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“Estamos assistindo ao fim do ciclo das democracias liberais”. Entrevista com Patrick Boucheron

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04 Dezembro 2024

Patrick Boucheron nos leva de volta, com sua obra e conversa, aos tempos de escola, quando tentávamos memorizar uma data. Depois, surgiram aqueles que diziam que o esforço de memorizar era desnecessário. E agora ele afirma que a data é a chave para entender a história. Sem entendê-la, não decifraremos os grandes porquês de nossas vidas: por que mandamos ou obedecemos a pessoas de outros países ou sobrenomes; recebemos mais ou menos; e vivemos melhor ou pior do que elas.

A resposta é que elas e os seus governantes souberam desenredar a sucessão de datas de sua história para realizar a narrativa da nossa. Nós, humanos, internalizamos as razões por meio das narrativas. E a história é a narrativa de todas as narrativas: um tesouro. O historiador é generoso em compartilhá-lo com todos e oferecer a chave da sua emancipação.

A entrevista é de Lluís Amiguet, publicada por La Vanguardia, 03-12-2024. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Ser testemunha de um fato é uma vantagem ou desvantagem para o historiador?

Eu me formei como historiador da Idade Média, então, para mim, o essencial eram as fontes.

Mas agora escreve sobre todos os períodos e sobretudo acerca de datas da história.

Por isso, preciso questionar as fontes dos fatos históricos mais recentes e uma das coisas que mudou é que ver um fato não significa mais que esteja correto.

Acontece também conosco, jornalistas: não sabemos mais se uma foto é ou não fake.

Hoje, sabemos que uma imagem não demonstra mais um fato. A falsidade de algumas fontes é tão antiga quanto a própria história.

E se você tiver certeza de que o fato aconteceu?

Vê-lo diretamente não significa entendê-lo.

Por exemplo?

Em 1989, eu estava como todos na frente da TV vendo a queda do Muro de Berlim...

Uma loucura que ninguém previa. Hoje, pensaríamos que era tudo fake da CIA.

Então, a interpretação mais comum entre analistas, jornalistas, colunistas e geoestrategistas era que a queda do muro, em 1989, juntamente com os protestos de Tiananmen, significava o fim da história e de sua tensão política.

O título de Fukuyama resumia tudo: a democracia prevaleceria para sempre.

No entanto, agora, penso que aconteceu totalmente o contrário. Foi o início do fim do ciclo das democracias liberais, pois com a queda da URSS e do comunismo férreo, ficaram sem inimigo.

E isso foi ruim para as democracias?

É o que estamos comprovando hoje com o ressurgimento dos autoritarismos. Estamos vivendo o fim desse ciclo de democracias liberais que dominaram o mundo.

Você selecionou as datas da história da história. Escolha, agora, três ou quatro.

O golpe de Estado de Pinochet.

Por quê?

Porque está documentado com precisão em imagens. E para mim o desafio é nunca dizer a última palavra sobre o visto. Não brincar de ser testemunha, vítima ou historiador. Deixá-lo aberto para a memória viva do Chile e que continue presente no presente.

Qual é a sua segunda data favorita?

A pré-história. Entrar na caverna de Lascaux e suas pinturas rupestres.

Por que você se interessa por cavernas?

Porque a pré-história nos faz olhar para a pós-história: o que haverá depois. O homem das cavernas nada faz senão antecipar o que haverá, como aponta Bataille, “après l’histoire”. Lascaux e Hiroshima estão unidas assim...

É preciso se assombrar?

Também tenho interesse nos documentos que na verdade não existiram. As fake são tão antigas como a própria história e como o documento de Constantino, que foi inventado no século IV para justificar o domínio de Roma sobre a parte ocidental do império.

O que o documento falso dizia?

Nesse documento, o imperador Constantino doava parte do Império Romano ao Papa. E era falso. O documento mais importante do período medieval era simplesmente falso.

Foi falsificado na era carolíngia e já foi denunciado como falso por Lorenzo Valla, em 1440. A doação de Constantino nunca existiu.

E uma data histórica que você viveu?

Desde os ataques islamistas de 2015, todos entendemos que as nossas vidas mudariam. Houve um antes e um depois.

Dez anos após os atentados de 2015, como mudaram?

Foram um luto privado, mas uma emoção pública. Aqueles ataques em Paris foram uma catástrofe política, mas ao mesmo tempo se assinava o Acordo de Paris contra a mudança climática.

Como os relaciona?

O princípio para entender o que acontece em nossas vidas é a data.

É necessário memorizá-las como na escola?

Se quer entender por que as coisas acontecem, deve relacionar as datas e assim verá como alguns fatos históricos se relacionam com outros.

Ainda temos tempo para outra grande data.

Fico encantado com o fascínio popular pelo Egito dos faraós e como o egiptólogo se converte, por sua vez, em história.

Por quê?

Porque a arqueologia é a busca do tesouro com o qual todas as crianças sonham.

Só isso?

Muito mais. É também a busca das origens, porque as origens do passado podem justificar dominações presentes.

Foi por isso que os museus foram criados?

É por isso que as potências coloniais escavavam e faziam arqueologia nas colônias, para justificar a sua presença, e espoliavam o resultado.

E hoje os museus enchem os seus hotéis.

Para mim, a arqueologia é também a busca de outro tesouro, o tesouro do conhecimento. Se você é um espoliador, não compartilha o seu tesouro, mas um historiador e um professor compartilham o deles sem limites.

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