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Um católico transgênero responde ao livro “A Gênese do Gênero”, de Abigail Favale

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12 Outubro 2022

 

“Embora eu tenha perdido o apoio dos meus pais quando fiz a transição, ainda há católicos que me apoiam. Em um mundo preocupado em verificar ou vilipendiar a experiência de ser trans, ainda há católicos que me amam sem questionar, para quem não sou um problema teológico a ser resolvido, mas uma pessoa transgênero a ser amada”, escreve Maxwell Kuzma, homem transgênero, escritor sobre a interseção entre a condição queer e a fé, em artigo publicado por National Catholic Reporter, 08-10-2022. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

 

Eis o artigo.

 

Nos EUA de 2022, todos têm uma opinião sobre o tema de transgêneros. As agências de notícias com manchetes sensacionalistas garantem isso. Entra no debate a professora Abigail Favale, do McGrath Institute for Church Life da Universidade de Notre Dame, com o lançamento de seu livro The Genesis of Gender: A Christian Theory (“A gênese do gênero: uma teoria cristã”, em tradução livre), publicado pela Ignatius Press, junho de 2022).

 

O livro promete “uma visão intelectualmente honesta, respeitosa e fielmente católica” traçando a origem filosófica dos estudos de gênero através de uma lente feminista cristã distintamente acadêmica. No entanto, deixa de fora um pouco da história.

 

Escrevendo em um estilo retórico prático, Favale destaca filósofos e escritores que provam seu ponto de vista ou provocam indignação enquanto espalham anedotas pessoais e histórias de destransicionistas (enquanto apresentam estudos científicos que jogam para um lado), para no fim reivindicar que ela examinou de forma completa e justa o campo dos estudos de gênero – e o achou deficiente.

 

Lendo o livro como um homem transgênero, devo dizer que nenhuma das teorias, informações ou estudos científicos esboçados no livro me surpreendeu; afinal, estou na internet há tempo suficiente para ver muitas teorias irem e virem. Mas fiquei desapontado ao ver que Favale propositalmente deixou um rastro de implicações que levariam qualquer leitor inocente a uma conclusão conspiratória envolvendo feministas modernas, políticos e “grandes indústrias farmacêuticas”.

 

Ela cria um bicho-papão chamado de “paradigma de gênero”, uma frase que ela usa para se referir ao aumento da visibilidade da comunidade transgênero e queer no discurso social e jurídico moderno (na mente de Favale, esse aumento de visibilidade é negativo). Ela pretende que acreditemos que o objetivo desse paradigma de gênero é a destruição social e individual – e que está dando certo.

 

“The Genesis of Gender” é um livro cheio de expressões “rebuscadas mas contraditórias”, que não pretendem se unir em uma defesa coerente do que ela acredita. Em vez disso, seus argumentos são projetados como um ataque de espingarda não apenas contra a identidade das próprias pessoas transgênero e queer, mas também contra qualquer pensamento filosófico ou intelectual sobre o tema de gênero que não siga um binarismo estrito de masculino/feminino ou que apele à visão de mundo de Favale. Sua estratégia depende de disparar tantos tiros que o leitor será incapaz de seguir o fio de sua argumentação para fazer perguntas ou defender os conceitos que ela está atacando.

 

Não há convicção suficiente no livro para fazer qualquer afirmação importante, e a história do Gênesis pode muito bem ser uma nota de rodapé, tanto quanto é referenciada (falando em notas de rodapé, a primeira direciona o leitor para o próprio livro de Favale).

 

A autora afirma que se sentiu chamada a fazer uma defesa do que é ser mulher, mas se enquadra convenientemente no estereótipo inconformista que procura ridicularizar como farsa (ela menciona várias vezes ter “mais pelos no corpo do que o ideal platônico”), e nunca pinta um quadro ao qual as mulheres devam aspirar.

 

Por não apresentar sua própria definição de mulher, Favale deixa o leitor em suspenso. A profunda experiência da encarnação humana é menos interessante para Favale do que criar um vilão para atacar.

 

A preocupação de Favale em definir a feminilidade parece mais uma busca por uma arma para atingir as mulheres trans, que ela insinua serem todos homens secretamente predadores, do que uma busca real pela verdade. Favale falha em dar qualquer definição que ecoe o arquétipo poético na história do primeiro homem e da primeira mulher no Jardim do Éden.

 

Fui criado como católico, eu adorava a beleza da missa, recebendo os sacramentos e participando da maravilhosa comunidade de retalhos de pessoas de todas as esferas da vida. Na minha juventude, li cada teoria que Favale reúne em seu livro e nunca me senti satisfeito com o que encontrei.

 

A luta da minha própria vida transgênero não estava em me identificar ou em saber quem eu era, mas em perceber que aqueles que me diziam que me amavam só me respeitariam se eu desempenhasse um papel que não soasse verdadeiro para mim. Encontrei-me na posição de perder o amor e o apoio da minha família católica em um momento crítico da minha vida.

 

Quando fiz a transição médica aos 29 anos, queria que minha mãe e meu pai estivessem comigo nas consultas médicas. Eu queria que eles estivessem esperando para me pegar depois da cirurgia, para me levar para casa e me alimentar com sopa e colocar meus filmes favoritos enquanto eu descansava, me recuperava e, finalmente, celebrava o milagre de liberar a disforia de gênero que me atormentava há décadas. Eu queria que meus pais usassem meu nome e pronomes e me celebrassem como filho deles.

 

Favale veria sua recusa em fazê-lo como um ato de amor, mas em vez disso experimentei a profunda perda de apoio dos pais quando era mais necessário. Eles têm sido frios e distantes de mim desde que compartilhei quem sou com eles, preferindo o legalismo dogmático à vontade de ver o verdadeiro eu, que ainda é filho deles.

 

Favale fala sobre o corpo a partir de uma visão de que as identidades transgênero rejeitam as verdades contidas no corpo. Sua tese é “o corpo revela a pessoa”. Isso é indubitavelmente verdade, mas uma compreensão mais profunda do corpo exige que reconheçamos que a pessoa dá alma ao corpo.

 

É a pessoa que, ao longo de sua vida, sorri e ri ou grita e franze a testa a ponto de deixar rugas físicas em seu corpo quando morre. Podemos nascer com a pele macia e úmida, mas poucos de nós são privilegiados o suficiente para chegar ao fim de nossas vidas sem algumas cicatrizes. O próprio Cristo dá testemunho disso, permitindo que as marcas de sua morte permaneçam visíveis em seu corpo celeste na Ressurreição.

 

Favale faz referência à poderosa imagem da crucificação, mas não vê a conexão entre as cicatrizes de Cristo e as cicatrizes de uma pessoa trans – ela não faz a conexão final entre Gênesis e Calvário. O mistério da Encarnação, Crucificação e Ressurreição não são apenas a fonte da redenção humana, mas também uma profunda meditação sobre a experiência da encarnação humana.

 

Embora eu tenha perdido o apoio dos meus pais quando fiz a transição, ainda há católicos que me apoiam. Em um mundo preocupado em verificar ou vilipendiar a experiência de ser trans, ainda há católicos que me amam sem questionar. Sem deliberar sobre meu nome e pronomes. Católicos de todas as esferas da vida fizeram uma transição perfeita do meu nome antigo para o novo, católicos como minha tia Dorothy, de 73 anos, que me escreveu um cartão de Natal no ano em que assumi que dizia: “Estou feliz ter outro sobrinho”, católicos para quem não sou um problema teológico a ser resolvido, mas uma pessoa transgênero a ser amada.

 

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