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Colômbia. A direita que aposta na guerra venceu as eleições

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19 Junho 2018

Iván Duque ganhou por dois milhões de votos do esquerdista Gustavo Petro. A maioria dos colombianos não abraça o acordo de paz com as FARC e apoia a via da força. “Não vou governar com ódio”, esclareceu Duque.

A reportagem é de Katalina Vásquez Guzmán, publicada por Página/12, 18-06-2018. A tradução é de André Langer.

Iván Duque é o novo presidente da Colômbia. Um menino loiro com uma jaqueta de Cambridge abraça seus pais e chora. Dizem que, graças a Deus, a Colômbia se salvou de ser outra Venezuela. Centenas destes “duquistas” se reuniram para aguardar os resultados em um centro de eventos de Bogotá. A tarde está caindo e os resultados do segundo turno são definitivos. O candidato do Centro Democrático, o favorito nas pesquisas, obteve 53,9% dos votos. Votaram 18 milhões de colombianos em todos os recantos do país, incluindo os indígenas de Murindó, uma aldeia isolada por rios, que nunca antes podiam entrar em um barco para exercer seu direito de voto, porque sempre eram impedidos pelas guerrilhas.

Desta vez, nas eleições presidenciais mais tranquilas desta velha democracia, nem “elenos” nem “farianos” deram tiros. A democracia mostrou, no entanto, que a maioria dos colombianos não abraça o acordo de paz que pôs fim à guerra, mas apoia a via da força e a reforma do tratado de paz proposta pela direita, que na pessoa de Duque obteve mais de 10 milhões de votos. Em seu discurso de vitória, o herdeiro de Álvaro Uribe deixou claro: “A paz exige correções para que as vítimas da verdade sejam o centro do processo”.

A esquerda, liderada por Gustavo Petro, obteve 8 milhões de votos. E de acordo com o caribenho, não foi uma perda. Com 41,8% dos votos, o ex-guerrilheiro se manifestou em seu Twitter quando a contagem chegou a 99%. Ele disse que aceita o resultado, parabenizou o seu rival e assegurou: “Que derrota? Oito milhões de colombianos e colombianas livres em pé. Aqui não há derrota. Por enquanto, não seremos governo”.

No domingo, a esquerda granjeou o maior número de votos em eleições para presidente da Colômbia. Carlos Gaviria, do Polo Democrático, obteve 2,6 milhões de votos, enquanto o ex-comandante do M19 Carlos Pizarro, que deixou as armas como Petro, chegou a 700 mil votos.

Em seu discurso no Centro de Convenções, onde seus seguidores usavam chapéus camponeses e roupas indígenas, Petro recordou o que, segundo ele, o povo colombiano suporta cada vez menos: a corrupção, o tráfico de drogas e a exclusão. E se alongou em gratidões pela grande coalizão formada pelo Colômbia Humana, que inclui feministas, negros, índios, camponeses, jovens, mas especialmente os cidadãos que não são filiados a partido algum e votaram nele na esperança de uma mudança. Também recordou que recebeu o apoio de pensadores ilustres, como Noam Chomsky, e disse que seus oito milhões de votos serão oito milhões de pessoas para defender a água, a vida, a terra, a paz e as mulheres.

Apesar de seu oponente, um congressista com pouca experiência em cargos públicos, tê-lo vencido com dois milhões de votos e, com isso ganhou o direito de ocupar o Palácio de Nariño, Petro disse que, em todo caso, “a classe política tradicional da Colômbia foi derrotada”. E mostrou-se confiante em uma vitória nas próximas eleições presidenciais, daqui a quatro anos. No entanto, seus simpatizantes mostraram-se preocupados com o destino de uma saída negociada para o conflito, não apenas pela assinatura já obtida com as FARC, cuja implementação acumula vários reveses e desafios, mas pelos diálogos com a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN).

Uma de suas deputadas, María Fernanda Cabal, explicou ao Página/12 que os acordos assinados não serão jogados no lixo, mas modificados. Cabal, famosa por se referir à Rússia ainda como União Soviética, disse a este jornal que “o processo de paz continua, mas serão feitas as correções necessárias. Um processo de paz que recompense bandidos não é possível quando a Colômbia está cheia de pessoas que precisam de investimento social, de justiça e desenvolvimento”. No entanto, não se referiu aos investimentos e à justiça exigidos pelas vítimas de falsos positivos ordenados pelo então presidente Uribe. Ela também não quis comentar o mau exemplo de execuções extrajudiciais, interceptações ilegais da oposição, da imprensa e dos defensores dos direitos humanos nesse governo de direita.

Quando perguntada sobre qual mensagem envia às vítimas que estão preocupadas com a chegada de Duque ao poder, Cabal disse que “a maioria das vítimas das FARC deve estar aqui, o resto deve estar camuflado... Não se muda um país dando cadeiras a violadores, e temos que ser um país generoso e equilibrado, mas o mau exemplo é cultivo de novas violências”.

Diana Lozada, uma estudante de 25 anos de Bogotá, também presente na sede do presidente eleito, disse ao Página/12 que tem a confiança de que Duque fará um bom governo. “É um cara sério, inteligente”, disse acrescentando: “prefiro não comentar sobre isso” e “melhor não opino”, quando foi convidada para falar sobre o respeito ao acordo de paz para impedir que os ex-guerrilheiros da FARC retornem às armas e pelos jovens humildes que foram desaparecidos pelo Exército e depois assassinados, para serem passados como farianos assassinados em combate durante o mandato de Uribe, que durou oito anos e marcou as mais graves violações dos direitos humanos.

Ao seu lado, a família de roupas caras e peles brancas grita com a multidão quando o telão principal anuncia o resultado por regiões. Enquanto em Bogotá Petro foi o vencedor, em Antioquia, a terra de Uribe e Pablo Escobar, Duque obteve 73% dos votos (856 mil votos). Enquanto isso, em áreas onde a guerra foi mais rigorosamente vivida, como Chocó, e as vítimas perdoaram, como foi o caso do Massacre de Bojayá, a proposta de Petro obteve maioria. Ali, Gustavo e Angela María Robledo, sua candidata a vice-presidente, conquistaram 59% dos votos. Também no Atlântico a esquerda saiu vitoriosa. Seus seguidores comemoraram, além da histórica votação da esquerda, o fato de que Petro conseguiu uma cadeira no Senado por ter sido o segundo nas eleições presidenciais.

Ainda não se sabe se, conforme estabelece o Acordo de Paz assinado pelo governo de Santos e as FARC, o novo senador dividirá cadeiras com os senadores e representantes para a câmara do recém-formado partido político Força Alternativa Revolucionária do Comum (FARC). Embora o acordo seja constitucional e endossado pelo Congresso, o governo de Iván Duque já indicou que modificará a seção sobre a participação política.

Esta e muitas outras são as preocupações dos ex-farianos que estão voltando à vida civil em meio às dificuldades da reincorporação e do fracasso de aspectos fundamentais do acordo, como a reforma agrária ou a substituição de cultivos ilícitos. As garantias de segurança física e jurídica também estão em suspenso com o assassinato do ex-combatente, que já chega aos 50 desde a assinatura do acordo, e a prisão do congressista “Jesus Santrich” por ordem dos Estados Unidos por suposta conspiração para enviar coca a esse país.

Omar de Jesús Restrepo, conhecido como “Olmedo Ruiz” – ex-comandante das FARC, designado como futuro representante da câmara por Antioquia –, disse a este jornal que recebe o novo governo com preocupação. “A chegada de Duque à presidência significa um enorme risco para o processo de paz”.

De acordo com “Olmedo”, que por mais de 20 anos esteve em armas e agora é um líder político que jurou defender suas ideias doravante apenas com a palavra, o resultado das eleições de ontem é de “graves consequências”. No entanto, vê com esperança o fato de a votação da esquerda ter ultrapassado números históricos. “Esperamos que a força política do petrismo e dos movimentos sociais democráticos possa compensar este resultado eleitoral. Os acordos de paz estão blindados jurídica e constitucionalmente e apoiados unanimemente pela comunidade internacional, mas sua implementação será mais tortuosa e lenta”.

Sua confiança também está depositada na comunidade internacional, nas Nações Unidas e nos países aliados que apoiaram e certamente vão “continuar a nos apoiar no empenho para continuar com a implementação. Continuaremos defendendo o acordo. E trabalhando pela paz deste país”.

“Um dia alcançaremos a paz política, a justiça social, a igualdade de gênero, étnica e regional do país. Os oito milhões de votos de Petro nos dão essa esperança”, assegurou o homem preocupado, mas confiante no povo.

Em uma casa de camponeses, Amparo chora a derrota. Com dois filhos assassinados e banida de seu sítio, esperava que Petro chegasse ao poder para retornar ao campo e descobrir a verdade sobre seus filhos. Margarita, cuja filha foi desaparecida em uma das operações militares com o apoio de “Paras” (paramilitares) que Uribe ordenou na Comuna 13 de Medellín, também sente a frustração do sonho que escapa. “Muito triste, mas em muitas partes da Colômbia ganhamos”, diz a senhora lamentando que a Colômbia seja um país sem memória. “Continuaremos submersos na corrupção. Eu queria uma Colômbia diferente, outra mudança, mas, bom, vamos continuar lutando para as próximas eleições”.

Quando a noite chegou, o presidente eleito falou ao país “olhando para o futuro pelo bem de todos os colombianos”. Ao lado de Marta Lucía Ramírez, primeira vice-presidente mulher na Colômbia, disse que quer ser “o presidente que dá o mesmo amor àqueles que votaram em mim e àqueles que não votaram em mim”, afirmou, deixando transparecer em seu discurso firmeza em que quer unir o país e que o futuro pertence a todos os colombianos.

“Eu não vou governar com ódio. Eu não reconheço inimigos na Colômbia”, explicou.

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