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Onde está Deus? O enigma dos horrores humanos. Artigo de Giacomo Canobbio

Um bloco de torre está em ruínas na cidade de Gaza após um ataque aéreo israelense. (Foto: Mohamed Hinnawi | UNRWA)

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31 Outubro 2023

"O ataque do Hamas a Israel com a sua retaliação contra a Faixa de Gaza coloca mais radicalmente a questão de como seja possível que a humanidade esqueça tão rapidamente as experiências atrozes vividas e infligidas, e, para os crentes, por que Deus não intervenha para parar processos autodestrutivos de parcelas da humanidade. Afinal de contas, os exemplos acima referidos diziam respeito a pessoas isoladas, quase como se fosse dado como certo que as guerras faziam 'naturalmente' parte da história humana", escreve o teólogo Giacomo Canobbio, ex-presidente da Associação dos Teólogos Italianos, professor de Teologia Sistemática na Faculdade Teológica da Itália Setentrional, diretor científico da Academia Católica de Brescia e delegado episcopal para a pastoral da cultura, em artigo publicado por Appunti di cultura e politica, 15-10-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Perante os horrores perpetrados por grupos humanos, a pergunta parece inevitável: “Onde está Deus?”.

Não é mais a pergunta que Elie Wiesel sente surgir de seu coração quando confrontado com o enforcamento do menino após o fracasso do atentado no campo de concentração; nem é aquela que ressoa nos lábios de Jó e encontra eco no diálogo entre Ivan Karamazov e seu irmão Alyosha, bem como no protesto do doutor Rieux no A Peste Albert Camus: tratava-se aqui de pessoas inocentes, cujo destino era avaliado a partir do nexo entre culpa e castigo.

O ataque do Hamas a Israel com a sua retaliação contra a Faixa de Gaza coloca mais radicalmente a questão de como seja possível que a humanidade esqueça tão rapidamente as experiências atrozes vividas e infligidas, e, para os crentes, por que Deus não intervenha para parar processos autodestrutivos de parcelas da humanidade. Afinal de contas, os exemplos acima referidos diziam respeito a pessoas isoladas, quase como se fosse dado como certo que as guerras faziam “naturalmente” parte da história humana.

É claro que a reflexão primeiro judaica e depois cristã se debruçou sobre o problema teológico do Holocausto e encontrou formas de solução repensando a onipotência de Deus, retomando uma ideia da tradição mística do judaísmo segundo a qual Deus teria se retirado no seu mundo para dar espaço à sua criação e, portanto, à responsabilidade dos seres humanos; ou propondo a concepção segundo a qual Deus deveria ser pensado como fraco, capaz apenas de compartilhar o sofrimento do mundo, como - pelo menos para os cristãos - seria apreendido da cruz de Jesus Cristo. Nada que se oponha a essas visões, que, no entanto, deixam uma sensação de insatisfação: mesmo que Deus se retire para o seu mundo ou esteja envolvido na fragilidade dos seres humanos, quem ouvirá o grito destes que clamam por libertação? Em última análise, essa ideia não responde à questão colocada no início: de fato, deixa sem resposta a questão da matriz do mal que aflige a humanidade.

A reflexão filosófica e teológica tentou atribuir aos seres humanos a responsabilidade pelos horrores, e isso em nome da identidade de Deus, que é a bondade suprema. A ideia de que Deus não quer o mal, mas o permite, havia se introduzido na tradição antiga. Trata-se de uma tentativa de manter, por um lado, a responsabilidade dos seres humanos e, por outro, de salvaguardar um dos principais atributos de Deus, a sua bondade. Dessa forma, tentava-se também sair dos sistemas dualistas, que remandavam o bem e o mal a causas transcendentes: a luta que se trava na terra é projetada no céu, na expectativa que o Deus do bem saia vitorioso e, portanto, também liberte o mundo do mal.

Formas de dualismo permanecem também diante dos horrores destas últimas semanas: se Kamenei - e com ele outros representantes do Islã - agradecem a Alá pelas ações assassinas do Hamas e alguns grupos judaicos pedem a YHWH para punir o Hamas, a luta será transferida entre as duas divindades que protegem seus respectivos fiéis. Dessa forma, porém, cada povo tem o seu Deus, que é inimigo do Deus do outro povo, a despeito daqueles que acreditam que existe um único Deus. Apesar das declarações do Papa Francisco e do Grande Imã Sunita, Ahmad Al-Tayyeb, a referência a Deus torna-se fator de divisão. Afinal, a história testemunha esses processos projetivos. Contudo, eles não resolvem o problema: por que o Deus de um povo não foi capaz de protegê-lo dos ataques de outro povo? Somos mais uma vez confrontados com a questão crucial sobre o poder de Deus. Nesse sentido, o ateísmo parece a solução mais lógica. Parece! De fato, ele também deixa em aberto a questão da maldade humana.

A questão é, na verdade, de natureza antropológica: como os seres humanos podem chegar a tamanha atrocidade? Remeter a razões de caráter econômico, social e político apenas deslocam o problema. Na verdade, devemos perguntar-nos por que essas razões, que em última análise são o resultado de escolhas humanas, são capazes de produzir efeitos tão devastadores, e antes mesmo: por que economia, organização social e política se configuram dessa forma? Somos, portanto, remetidos à consideração da “natureza” humana.

Essa apresenta aspectos opostos: em cada ser humano existe um duplo, que o Doutor Jekyll e o Mister Hyde representam de forma extrema. Porém, permanece em aberto a questão dos motivos pelos quais em alguns momentos o aspecto maligno prevalece a ponto de se tornar o único que se manifesta. É preciso reconhecer que muitas vezes, como no caso do ataque do Hamas - como em geral em todas as declarações de guerra ou nos atos terroristas -, o objetivo é considerado bom ou pelo menos é declarado como tal (veja-se a denominação dada por Putin à invasão da Ucrânia). Porém, é inegável que, independentemente das intenções, os resultados são nefastos.

Para resolver a questão, nas tradições mítico-religiosas da humanidade, é chamado em causa um ser espiritual descrito como a personificação do mal. Na tradição ocidental, na esteira na visão bíblica, tem sido chamado de satanás, que significa adversário, ou diabo, que significa divisor.

O primeiro conheceu uma transformação no desenvolvimento da literatura bíblica: de ministro público de Deus tornou-se seu adversário e, portanto, adversário dos seres humanos.

O segundo é apresentado como aquele que cria divisão dentro de cada ser humano e entre os próprios seres humanos. As duas imagens convergem e ajudam a compreender que o ser humano, nas suas escolhas, é levado a orientar-se para o bem ou para o mal, ou seja, a seguir a Deus ou a satanás.

A forma como isso pode ocorrer é ditada pelo resultado das escolhas: se for constituído por vida e, portanto, por felicidade ou por morte e, portanto, por sofrimento. Essa é uma visão mitológica? Pode ser concedido, mas levando em conta que o mito não é ilusão, mas sim uma forma de expressar a vida e o seu significado. Os horrores que mais uma vez tivemos que assistir têm origem em responsabilidades humanas instigadas pelo “divisor”. Porém, os horrores não aparecem de repente: são preparados gradativamente, permitindo que o divisor se instale aos poucos no coração das pessoas, disfarçado ideologicamente de bem.

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