12 Julho 2022
"Se eu sobreviver após a renúncia, gostaria de fazer algo assim: confessar e ir ver os doentes", disse Francisco em entrevista às jornalistas mexicanas María Antonieta Collins e Valentina Alazraki.
“Se vejo que não posso [continuar] ou faço mal ou sou um obstáculo”, espero “ajuda” para tomar a decisão de retirar-se e, quando esse dia chegar, ele prefere ser considerado um simples bispo emérito de Roma em vez de papa emérito”, declarou.
A informação é publicada por Religión Digital, 12-07-2022.
Boatos sobre a renúncia de Francisco - mais um desejo de alguns do que uma realidade - foram reavivados nas últimas semanas devido à dor no joelho e ao fato de ver um pontífice em uma cadeira de rodas. No entanto, a renúncia não está, por enquanto, entre os planos do papa argentino , como comentou na entrevista de mais de duas horas em espanhol com as jornalistas mexicanas María Antonieta Collins e Valentina Alazraki pelo canal de streaming ViX de Noticias Univision.
Confessou que “o joelho dói um pouco”, que se sente um pouco “diminuído”, embora já consiga andar, mas que “não tenho intenção de desistir. No momento, não”, afirmou.
No entanto, “se vejo que não posso, ou prejudico ou sou um obstáculo”, aguardo “ajuda” para tomar a decisão de me aposentar e, quando esse dia chegou, confessou, prefere ser considerado um simples bispo emérito de Roma em vez de papa emérito. “Se eu sobreviver após a demissão, gostaria de fazer algo assim: confessar e ir ver os doentes”, disse.
Francisco, que completará 10 anos como sucessor de Pedro em 13 de março, reconheceu aos jornalistas que sempre acreditou que seu tempo no Vaticano seria breve, "mas não percebi e já se passaram 9 anos", disse com humor.
A entrevista aborda outras questões, incluindo a postura pró-aborto do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Nesse sentido, e depois de mais uma vez mostrar sua posição contundente contra o aborto - os "dados científicos" mostram que, "um mês após a concepção, o DNA do feto já está lá e os órgãos alinhados. Existe vida humana. É justo eliminar uma vida humana?”, perguntou-se, o Papa deixou sua posição favorável à “consciência” do presidente.
Claro, Francisco lhe deu alguns conselhos a esse respeito: "Deixe-o falar com seu pastor sobre essa inconsistência".
