da busca por laudos que justifiquem qualquer desvio do esperado revela o desejo de blindar o indivíduo contra os percalços da vida. Nas reuniões de pais, o destaque não vai para os educadores nem para as ideias pedagógicas transformadoras – mas para o pai de um aluno, que exige “neutralidade” na aula de História, por exemplo.

A autonomia docente, na visão dos pais, virou quase um ato de rebeldia. O que se espera do professor não é que ensine com base em sua formação e experiência, mas que pergunte aos pais o que desejam que seus filhos aprendam – como se a escola fosse um self-service de conteúdos e o professor, apenas um garçom de saberes sob demanda.

Hoje, a maturidade é quase proibida na escola dominada pela vontade dos pais. O aluno pode tudo, desde que seus responsáveis assim determinem. Se há agressividade, a culpa é da vítima; se há desrespeito, o problema é do docente que não cativou; se há notas baixas, o erro está no método – nunca na falta de empenho.

Essa lógica forma jovens com autoestima narcísica e pouca autocrítica; preparados para viralizar, mas não para ouvir “não”. Neste aspecto esse narcisismo se dá pela falta de empatia e a dificuldade em se relacionar, resultando em manipulação, exploração e danos nos relacionamentos.

Desta forma, infelizmente, ao invés de valorizar a condição humana, como Sócrates e sua humildade diante do saber, com a célebre frase “Só sei que nada sei”, os estudantes, apoiados por seus pais, apenas ressoam o “Eu sei tudo e a escola e os professores estão errados”, ou seja, a escola, nesse contexto, não forma cidadãos – formam clientes.

Em meio a esse cenário onde a pedagogia é constantemente sufocada pela lógica do cliente, emerge a figura do professor como verdadeiro guardião da civilização e da democracia. A docência, longe de ser um mero ofício de transmissão de conteúdos, é um ato de resistência, um exercício de coragem civilizatória.

O professor não é, e jamais deveria ser, um prestador de serviços que adapta seu saber às exigências momentâneas. Sua função vai muito além da entrega de pacotes de conteúdos. O educador é aquele que provoca, que desestabiliza certezas frágeis e abre espaço para a dúvida – matéria-prima do pensamento crítico.

Não se trata de negar o diálogo com as famílias, que são, sim, parceiras no processo educativo. Mas parceria não é subordinação. O papel da escola não é confirmar as verdades privadas de cada núcleo familiar, e sim apresentar ao estudante a complexidade do mundo, suas múltiplas leituras e os desafios de viver em sociedade. Desta forma educar é abrir janelas para mundos possíveis, não trancar o aluno na bolha confortável das suas próprias convicções.

O professor é, portanto, mediador entre o sujeito e o conhecimento, entre o presente e a herança cultural da humanidade, entre o desejo individual e o pacto coletivo que torna possível a vida em sociedade. Sua missão não é agradar, mas formar. Não é proteger de todo desconforto, mas ensinar a elaborar a frustração, a incerteza, a diferença.

Enquanto muitos tentam reduzir a escola a um balcão de soluções rápidas, o professor insiste nas estratégias necessárias para um efetivo processo formativo. Na contramão da lógica imediatista, o educador sustenta o tempo do questionamento, da reflexão, da revisão de ideias. E isso, em tempos de hiperaceleração e superficialidade digital, é um ato quase revolucionário.

Por isso, quando uma escola silencia seus professores para agradar pais exigentes e filhos hiperprotegidos, não perde apenas sua função pedagógica – perde também sua função social. Afinal, não há projeto civilizatório possível sem a mediação ética, crítica e afetiva que só a escola, através dos professores, pode oferecer.

A verdadeira escola não forma clientes satisfeitos, mas cidadãos inquietos, capazes de pensar o mundo e intervir nele. E isso exige, necessariamente, reconhecer no professor um intelectual comprometido com a formação de sujeitos livres, responsáveis e críticos.

Portanto, valorizar o professor não é um favor – é um imperativo ético, social e civilizatório. É compreender que, sem a mediação do educador, resta-nos apenas a reprodução das ignorâncias, o reforço das intolerâncias e o esvaziamento do espaço público. Portanto a verdadeira educação precisa de coragem para contrariar, não de submissão para agradar.

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