• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Irã: a morte de Raisi e as suas consequências. Artigo de Riccardo Cristiano

Mais Lidos

  • As tensões surgiram pela primeira vez na véspera do conclave: o decano não mencionou Francisco na homilia e parabenizou Parolin no final

    LER MAIS
  • Como o Papa Francisco exerce forte influência sobre o conclave de 2025

    LER MAIS
  • O professor e ensaísta analisa como Donald Trump se transformou em um showman global da antipolítica extremista de direita

    “Toda política hoje é mesopolítica: uma política de meios e de mediações”. Entrevista especial com Rodrigo Petronio

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 3º domingo da Páscoa - Ano C - O Ressuscitado encoraja para a missão

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

23 Mai 2024

"O ponto da morte de Ebrahim Raisi não constitui uma mudança na linha do Irã porque não foi ele quem a ditava", escreve Riccardo Cristiano, jornalista italiano, em artigo publicado por Settimana News, 21-05-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Estou lendo os comentários sobre a morte do presidente iraniano Ebrahim Raisi feitos por seus revolucionários amigos, ou seja, os resistentes Houthi, os resistentes do Hezbollah, os resistentes da junta de Assad e outros interlocutores politicamente próximos de Teerã. A sua morte também é comentada, claro, pelos muitos inimigos.

Entre os elogios fúnebres o mais eficaz é aquele que, segundo muitas fontes iranianas, muitos anos atrás teria sido proferido pelo aiatolá Montazeri, primeiro designado sucessor de Khomeini, depois removido e abandonado na cidade sagrada de Qom. Era 15-08-1988 quando Montazeri recebeu os cinco integrantes do que foi apelidado de Comitê da morte: entre eles estava também Raisi que, naquela época, mandou 5.000 dissidentes para a forca.

Na ocasião Montazeri teria dito: “Vocês cometeram o crime mais grave na República Islâmica desde o início da revolução. No futuro vocês serão lembrados entre os criminosos da história".

O guia designado

As palavras de Montazeri explicam as celebrações pela morte de Raisi entre muitos iranianos comuns. Mas acima de tudo explicam porque, pelo menos na minha opinião, a morte de Raisi encerra uma época: morre o jovem perseguidor sombrio, atacado pelo herdeiro de Khomeini, depois de se tornar presidente da República, e com ele seca a trágica época teocrática, e talvez poderíamos estar nos encaminhando para aquela nacionalista e miliciana. Veremos.

No entanto, hoje sabemos que o primeiro vice-presidente do Irã, Mohammad Mokhber, substituirá o falecido presidente Ebrahim Raisi durante 50 dias. Figura de destaque na definição da economia de resistência que o Guia da Revolução, aiatolá Ali Khamenei, havia pedido ao executivo Raisi, Mokhber terá de governar num acordo com o presidente do parlamento e o chefe do sistema judiciário, como previsto pela Constituição. Depois serão realizadas eleições presidenciais antecipadas.

Mas o que podem mudar as eleições presidenciais antecipadas? Todos sabem que a Presidência da República no Irã é importante, mas não tanto assim. A arquitrave sobre a qual se apoia todo o arcabouço, o sistema iraniano, é o Guia da Revolução, cargo agora desempenhado, desde a morte de Khomeini, pelo aiatolá Khamenei: 85 anos e doente há tempo.

Raisi, segundo todos os relatos, era o delfim designado, o Guia para a agora iminente era pós-Khamenei. Portanto, ele era o novo braço direito do sistema. Garantia, como clérigo, o equilíbrio de um sistema que agora se baseia mais que nos clérigos, nos pasdaran, isto é, os milicianos guardiões da Revolução, com quem o clérigo e falcão Raisi mantinha relações boas e consolidadas.

A discussão sobre a sucessão do idoso Khamenei parecia em pleno andamento, iminente, preparada por surpreendentes declarações públicas e oficiais. É por isso que há um jogo de cena: se as condições de saúde de Khamenei fossem realmente graves, o regime jamais teria podido correr o risco de ficar com um presidente ad interim e um Guia da Revolução hospitalizado em fim de vida.

A minha impressão é que a rápida decisão de confiar a presidência interina a Mokhber, por cinquenta dias, parece dizer que a discussão sobre a substituição de Khamenei pode esperar. Só o médico de Khamenei pode certificar essa hipótese, certamente não eu. Mas Khamenei desferiu um golpe de vitalidade: e o fez imediatamente. A sua substituição parece por enquanto estar na lista de espera.

Nas mãos de um fidelíssimo

O golpe de imagem sofrido pelo Irã é, no entanto, grave: o país está empenhado na desestabilização de todo o Oriente Médio para conquistar o lugar que acredita lhe caber por direito.

O Irã não pode permitir-se dizer que um atentado ou uma sabotagem mataram o seu Presidente e o seu Ministro do Exterior, em solo nacional, sem consequências que contradiriam a sua escolha de desestabilizar os outros para consolidar o seu próprio papel, mas sem trazer a guerra para casa. Mas não pode sequer se permitir admitir que seus próprios aviões não tenham condições de transportar os seus líderes de Baku para Teerã com segurança. Será que o mau tempo será suficiente como única justificativa?

Teerã depende, portanto, para os negócios atuais, de Mohammad Mokhber, artífice de uma política econômica que provocou a queda da moeda nacional, que em cerca de um ano perdeu 50% do seu valor, para ajudar os Pasdaran a consolidar o seu poder econômico, autêntica holding de exportação miliciana da revolução e do controle dos principais conglomerados econômicos no país.

A criatura que faz dele um fidelíssimo de Khamenei é uma instituição de caridade – chamada Execução das ordens do Imã Khomeini (EIKO) – exonerada do pagamento de impostos. A EIKO é um gigante, um autêntico conglomerado efetivamente controlado pelo gabinete de Khamenei, que está presente em muitos setores da economia nacional.

Um homem que viveu nas sombras, longe dos palcos da política e das polêmicas, poderia ser o verdadeiro sucessor de Raisi? É muito cedo para dizer, mas a verdadeira questão é se a morte de Raisi levará a Guia da Revolução Islâmica o filho de Khamenei, Mojtaba, também clérigo. Nesse caso, talvez, um Pasdaran poderia voltar à Presidência, depois do triste precedente de Ahmadinejad.

Diz-se que Khamenei pai favoreceu a ascensão de seu filho entre os falcões do regime, mas justamente apostando em Raisi pretendia evitar o cenário que vê seu filho sucedê-lo na posição suprema, e por isso teria construído o arranjo do amanhã em Raisi.

Que futuro se abre?

A história islâmica viu as dinastias dos califas, aquela dos omíadas e a dos abássidas, para citar as mais conhecidas. A história da Pérsia, também, viu as grandes (ou pequenas) dinastias dos xás, a última das quais foi, como se sabe, aquela dos Pahlevi. Agora, a República Islâmica Iraniana poderia ver-se forçada a inaugurar a dinastia republicana revolucionária: seria um cenário de fechamento, de entrincheiramento. Talvez essa seja a razão pela qual o Aiatolá Khamenei teve que apostar novamente em si mesmo.

O ponto da morte de Ebrahim Raisi não constitui uma mudança na linha do Irã porque não foi ele quem a ditava. Enquanto Khamanei permanece firme no poder. O problema está no reequilíbrio interno, que Khamenei deve agora definir, sem o homem em quem decidiu apostar. Hoje, em Teerã, o poder está nas mãos da suprema autoridade teocrática-religiosa, dos seus gabinetes, isto é, dos mulás da sua corte e dos pasdaran, guardiões fiéis. No futuro os equilíbrios de força continuarão a ser os mesmos?

Leia mais

  • A morte do presidente do Irã abala um cenário internacional turbulento
  • Diário de guerra (47). Khamenei e as Cruzadas. Artigo de Riccardo Cristiano
  • Diário de Guerra (37). Eleições: o Irã está se preparando
  • Diário de Guerra (43) Síria, Jordânia, Irã. Artigo de Riccardo Cristiano 
  • Irã: Mulheres, vida, liberdade
  • Irã. A história política do país persa, xiita e anti-imperialista
  • Irã: a geração pós-islamista
  • Irã: agonia de uma teocracia. Artigo de Tonio Dell’Olio
  • A vingança de Teerã. Artigo de Domenico Quirico
  • O dia em que Israel também passou a sentir medo
  • Netanyahu: o plano louco para derrubar os aiatolás. Artigo de Gad Lerner
  • Israel-Irã: o futuro de Gaza. Artigo de Francesco Sisci

Notícias relacionadas

  • Poesia e mística: o silêncio como origem e destino. Entrevista especial com Mariana Ianelli

    “O tempo interior, de silêncio, paciência e meditação, tem sido cada vez mais preterido pelo imediatismo, que é a noção d[...]

    LER MAIS
  • Morre Giulio Girardi, promotor do ''Cristãos pelo socialismo''

    Morreu Giulio Girardi, um dos mais importantes e prestigiados teólogos da libertação. Seu amigo, o também teólogo espanhol Be[...]

    LER MAIS
  • Pluralismo religioso: desafio para a teologia do século XXI

    "A teologia do século XXI encontra-se diante de um desafio fundamental que pode ser traduzido como a acolhida do pluralismo relig[...]

    LER MAIS
  • Além da moral dos bancos. Entrevista com Gaël Giraud

    "As regras de mercado são insalubres, é preciso mudá-las. E não basta mais que os financistas cristãos sejam honestos, senão[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados