30 Outubro 2023
Uma “caravana missionária” percorrerá, a partir do dia 15 de novembro e até abril do próximo ano, paróquias da Igreja Protestante de Genebra (IPG) para refletir sobre os desafios que hoje enfrenta e buscar caminhos de atuação para o futuro.
A reportagem é de Edelberto Behs.
Em sete conferências será traçado um paralelo entre o tempo do apóstolo Paulo e o presente, que teólogos reformados genebrinos entendem idêntica: um cristianismo europeu minoritário numa sociedade indiferente e hostil.
“Temos muito a aprender com essas primeiras comunidades, que não só sobreviveram, mas também conseguiram estabelecer-se e serem reconhecidas num mundo pagão. É uma boa fonte para a nossa igreja cada vez menor”, arrola o secretário geral adjunto da missão, Emmanuel Rolland em entrevista para Anne Buloz, do jornal Reformado.
Três perguntas perpassam as conferências: Quem somos? De onde viemos? Para onde estamos indo? Os organizadores esperam que desses encontros venham proposições sobre o caminho futuro da igreja à luz do que o passado ensina.
Rollando não está preocupado com o crescimento digital. O declínio da IPG, “essa obsessão pelos números e pela inversão da tendência, é uma falsa questão”, afirma. O que ele pergunta é “de que forma somos fiéis a Cristo? O que fazemos com a mensagem do Evangelho? Como podemos garantir que a igreja se torne uma comunidade de sororidade, que continue a aprender, que redescubra o sentido da vida comunitária e que possa crescer em humanidade?”
O líder reformado entende que é preciso “redescobrir um certo orgulho em levar a mensagem de Cristo a um mundo que olha para outro lado, poder viver dele e ser credíveis na forma como o vivemos”.
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