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Pacem in Terris, canteiro de obras aberto. Artigo de Tonio Dell’Olio

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12 Abril 2023

"Não poderemos esquecer que se trata da primeira encíclica na história do cristianismo em que um Pontífice ousa dirigir-se não só às hierarquias da sua Igreja e da sua comunidade de crentes, mas também a todos os homens de boa vontade. De fato, parece completamente ilusório imaginar que o esforço de uma única comunidade poderia ser suficiente para criar as condições de paz se não existisse ao mesmo tempo, o empenho comum daqueles que provêm de diferentes caminhos de vida, culturas, religiões e crenças", escreve Tonio Dell'Olio, presidente da Pro Civitate Christiana, em artigo publicado por Rocca, Nº 7, 01-04-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Dizer que a Encíclica, cujo 60º aniversário celebramos, seja a pedra angular da reflexão católica sobre a paz tem dois lados da mesma moeda. Por um lado, significa reconhecer um mérito à previsão profética do Papa João, que intuiu plenamente que “A paz na terra, anseio profundo do ser humano de todos os tempos, só pode ser estabelecida e consolidada no pleno respeito pela ordem estabelecida por Deus" o que equivale a dar centralidade e plena dignidade à paz na reflexão teológica e não simplesmente na ordem moral dos comportamentos e das escolhas pessoais.

O outro lado da moeda diz que se ainda hoje precisarmos fazer referência àquele importante documento do magistério para articular e formular um pensamento sobre a paz, quer dizer que nesses 60 anos não conseguimos gerar uma alta reflexão ou não conseguimos plenamente dar continuidade ou realização às inspirações contidas na Pacem in terris.

Certamente o magistério posterior continuou na denúncia incansável da guerra como negação do anúncio evangélico da fraternidade e do amor. Claro que não faltaram os apelos dos Papas a cada rimbombar de canhão e a denúncia da corrida armamentista como ato inerentemente imoral que diz respeito ao investimento, posse e uso daqueles instrumentos de morte. Multiplicaram-se as declarações dos Dicastérios da Santa Sé, dos Observadores permanentes nas agências das Nações Unidas e do próprio Papa Francisco contra as armas nucleares.

As mensagens para o Dia Mundial da Paz de cada início de ano desde 1968 até hoje, constituem um rico e variado poliedro para aprofundar o caminho da paz. Apesar disso não foi possível gerar um salto à frente no plano primorosamente teológico e fundacional do valor/princípio da paz à luz do Evangelho. Prova disso é que nas faculdades de teologia, por exemplo, está completamente ausente um ensinamento da teologia da paz e que ainda são explicitados os princípios da guerra justa e da legítima defesa à luz da mais tradicional Doutrina Social da Igreja.

Da mesma forma, o ensino profundo e firmemente fundamentado nas palavras e na prática de Jesus de Nazaré da não-violência, sente dificuldade em encontrar uma sistematização e uma difusão na consciência eclesial. Portanto, pelo menos esses dois elementos indicam uma espécie de Pacem in terris inacabada que aguarda para ser totalmente realizada.

O mesmo acontece em relação à confiança que a Encíclica da Paz deposita nas organizações supranacionais e, em particular, nas Nações Unidas. No n. 144 pode ser lido o primeiro dos sinais dos tempos que o Papa intercepta: “Fazemos, pois, ardentes votos que a Organização das Nações Unidas, nas suas estruturas e meios, se conforme cada vez mais à vastidão e nobreza de suas finalidades, e chegue o dia em que cada ser humano encontre nela uma proteção eficaz dos direitos que promanam imediatamente de sua dignidade de pessoa e que são, por isso mesmo, direitos universais, invioláveis, inalienáveis". Acima de tudo, teríamos esperado da comunidade de crentes um ativismo sem descanso para tornar a ONU plenamente democrática, exigindo a abolição do anacrônico obstáculo do direito de veto de poucos à realização da própria paz.

Um direito detido pelas mesmas nações que, juntas, respondem por cerca de 90% da produção e do comércio de armas! Assim como teríamos esperado um forte impulso dos guias supremos das religiões, da afirmação e do reconhecimento da paz como supremo direito humano universal.

Não há dúvida de que sobre esses temas depositamos uma certa tibieza e registramos um dramático atraso. Prova disso é que mesmo quando se faz referência insistente aos chamados "valores não negociáveis", desafio qualquer um a imaginar que nos refiramos essencialmente à paz.

Além disso, a Encíclica encontrou muitas dificuldades para ser divulgada, promovida e dada a conhecer na própria comunidade crente. De certa forma sofreu um verdadeiro boicote, inclusive nas primeiras fases de redação. Um exemplo claro é que em n. 126, argumentando sobre a recusa da guerra também simplesmente em relação ao uso de armas modernas mais destrutivas destinadas a semear destruição e morte entre as populações civis indefesas, o latim do texto original “alienum est a ratione" é traduzido com "não é mais possível pensar que nesta nossa era atômica a guerra seja um meio apto para ressarcir direitos violados”. O resultado é uma forte atenuação que está bem longe da intenção do autor, como demonstra a escolha lexical na construção da frase.

“Alienum” está longe de ser “não é mais possível”, mas indica uma total estranheza, uma distância intransponível, uma diferença insanável que levava Dom Tonino Bello a traduzir com “A guerra é coisa de loucos".

E estes são apenas alguns dos motivos que nos levam a afirmar que não é em vão a retomada dessa encíclica depois de tantos anos. Não é um exercício retórico tentar dar cumprimento às intuições inspiradas de João XXIII que tenazmente quis colocar no centro da reflexão o tema imperioso da paz como valor antes mesmo de bem a ser preservado.

Não como antítese da guerra, mas como um canteiro de obras a ser abastecido com o empenho de todos e de todas. Não poderemos esquecer que se trata da primeira encíclica na história do cristianismo em que um Pontífice ousa dirigir-se não só às hierarquias da sua Igreja e da sua comunidade de crentes, mas também a todos os homens de boa vontade. De fato, parece completamente ilusório imaginar que o esforço de uma única comunidade poderia ser suficiente para criar as condições de paz se não existisse ao mesmo tempo, o empenho comum daqueles que provêm de diferentes caminhos de vida, culturas, religiões e crenças.

“A todos os homens de boa vontade incumbe a imensa tarefa de restaurar as relações de convivência humana na base da verdade, justiça, amor e liberdade: as relações das pessoas entre si, as relações das pessoas com as suas respectivas comunidades políticas, e as dessas comunidades entre si, bem como o relacionamento de pessoas, famílias, organismos intermédios e comunidades políticas com a comunidade mundial. Tarefa nobilíssima, qual a de realizar verdadeira paz, segundo a ordem estabelecida por Deus.” (162).

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