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Francisco comportou-se sabiamente ao prolongar o drama da nomeação de Dom Okpaleke

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06 Junho 2020

"A revolta na Diocese de Ahiara também ressalta o poder de reação. Sob algumas circunstâncias, a resistência pode ser eficaz. A influência de vários setores infelizes sempre fez a diferença. Nesta era, muitos católicos não se ocupam o suficiente com os assuntos da Igreja a ponto de se preocuparem, ou simplesmente preferem sair porta afora em vez de empurrá-la. A crise dos abusos sexuais produz ambas as coisas, assim como a contínua injustiça contra as mulheres".

O comentário é de Ken Briggs, escritor sobre religião dos jornais Newsday e The New York Times. Contribuiu com artigos para várias outras publicações, tendo escrito cinco livros e lecionado por 18 anos como professor adjunto na Lehigh University e na Lafayette College. O artigo foi publicado por National Catholic Reporter, 28-05-2020. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

Eis o artigo.

O bispo morreu. Mas o meio habitual de prover um novo ordinário – termo católico para se referir aos bispos e arcebispos – distanciou-se, hoje, do normal.

O período para uma transição desse tipo, bem como a escolha de um novo prelado, cabe, de costume, ao papa. Nesse caso, foram necessários 26 meses para se completar o processo formal, o que não significou no preenchimento da vaga deixada pelo falecido.

O que veio a ocorrer tornou-se um exemplo impressionante da existência de objetivos conflitantes e dos limites às vezes maleáveis ​​da autoridade papal nos embates contínuos em governar um labirinto gigantesco de 1,4 bilhão de fiéis em todo o mundo. O sítio National Catholic Reporter foi uma das primeiras agências de notícia a retratar esse drama, reportando o confronto havido e o retrocesso percebido por trás de uma reputação superficial de conformidade e autoridade hierárquica inconteste.

O lugar foi a Diocese de Ahiara, no sudeste da Nigéria, uma fortaleza católica de 450 mil paroquianos. O Papa Bento XVI nomeou um novo bispo, Dom Peter Ebere Okpaleke, para preencher a vaga no final de 2012.

Mas sua elevação não ocorreu em Ahiara. Quando a notícia do novo bispo chegou à diocese, um contingente desafiador formado por padres e leigos desfilou nas ruas pedindo ao papa que voltasse em sua escolha. Um esquadrão de jovens trancou as portas da catedral para manter do lado de fora o novo prelado. Exibiram cartazes com os dizeres: “Rejeitamos Okpaleke”. Evitando prudentemente um confronto, o bispo manteve-se afastado e foi consagrado bispo em uma diocese vizinha, presumivelmente para esperar.

A causa do ultraje contra Okpaleke foram principalmente fatores étnicos e culturais, e não pessoais. Havia se formado, entre o povo Mbaise, o ressentimento de que o Vaticano vinha ignorando e negligenciando-os há tempos por, entre outras coisas, não escolher bispos de sua tribo. Mais especificamente, exigiam que, dessa vez, um prelado de sua região se encarregasse da diocese. O perfil de Okpaleke atiçou os ânimos: ele vinha de longe e não falava a língua local, nem compartilhava a sua cultura, disseram eles.

O presidente da Associação dos Padres Mbaise, o Pe. Augustin Ben Ekechukwu, considerou o que o papa fez de “injustiça e conspiração maliciosa contra o povo Mbaise”.

Iniciou-se o confronto. A recusa em aceitar o novo bispo não mostrava sinais de diminuição nas semanas que se seguiram, e o Vaticano manteve a sua reivindicação de plena autoridade para decidir sobre o assunto. A política oficial da igreja minimizou a identidade tribal como um fator na seleção de bispos; várias vagas anteriores na Nigéria foram preenchidas por pessoas de fora. Mas as queixas do povo de Ahiara endureceram a resistência, e o Vaticano se recusou a conceder-lhes uma exceção ao seu direito de decidir.

Enquanto isso, Okpaleke passou um tempo em exílio.

Bento XVI, que havia escolhido Okpaleke, renunciou ao papado no início de 2013 antes de as coisas piorarem. O Papa Francisco mal havia se estabelecido quando a rebelião de Ahiara impediu o bispo de assumir o cargo. Enquanto as esperanças de uma resolução rápida diminuíam, Francisco preencheu a lacuna na diocese designando, em julho de 2013, um administrador apostólico para consertar o que fosse necessário e administrar a diocese.

O envolvimento de Francisco nessa disputa evocou um lado dele que contrastava com sua reputação elevada de um pastor descontraído, com propensão à misericórdia e tolerância, um intérprete generoso dos mandamentos da Igreja. Diante dos rebeldes na Nigéria, o papa foi convidado a exercer o seu papel de autoridade e normatizador de precedentes. Ao fazer isso, demonstraria um certo grau de flexibilidade, uma mescla de consciência e reverência pelo direito canônico que incorre em equívocos e incertezas. O ideal de ajustes perfeitos e resultados exatos dá lugar a políticas de consciência marcadas por incertezas.

O perfeito, como se costuma dizer, é inimigo do bom. As ações de Francisco na questão de Ahiara mostrar-se-iam reveladoras, não de um papa exemplar, mas de um papa real no fluxo da existência complexa. O compromisso vem à mente como um elemento básico de tais negociações.

Quatro anos de frustração reprimida deste papa quanto ao racha em curso eclodiram em sua ameaça fria dirigida aos padres dissidentes de Ahiara. Eles deveriam se submeter “totalmente” à sua autoridade, especialmente aceitando o bispo designado ou enfrentar uma suspensão imediata do sacerdócio. Tiveram trinta dias para enviar suas declarações de conformidade.

A exigência de Francisco foi despachada em 2017 aos padres dissidentes em uma carta contundente, que Francisco mostrou com antecedência a uma delegação de autoridades e funcionários da Igreja em Ahiara que lhe prestaram uma visita. O conteúdo foi divulgado pela Congregação para Evangelização dos Povos, que supervisiona o conflito.

“Quem se opôs à posse de Dom Okpaleke quer destruir a Igreja”, acusou o papa. “Isso é proibido (...) O papa não pode ser indiferente”. E continuou em termos mais brandos: “A Igreja é mãe e não pode deixar tantos filhos como vocês. Isso é muito grave”. Essa recusa em aceitar a decisão do papa significava que o “povo de Deus está escandalizado”. Os culpados de tais danos devem se lembrar do aviso de Jesus de que “aqueles quem escandalizam deve saber enfrentar as consequências”.

Trinta dias depois, a maioria dos padres havia jurado lealdade ao papa, mas com uma reserva importante, resumida pela congregação que supervisionava o caso ​​como uma “dificuldade psicológica de colaborar com o bispo após anos de conflito”.

Esse apoio, abaixo do nível desejado por uns, impediu o progresso. Em 14-02-2018, Okpaleke desiste do embate, renunciando à diocese para a qual fora nomeado a servir cinco anos antes, sem nunca ter ocupado o posto. Culpou amargamente os padres opositores por sua rejeição. Absorvendo um raro repúdio, o papa libertou Okpaleke de sua missão cinco dias depois.

Okpaleke reapareceu no mês passado no comando de uma novíssima diocese nigeriana, Ekwulobia, criada em sua diocese natal, a Diocese de Awka, onde uma população católica em rápido crescimento lutava pela criação de uma outra diocese. Foi um recomeço exuberante.

Ahiara recebeu um outro administrador, mas ainda não conta com um bispo próprio. O papa não suspendeu ninguém, indicando que aceitou a promessa de lealdade papal dos padres como penitência válida, reconhecendo, porém, que a natureza tímida do cumprimento da promessa o deixou abaixo do “totalmente satisfeito”. Foi-se a retórica severa.

Diferem as opiniões sobre se Francisco recuou da insistência legítima em uma completa conformidade ou se exibiu uma consciência superior ao reconhecer um quadro espiritual maior. Independentemente de como equaciona os fatores nesse caso, o papa parece atraído tanto pela misericórdia quanto pela ordem ao decidir como proceder. Ele motiva-se pela misericórdia e se vê chamado à unidade pela sua formação e pela autoridade que lhe é investida.

Nesse momento estrondoso da vida da Igreja, as ilusões de que um vasto conglomerado de fiéis equivalente à população da China possa ser governado uniforme e equitativamente (direto de um pedaço de terra menor que a maioria dos campos de golfe) desmoronam-se rapidamente. O sigilo, que ajudava a preservar esta ilusão, sucumbiu aos tentáculos dos meios de comunicação modernos. A divulgação de crimes sexuais e outras hipocrisias desmonta a credibilidade de comportamentos ou políticas consistentes.

A revolta na Diocese de Ahiara também ressalta o poder de reação. Sob algumas circunstâncias, a resistência pode ser eficaz. A influência de vários setores infelizes sempre fez a diferença. Nesta era, muitos católicos não se ocupam o suficiente com os assuntos da Igreja a ponto de se preocuparem, ou simplesmente preferem sair porta afora em vez de empurrá-la. A crise dos abusos sexuais produz ambas as coisas, assim como a contínua injustiça contra as mulheres.

O catolicismo nos Estados Unidos tende a se enraivecer com a Igreja e a ficar longe. Se a Igreja significa mais para os católicos em Ahiara, talvez seja porque estejam sentindo as dores da insurreição, mas também talvez porque estejam inspirados pelos esforços ainda emaranhados de elevar a dignidade própria de cada um.

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