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Toni Negri: testemunho de uma vida filosófica e militante

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30 Março 2022

 

“Extraordinário afresco de uma época construída sobre a contestação e a luta política, Historia de un comunista, de Antonio Negri, é também, como o próprio autor explicita ao longo das mais de seiscentas páginas de relato, a fotografia de uma existência construída a partir da resistência enraizada no amor à vida”, escreve Luis Diego Fernández, doutor em filosofia, ensaísta, professor na Universidade Torcuato di Tella, Argentina, em artigo publicado por Clarín-Revista Ñ, 28-03-2022. A tradução é do Cepat.

 

Eis o artigo.

 

O nome de Antonio Negri (Pádua, 1933) é um significante que remete a uma quantidade de referências centrais no pensamento contemporâneo: militante incontestável do chamado operaísmo italiano, membro-fundador de publicações determinantes no campo de esquerda como Quaderni Rossi, Classe Operaia e Futur Antérieur, amigo e colaborador intelectual de Félix Guattari, assim como autor de Império (2000), junto com Michael Hardt, um clássico da teoria política que atualizou a tese da esquerda autonomista, a partir de leituras de Foucault e Deleuze, no mundo globalizado e multipolar posterior à queda do Muro de Berlim.

Todos esses aspectos, mais uma diversidade de rostos não conhecidos de Negri, formam a matéria-prima de Historia de un comunista (Tinta Limón e Traficantes de Sueños, versão em espanhol), a primeira parte da autobiografia do filósofo italiano, que narra a sua vida desde o nascimento até 7 de abril de 1979, momento em que é preso.

 

Capa do livro "Historia de un comunista" (Tinta Limón e Traficantes de Sueños). Arte da capa: Juan Pablo Fernández.

 

Narrado majoritariamente na primeira pessoa do singular, mas com algumas inserções da terceira pessoa (por exemplo, “Toni era muito mais comunista do que era o próprio PCI”), e estruturado em três partes a partir de eixos claros (catolicismo, operaísmo, o 1977 italiano), o livro permite ser lido como o testemunho de uma vida filosófica e militante solidificada a partir de uma inabalável vontade de verdade que permeou o jovem Negri desde a sua infância.

A primeira parte, intitulada “Marcharse” [na versão em espanhol], inicia contextualizando o cenário da infância do pensador, Pádua no final da Segunda Guerra Mundial, marcado por uma pessoa e uma tragédia: sua mãe Aldina, segundo suas palavras, “forte como uma montanha” e o trauma do suicídio de seu irmão Enrico, militante fascista criado em um lar de esquerda, que tirou a própria vida para não cair nas mãos dos comunistas. A partir daquele acontecimento traumático, diz Negri, “sempre odiei a Pátria”.

O início militante do filósofo italiano começa com a Gioventù Italiana di Azione Cattolica (GIAC), questão que ocorre simultaneamente ao despertar de sua vocação filosófica. Negri se matricula na Faculdade de Filosofia da Universidade de Pádua, no início dos anos 1950, apesar da reação negativa de sua família. Nesse sentido, o jovem Toni transita uma exploração espiritual e intelectual na qual seu antifascismo visceral, produto do drama familiar, anda de mãos dadas com sua condenação ao nacionalismo e a imersão em duas tradições: a cristã e a esquerdista.

 

A revelação em um kibutz

 

Será vivendo sua militância católica que em uma viagem a Israel o pensador conhece por dentro a experiência dos kibutzim, acontecimento crucial que lhe permite experimentar a realização palpável de um esquema socialista, autônomo e autogerido, três atributos que definem o que será o magma do pensamento negriano. Tal evento é o que levará Negri a afirmar o seguinte: “A experiência radical da organização do trabalho e da sociabilidade nos kibutzim demonstrava o caráter não utópico e, por conseguinte, a possibilidade de formas democráticas de convivência e de decisão no comunismo”.

São anos de intensa disciplina de estudo para o filósofo que começa a perceber suas afinidades com o historicismo e o vitalismo, assim como a sua rejeição à dialética hegeliana e a concepção de identidades homogêneas.

A segunda parte do livro, com o título “Laboratorio véneto” [na versão em espanhol], mergulha nas derivas da esquerda europeia, nos debates de Negri com o stalinismo e a social-democracia, ao mesmo tempo em que aprofunda a narrativa dos vínculos amorosos do autor com suas mulheres (Marisa, Paola Meo), mas, sobretudo, aborda o momento de construção gradual da série operaísta, tanto em nível teórico, por meio da publicação dos Quaderni Rossi, como a partir da pesquisa sobre as fábricas, para definir a modalidade das lutas operárias em seu interior.

Neste marco, nasce Potere Operaio, nos números finais do Progresso Veneto, como uma folha acrescentada para a distribuição e com o propósito de se deslocar para a esfera da autonomia operária.

A ideia central do projeto autonomista, segundo Negri, baseava-se na rejeição ao trabalho assalariado, com o propósito de produzir uma nova subjetividade que não fosse efeito da dinâmica capitalista. No entanto, ao mesmo tempo também se criticava a subjetivação enviesada pelo sindicalismo e a política partidária.

Desse modo, o operaísmo nasce em torno de 1962, na medida em que o operário se opõe não só às máquinas, mas a si mesmo, ou seja, recusa a fazer parte do ciclo do capital. Nesse sentido, as peripécias filosófico-militantes de Negri terão um lugar privilegiado na publicação de Classe Operaia, junto com a presença fundadora de Mario Tronti e o planejamento de ações de sabotagem dentro das indústrias italianas.

São também tempos de estudo sistemático da obra de Marx pelo autor, uma descoberta teórica para quem se definia antes comunista que marxista.

A terceira e última parte de Historia de un comunista, intitulada com precisão Diez años del 68 [na versão em espanhol], constitui o momento de maior efervescência política que tem como referência as ações de luta operária na FIAT, em julho de 1969. Nesse marco de maximalismo e revolução em potência, Negri descreve em detalhes os debates dentro da Potere Operaio e sua relação com outras organizações de esquerda como Lotta Continua, de Adriano Sofri, até chegar ao mítico ano de 1977, lido como análogo ao 1968 francês.

No entanto, para Negri, diferente do maio parisiense, o “68 italiano” não foi um acontecimento que, ao final, tornou-se a ponta de lança da modernização do país, mas um ciclo que durou quase dez anos que envolveu, segundo suas palavras, “uma recomposição de forças operárias e estudantis”.

Se o maio francês teve como centro as universidades, o 1977 italiano se firmará nas fábricas, sem por isso descuidar do processo de libertação dos modos de vida em termos pessoais (divórcio, aborto, diversidade sexual, experimentação).

Diz Negri de maneira concludente: “O 77 representou para a Itália – e talvez também para a Europa – o primeiro e decisivo surgimento de uma nova antropologia do trabalho: a afirmação de uma nova força de trabalho socializada e intelectualizada, que leva ao seu amadurecimento tudo o que 68 só havia tocado”.

Extraordinário afresco de uma época construída sobre a contestação e a luta política, Historia de un comunista, de Antonio Negri, é também, como o próprio autor explicita, ao longo das mais de seiscentas páginas de relato, a fotografia de uma existência construída a partir da resistência enraizada no amor à vida.

 

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