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Um cristianismo simples

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30 Julho 2022

 

"Desejamos o sucesso do livro de Giordano Bruno Guerri como "isca para o engenho" de tantos que lerem estas breves notas e adicionarem as suas próprias", escreve Gianfranco Monaca, em artigo publicado por Il Gallo, julho-agosto de 2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Na contracapa o argumento é resumido da seguinte forma: Perseguido pelos jesuítas e quatro papas, objeto de troca entre Mussolini e o Vaticano pela Concordata, antecipador do Concílio Vaticano II e de Francisco, condenado à "damnatio memoriae" pela Igreja, nem mesmo a República reconheceu os méritos do sacerdote que se recusou a jurar fidelidade ao regime fascista.

 

Giordano Bruno Guerri (toscano) historiador leigo, ensaísta e jornalista, conhecido estudioso da época fascista e das relações entre italianos e a Igreja Católica do século XX, havia publicado uma primeira edição desse livro em setembro de 2001, com o título Eretico e Profeta, que serviu para reabrir o debate entre os especialistas e ter algumas de suas obras republicadas.

 

O trabalho de Guerri, bem documentado e rigoroso, bem como na bibliografia oficial de quase 4000 escritos de Buonaiuti, é baseado em pesquisas de arquivo que permitiram a descoberta de uma documentação inédita. O autor adverte que “esta nova edição do livro chega até os nossos dias, com a adição de um capítulo sobre as escolhas modernistas do Papa Francisco e quer relembrar para o grande público uma injustiça inaceitável. A primeira edição continha 26 páginas de notas exclusivamente bibliográficas que foram eliminadas para facilitar a leitura" e quem quiser pode consultar a primeira edição.

 

Lendo o índice, se tem uma ideia bastante precisa do tema, que é dividido em duas partes: a primeira intitulada L'Eretico (O Herege), com mais de 300 páginas, dedica o capítulo 1 (cerca de 50 páginas) à exploração de um candidato ao martírio, ou seja, à apresentação do ambiente de origem de Dom Ernesto e da Roma onde cresceu. Seu ideal era Um cristianismo simples (cap. 2).

 

O ataque dos jesuítas (cap. 3) entra no cerne da história da perseguição motivada pelo seu modo de apresentar Cristo e a Eucaristia (cap. 4) e conduzida cinicamente com o método da Espionagem vaticana e "infanticídio" (a asfixia do nascente método científico operada por Pio X com a encíclica Pascendi de 1907) descrito no capítulo 5, que o levou à Primeira excomunhão (cap. 6). O fascismo, o Partido Popular (cap. 7) descreve como o método inquisitorial e o costume curial romano foi decisivo para abrir caminho ao regime fascista, humilhando até mesmo Dom Luigi Sturzo.

 

O capítulo 8 é dedicado ao famoso colóquio de 1924, concluiu com a sentença: "Você tem um cérebro muito diferente do nosso"; no capítulo 9 (Gemelli: "Diga um preço, Dom Ernesto, e será pago") documenta o envolvimento do franciscano fundador da Universidade Católica do Sagrado Coração na política persecutória e venal, que visava o interesse exclusivo do Vaticano para concluir a Concordata: "É assim que se opera em nome do Evangelho" (cap. 10). O capítulo 11 (Buonaiuti fala à Câmara pela boca de Mussolini) explica como o Duce valeu-se das notas de Buonaiuti sobre a história do cristianismo para fazer aprovar o plebiscito a favor da concordata; que foi seguido pelo juramento de fidelidade ao fascismo imposto em 1931 aos professores universitários, ao qual apenas 12 de 1500 responderam "não juro" (cap. 12) perdendo sua cátedra e salário.

 

Como Buonaiuti era um dos 12, ele escreverá "Minha vida estava agora realmente em perigo" (cap.13). Era 1938 quando foram promulgadas as leis antissemitas, e se colocou contra Hitler e contra o racismo (cap.14) e A guerra e Pio XII (cap.15) é uma oportunidade para publicar novas descobertas de arquivos. Vida privada e vida pública do excomungado "vitando" que sempre se entrelaçaram, têm um dramático abalo em julho de 1941 com a morte da mãe Adeus à mãe, adeus à Igreja (cap. 16) e o sacerdote que sempre lutou para conservar o hábito eclesiástico mesmo contra a sua Igreja, decide que "já não é mais apenas o fim de um amor, acaba também a saudade".

 

Mas Depois dos fascistas, os democratas-cristãos, os comunistas, os liberais (capítulo 17) não fazem nada além de continuar a perseguição pelos motivos mais abjetos, e a história termina: A última batalha, o último ultraje (cap. 18) com a vitória final e completa da vítima sobre a hipocrisia burocrática.

 

Porém é o começo da ressurreição.

 

A segunda parte (O Profeta pp 311-360) é curta porque está aberta ao futuro e tem apenas três capítulos: Buonaiuti, João XXIII e o Concílio; Francisco, papa jesuíta e modernista; Conclusões, por enquanto.

 

A leitura é fascinante, embora Buonaiuti mostre ter sentido a falta do aparato crítico, como é costume. Um voto de confiança deve ser dado a Guerri, contando com sua credibilidade como estudioso também para a advertência mencionada na premissa.

 

Em apenas um caso, é erroneamente atribuído ao jesuíta Virginio Rotondi o título de "microfone de Deus" que cabe ao seu coirmão Riccardo Lombardi. Um descuido macroscópico, inclusive para os leitores ocasionais, na página 231.

 

A perspectiva do autor (profissionalmente historiador) é surpreendentemente apaixonada. Percebe-se isso pelas citações com que abre cada um dos capítulos e pela devoção à pessoa de “Padre Ernesto”, que continua a definir como sacerdote ainda que a própria linguagem conciliar recomendaria o termo presbítero (italianizado em padre, para não perpetuar a aura de sacralidade tridentina que envolve a pessoa do sacerdos contrabandeado durante séculos como “alter Christus”).

 

Mas sobretudo é importante a lição da história italiana que - fielmente narrada - expõe a incurável infecção nunca desvanecida (por enquanto) do clericalismo (e especularmente do anticlericalismo) no estilo italiano, sempre ressurgindo apesar de todas as providências de modernização pastoril. O próprio - muito justificado - anticlericalismo de Buonaiuti que se devia expressar no apego heroico à batina, tinha que evidenciar a validade do ditado "o hábito não faz o monge" já que muitos dos burocratas que o perseguiam o usavam, tanto de um lado como do outro do Tibre (e o hábito não é de forma alguma uma garantia, como nem a cor das camisas e os chapéus plumados de qualquer forma e para qualquer disciplina que sejam usados).

 

Particularmente apreciável é o capítulo 17 (Depois dos fascistas, os democratas-cristãos, os comunistas, os liberais) para descrever aquela Itália bagunçada e perpetuamente ajoelhada, que não quer se lembrar de seus profetas, mas precisa urgentemente de santos, que prefere organizar funerais de estado em vez de regular o fim da vida e os direitos de todos à recusa, à deserção e à não-violência.

 

Esperamos que Ernesto Buonaiuti - como Sócrates, Buda, Jesus de Nazaré - permaneça um herege e não seja transformado em santo, pelo menos enquanto a religião for destinatária do oito por mil (dos impostos) e seu ensinamento seja tratado como uma matéria para controlar não em contexto científico, mas burocrática.

 

Seu objetivo não é mais trazer para a Igreja uma cultura moderna e uma interpretação diferente do Evangelho, mas sim colocar o mundo diante da alternativa entre Cristo e o resto. Chegou a hora para que “as tradições mais veneráveis em que a educação evoluiu parecem ímpares e inadequadas às exigências da espiritualidade coletiva. E então é inevitável e indefinível o escândalo; que nada mais é do que o rompimento abrupto dos antigos laços e a dissolução irreparável dos velhos tecidos”. A cultura religiosa, que antes de Buonaiuti era um fim para, agora é um meio. Delineia-se um serviço missionário perdido de longos tempo, que vai além da duração de sua vida. Cada vez mais espiritual, torna-se um "peregrino de Roma" (p. 224-225).

 

Desejamos o sucesso do livro de Giordano Bruno Guerri como "isca para o engenho" de tantos que lerem estas breves notas e adicionarem as suas próprias.

 

Giordano Bruno Guerri, Eretico o santo. Ernesto Buonaiuti, il prete scomunicato che ispira papa Francesco, La nave di Teseo 2022, 400 páginas, 24,00 euros

Foto: Divulgação/Amazon

 

 

Em 2014, o movimento Noi siamo Chiesa lançou um manifesto pela reabilitação de Ernesto Buonaiuti assinado por mais de 500 revistas, instituições e pessoas. Ainda é possível participar escrevendo para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

 

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