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Toni Negri, o filósofo da insurreição, morre aos 90 anos

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18 Dezembro 2023

O pensador italiano, que faleceu em Paris, esteve envolvido na luta revolucionária, passou pela prisão e foi deputado do Partido Radical.

A reportagem é de Daniel Verdú, publicada por El País, 16-12-2023.

O filósofo e ativista italiano Toni Negri (Pádua, 1933) faleceu aos 90 anos em Paris. A notícia foi dada por sua esposa, a filósofa francesa Judith Revel, e sua filha Anna, que o recordou com uma publicação no Instagram. Professor de Teoria do Estado na Universidade de Pádua, Negri esteve envolvido na luta revolucionária desde a década de 1960, tanto como pensador quanto como ativista. Participou de várias iniciativas, como Poder Operário ou Autonomia Operária, que questionavam o papel dos trabalhadores na grande fábrica mecanizada, e foi preso sob acusações de atos terroristas. Negri foi um gigante do pensamento, um dos últimos elos entre as ideias e a mudança política, entre a universidade e a rua.

A Negri coube viver o melhor e o pior dos tempos possíveis para a construção de uma ideologia política que colonizasse os anseios de mudança a partir do pensamento. Dizer que a Itália vivia um período tumultuado, dada sua história, seria praticamente como não dizer nada. Mas é verdade que no fim da década de 1960 e no início da década seguinte, formou-se no esgoto da política um redemoinho diabólico que resultou nos famosos Anos de Chumbo. As ideias, a cultura e a política se tornaram um coquetel incomum — especialmente visto da perspectiva atual — no qual alguns intelectuais e professores universitários sem habilidades especiais para agitação se tornaram referências na luta e no tumulto que vinha das ruas. Negri foi um desses mestres, "cattivi maestri [maus mestres]", como alguns o chamaram na Itália, como lembrou o ministro da Cultura, Gennaro Sangiuliano, no sábado. E assim começou sua lenda.

O pensador italiano, autor de obras como "El tren de Finlandia" (1990), "Spinoza subversivo" (1994), "Europa e Imperio" (2003) e a apaixonante "Imperio" (2000), escrita com Michael Hardt, já era um grande intelectual reconhecido internacionalmente quando faleceu em Paris. No entanto, teve uma vida complexa, plena e repleta de atalhos entre a academia e a perigosa aventura da luta política. Um homem dos livros, em resumo, que acabou vivendo de maneira tumultuada o seu tempo. Em seus primórdios, em sua Pádua natal e à sua maneira, influenciado por um certo mundo católico italiano (pertencendo à Ação Católica), era socialista. No entanto, era fundamentalmente reconhecido naquela época por ser um grande estudioso do filósofo Baruch Spinoza, o pensador da liberdade do século XVII.

O maio de 68, no entanto, atravessou a obra e a vida de Negri de maneira decisiva, emergindo nele o ímpeto revolucionário, um impulso de revolta nas formas mais românticas. Sem ter sido inicialmente puramente comunista (ele era um crítico), mais um marxista muito sui generis, vivendo o relato político a partir das universidades e entrando no calor das lutas estudantis por meio desses muros, ele se tornou necessariamente uma referência de uma esquerda extraparlamentar que ainda estava por se formar. Um novo mundo com tentações muito concretas para a revolução. Gestos, como a violência ou o uso de armas, que impediriam muitos de retroceder. Negri nunca empunhou uma pistola, mas nos anos 70 tornou-se um legitimador dessa forma política, mesmo que fosse através de uma certa estética e romantismo. "Quando coloco a máscara, sinto o calor da luta operária", disse ele em uma ocasião.

Negri, agora lembrado por alguns conhecidos como alguém desconfiado, de gesto hierático e com certa arrogância intelectual, fundou a Autonomia Obrera. Isso aconteceu um ano após o assassinato de Aldo Moro pelas Brigadas Vermelhas — do qual ele também foi acusado e absolvido — e foi criado como um artefato político que orbitava fundamentalmente em torno da ideia da espontaneidade da revolta e insurreição, existindo entre 1973 e 1979. Foi uma época violenta, em que toda manhã a Itália acordava com alguém que havia sido baleado na perna, uma bomba ou uma ameaça. À direita e à esquerda. E muitos intelectuais viram como suas ideias ultrapassavam os muros da universidade — a de Pádua, no caso de Negri — e acabavam se transformando em munição para a revolta que incendiava as ruas, os pátios das fábricas no norte da Itália.

Em 7 de abril de 1977, o juiz Pietro Calogero, em uma operação batizada com a data em que ocorreu, ordenou a prisão de Negri e outros intelectuais. Negri foi julgado e acusado de participar de atos terroristas e de liderar uma insurreição armada. Foi absolvido dessas acusações, mas não da cumplicidade em um roubo em 1974, pelo qual foi condenado a 12 anos de prisão. No entanto, quando ele entrou na prisão, o líder do Partido Radical, Marco Pannella, decidiu em 1983 incluí-lo em suas listas e torná-lo deputado no Parlamento. Essa condição permitiu que ele saísse da prisão e, ao mesmo tempo, gerou um novo escândalo por sua inclusão na vida política do país. A imagem de um condenado acusado de terrorismo entrando no Palácio de Montecitorio indignou a direita de todo o país.

Mas Negri, na realidade, enganou Pannella. Ou talvez não tanto, porque o líder dos Radicais já era um liberal generoso que se permitia certas improvisações (também escolheu Cicciolina como deputada em 1987). E o movimento serviu ao pensador, fundamentalmente, para escapar da Itália para a França, onde pôde se beneficiar da doutrina Mitterrand, pela qual o governo francês se recusou a extraditar membros da extrema-esquerda italiana refugiados no país. Lá, Negri, talvez um homem demasiado sério para ser italiano — em Paris encontrou um cenário perfeito para sua forma de estar no mundo —, lecionou na Universidade de Sorbonne e no Collège International de Philosophie, entre outras instituições.

Paris, no entanto, também não foi uma fase tranquila. O filósofo tinha muitas pendências na Itália e chegou a sofrer uma tentativa de sequestro pelos serviços secretos italianos. Negri só retornou ao seu país no verão de 1997 para cumprir a sentença pendente e encerrar aquela perseguição. Dois anos depois, foi concedida a ele a liberdade condicional. Ele concluiu sua sentença em 2003. "Ele foi um mau mestre porque, depois de 68, a transição do movimento juvenil para a página obscura dos Anos de Chumbo, com o terrorismo de direita e de esquerda, causou muitas vítimas inocentes", declarou o ministro da Cultura italiano, Gennaro Sangiuliano, na rádio italiana. "Em termos legais, a expressão de ideias é uma coisa e a prática material da violência é outra", acrescentou. Vale ressaltar também que Sangiuliano fez parte do Movimento Socialista Italiano pós-fascista e é o homem a quem Meloni encarregou a missão de transformar a cultura em uma peça-chave da direita radical para controlar o discurso político.

As palavras do ministro também refletem uma mudança de época em que Negri era cada vez menos conhecido em um país que construiu na universidade, nas ideias e nas políticas o edifício da modernidade. No entanto, é um momento em que algumas das feridas daquele tempo ainda não cicatrizaram completamente.

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