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A última palavra sobre os padres gays e os abusos sexuais do clero?

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26 Fevereiro 2019

Dias atrás, eu postei que parecia que a cúpula do Vaticano sobre a Proteção dos Menores na Igreja não estava discutindo a ideia repetidamente desmentida de que os padres gays são a causa da crise dos abusos sexuais do clero. A minha evidência para essa afirmação baseava-se no fato de que o assunto não surgiu em nenhum dos relatórios escritos ou orais do Vaticano, e, quando os jornalistas levantaram a questão em entrevistas e em coletivas de imprensa, a teoria foi francamente repreendida.

O comentário é de Francis DeBernardo, publicado em Bondings 2.0, 25-02-2019. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Desde então, duas outras publicações, o New York Times e a revista America já fizeram suas próprias pesquisas sobre o tema e chegaram a conclusões importantes.

Em um artigo intitulado “O não assunto mais falado no Vaticano? Homossexualidade”, no New York Times, os repórteres Elisabetta Povoledo e Jason Horowitz observaram que, embora a questão dos padres gays não estivesse na agenda do encontro, ela havia sido discutida em conversas:

“No encontro, mesmo que os organizadores e participantes pressionassem de vez em quando para focar as discussões sobre a pedofilia, as visões conflitantes sobre a homossexualidade dentro da Igreja surgiram como uma distração.”

No entanto, embora o tópico tenha sido discutido não oficialmente, parece que a maioria dos bispos na reunião não concorda com a conexão causal entre os padres gays e os abusos. Quando essa teoria causal surge, parece haver muitos bispos ansiosos para refutá-la. O jornal The Times citou o arcebispo Jean-Claude Hollerich, de Luxemburgo, e as Conferências Episcopais da União Europeia:

“[Hollerich] disse no sábado que alguns bispos continuavam voltando a falar da homossexualidade como a causa do abuso porque ‘algumas pessoas têm alguns modelos em mente e sempre os manterão’. Ele disse que ele e outros bispos tentaram mudar a ideia deles. ‘Eu digo a eles que o primeiro-ministro do meu país é homossexual’, disse ele. ‘E ele nunca abusaria de crianças.’”

Três prelados que não fizeram parte da cúpula haviam alimentado as chamas dos padres gays como bodes expiatórios quando fizeram declarações poucos dias antes do início da cúpula. O jornal The Times relatou que o cardeal Raymond Burke, dos EUA, e o cardeal Walter Brandmüller, da Alemanha, enviaram uma carta aberta aos participantes da cúpula conclamando-os a pôr fim à “conspiração do silêncio” em torno da “praga da agenda homossexual”.

De modo semelhante, o arcebispo Carlo Viganò, que em agosto passado pediu que o Papa Francisco renunciasse, também ponderou sobre o assunto, de acordo com o The Times:

“[Viganò] argumentou na quinta-feira que era apropriado que a abertura do encontro naquele dia coincidisse com a festa de São Pedro Damião, um monge do século XI que lutou contra os ‘pecados da sodomia’ na Igreja (alguns historiadores da Igreja alertaram o arcebispo de que o santo talvez não fosse o melhor modelo, pois ele também denunciou como imoral uma princesa bizantina por introduzir a prática de comer com um garfo).”

E outros, como Dom Gonzalo de Villa y Vásquez, da Guatemala, acharam que a questão sobre o papel dos padres gays ainda estava em aberto, dizendo: “Eu acho que pode ser legítimo questionar se existe ou não uma ligação entre a homossexualidade e os abusos”.

O correspondente nacional da revista America, Michael O’Loughlin fez um ótimo trabalho coletando todos os comentários relevantes da semana em um artigo intitulado "Apesar da pressão externa, pouco se falou sobre homossexualidade na cúpula sobre abusos no Vaticano".

O’Loughlin citou o arcebispo Charles Scicluna, de Malta, que é uma pessoa de referência do Vaticano sobre os abusos sexuais e que ajudou a organizar a cúpula. Durante todo o encontro, Scicluna foi claro ao afirmar que os padres gays e a crise dos abusos sexuais não estão interligados:

“‘Generalizar, olhar para toda uma categoria de pessoas nunca é legítimo. Nós temos casos individuais. Não temos categorias de pessoas’, disse o arcebispo maltês Charles Scicluna, que se tornou uma das principais referências do Vaticano no combate aos abusos sexuais. Respondendo à pergunta de um repórter durante uma coletiva de imprensa no dia 21 de fevereiro sobre por que o Vaticano não estava discutindo a homossexualidade, ele disse que a homossexualidade e a heterossexualidade são ‘condições humanas’, acrescentando que ‘não são algo que predispõe ao pecado’. ‘Eu nunca ousaria indicar que uma categoria inteira tem tendência a pecar’, disse o arcebispo Scicluna.”

O’Loughlin também relatou a perspectiva de um sobrevivente de abuso gay que se encontrou com o papa no ano passado e informou que o pontífice disse a ele: “Deus fez você dessa maneira”, em referência à orientação sexual do homem:

“Juan Carlos Cruz, um sobrevivente de abuso sexual do Chile, que hoje vive nos Estados Unidos, disse à America que ele rejeita as tentativas de alguns católicos de vincular a crise dos abusos aos padres gays. ‘Isso é apenas uma falácia, é cruel e está muito longe da realidade’, disse Cruz em uma entrevista no dia 22 de fevereiro no Vaticano. ‘Como homem gay e como católico gay, posso dizer que há pessoas gays que são muito más e que há pessoas gays que são incrivelmente maravilhosas. Há pessoas heterossexuais que são muito más e há pessoas heterossexuais que são maravilhosas.’ ‘Mas – continuou – a heterossexualidade ou a homossexualidade não são a causa da pedofilia.’”

A única religiosa e a única africana a se dirigir à cúpula, a Ir. Veronica Openibo, SHCJ, membro nigeriana da Sociedade do Menino Jesus, que é membro do conselho executivo da União Internacional das Superioras Gerais, também fez questão de enfatizar que as meninas também foram vítimas de padres abusadores, não apenas os meninos.

A reportagem da America também observou que, na semana passada, o arcebispo da Filadélfia, Charles Chaput, afirmou que “a homossexualidade predatória desempenhou um papel importante na maioria dos casos de abusos que conhecemos”.

De modo semelhante, Dom Thomas Tobin, bispo de Rhode Island, tuitou na semana passada que um dos fatores na crise dos abusos foram as “correntes gays na Igreja”.

Sobre o outro lado da questão, o artigo também ofereceu fortes objeções do cardeal Blase Cupich em relação a culpar os padres gays pela crise, que o Bondings 2.0 reportou há alguns dias.

O artigo do New York Times me citou dizendo que a cúpula mostrava que a teoria dos padres gays havia sido “desmascarada como causa” dos abusos, mas eu também esperava que o Vaticano “desse uma declaração oficial mais definitiva do papa a esse respeito”. Durante as coletivas de imprensa, eu tentei várias vezes perguntar aos porta-vozes se a ausência de discussão oficial na cúpula sobre os padres gays refletia com precisão uma rejeição da teoria por parte do Vaticano, mas não consegui me fazer ver pelo moderador no agitado e intenso momento das perguntas.

O’Loughlin relatou que ele achava que o papa fez uma referência oblíqua ao fim do debate sobre os padres gays como um fator de abuso em seu discurso de encerramento da cúpula:

“O Papa Francisco também pareceu desconsiderar a ligação entre a homossexualidade e a crise dos abusos. Durante um discurso no dia 24 de fevereiro, último dia da cúpula, ele disse que os abusos de menores ‘são sempre a consequência do abuso de poder’. Ele também pediu aos bispos que se coloquem ‘acima de todas as polêmicas ideológicas e as políticas jornalísticas que muitas vezes instrumentalizam, por vários interesses, os próprios dramas vividos pelos pequenos’.”

O’Loughlin apresenta uma interpretação interessante, mas também devemos lembrar que o papa precisa falar mais diretamente e de forma menos ambígua sobre questões espinhosas. O furor em torno dos padres gays como abusadores precisa de uma resposta mais definitiva do que isso.

Em uma entrevista com O’Loughlin, eu disse à revista America que, depois dos meus dias na cúpula, eu cheguei a crer que, “no Vaticano, eles não ‘compram’ a teoria de que os padres gays são a causa” da crise. Embora eu ainda ache que isso seja verdade, também se deve lembrar que, embora as autoridades vaticanas que lidam com casos de abuso, e talvez até o próprio papa, não pensem que os padres gays são parte do problema, ainda há vários bispos e outras lideranças da Igreja que veem uma conexão causal, por mais frágil que seja.

Como todos sabemos, “Roma locuta; causa finita est” (“Roma falou; o caso está encerrado”) nunca é uma afirmação definitiva. A discussão continuará.

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