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“É por isso que dialogamos com a China”. Entrevista com Pietro Parolin

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01 Fevereiro 2018

Diversos sinais (que incluem operações opacas, verdadeiras manipulações políticas, sabotagens...) indicam que nos contatos entre a Santa Sé e o governo da República Popular da China podem estar se apresentando passos importantes. O momento é propício para ouvir uma palavra de autoridade, que ajude a apreciar o que realmente interessa ao Papa e à Santa Sé. E que isso, pensando principalmente nos irmãos chineses, ajude a dissipar suspeitas e fumaças artificiais, para ver o coração eclesial de toda a questão, sem narrações politizadas. Por esta razão, o Vatican Insider entrevistou o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado de Sua Santidade.

A entrevista é de Gianni Valente, publicada por Vatican Insider, 31-01-2018. A tradução é de André Langer.

Eis a entrevista.

Eminência, o que pode nos dizer em relação ao diálogo entre a Santa Sé e a República Popular da China?

Como se sabe, com a chegada da “Nova China”, houve momentos de grandes contrastes e sofrimentos agudos para a vida da Igreja nesse imenso país. No entanto, desde a década de 1980, foram colocados em ação os contatos entre representantes da Santa Sé e da China Popular, que passaram por diferentes estágios e diversos casos. A Santa Sé sempre manteve uma perspectiva pastoral, tentando superar as oposições e mostrando-se disposta a um diálogo respeitoso e construtivo com as autoridades civis.

O Papa Bento XVI representou muito bem o espírito deste diálogo na Carta aos católicos chineses, de 2007: “A solução para os problemas existentes não pode ser perseguida mediante um conflito permanente com as legítimas Autoridades” (Nº 4). No pontificado do Papa Francisco, as negociações se movem exatamente seguindo esta linha: abertura construtiva ao diálogo e fidelidade à genuína tradição da Igreja.

O que concretamente a Santa Sé espera desse diálogo?

Eu colocaria, em primeiro lugar, uma premissa: na China, talvez mais do que em qualquer outro lugar, os católicos souberam proteger, apesar de tantas dificuldades e sofrimentos, o autêntico depósito da fé, mantendo firme o vínculo da comunhão hierárquica entre os bispos e o Sucessor de Pedro, como garantia visível da própria fé. Na verdade, a comunhão entre o Bispo de Roma e todos os bispos católicos toca a alma da unidade da Igreja: não é uma questão privada entre o Papa e os bispos chineses ou entre a Sé Apostólica e as autoridades civis.

Com isso, o principal objetivo da Santa Sé no diálogo é precisamente salvaguardar a comunhão na Igreja, seguindo o sulco da genuína tradição e da constante disciplina eclesiástica. Veja você, na China não existem duas Igrejas, mas duas comunidades de fiéis que são chamadas a cumprir um caminho progressivo de reconciliação rumo à unidade. Portanto, não se trata de manter um conflito perene entre princípios e estruturas opostos, mas de encontrar soluções pastorais realistas que permitam aos católicos viver sua fé e continuar o trabalho de evangelização no contexto específico chinês.

A comunhão a que o senhor se refere tem a ver com a delicada questão das nomeações dos bispos, que está provocando tantas polêmicas. Um eventual acordo sobre este ponto resolveria corretamente os problemas da Igreja na China?

A Santa Sé conhece e compartilha os graves sofrimentos sofridos por muitos católicos na China e seu generoso testemunho do Evangelho. Ainda há muitos problemas para a vida da Igreja e estes não podem ser resolvidos todos de uma só vez. Mas, neste contexto, a questão da escolha dos bispos é crucial. Por outro lado, não podemos esquecer que a liberdade da Igreja e a nomeação dos bispos sempre foram temas recorrentes nas relações entre a Santa Sé e os Estados. Claro, o caminho seguido com a China, através dos contatos atuais, é gradual e ainda está exposto a muitos eventos imprevistos, bem como possíveis novas emergências. Ninguém, em sã consciência, pode pretender ter soluções perfeitas para todos os problemas.

É necessário ter tempo e paciência para que todas as feridas pessoais infligidas reciprocamente nas comunidades possam ser curadas. Infelizmente, é verdade que ainda haverá muitas incompreensões, fadigas e sofrimentos para enfrentar. Mas todos estamos confiantes em que, uma vez considerado adequadamente o ponto da nomeação dos bispos, as dificuldades restantes não deveriam mais ser tais a ponto de impedir que os católicos chineses vivam em comunhão entre si e com o Papa. É isso que importa, e o que tanto se esperava e desejava desde São João Paulo II e Bento XVI. O importante é isso, e hoje se persegue com a clarividência do Papa Francisco.

Então, qual é a verdadeira atitude da Santa Sé para com as autoridades chinesas?

É importante insistir nisso: no diálogo com a China, a Santa Sé persegue um objetivo espiritual: ser e sentir-se plenamente católicos e, ao mesmo tempo, autenticamente chineses. Com honestidade e realismo, a Igreja pede nada mais do que professar sua própapria fé com maior serenidade, encerrando definitivamente o longo período de confrontos, para inaugurar espaços de maior confiança e oferecer o contributo positivo dos católicos para o bem de toda a sociedade chinesa.

Evidentemente, ainda há muitas feridas abertas. Para curá-las, necessita-se do bálsamo da misericórdia. E se se pede a alguém um sacrifício, pequeno ou grande, deve ficar claro para todos que esse não é o preço de uma troca política, mas que faz parte da perspectiva evangélica de um bem maior, o bem da Igreja de Cristo.

O que se espera é chegar, quando Deus quiser, a não ter que falar mais de bispos “legítimos” e “ilegítimos”, “clandestinos” e “oficiais” na Igreja chinesa, mas encontrar-se entre irmãos, aprendendo novamente a linguagem da colaboração e da comunicação. Sem essa experiência vivida, como poderia a Igreja na China iniciar novamente o caminho da evangelização e levar aos outros a consolação do Senhor? Se não estamos prontos para perdoar, significa, infelizmente, que há outros interesses a defender: mas essa não é uma perspectiva evangélica.

Se esta é a atitude, não há o perigo de apagar, de uma só vez, os sofrimentos do passado e também os do presente?

Pelo contrário. Muitos cristãos chineses, quando celebram seus mártires que sofreram julgamentos e perseguições injustos, recordam-se de que eles souberam confiar em Deus, mesmo em suas frágeis humanidades. Assim, a melhor maneira de honrar este testemunho e torná-lo frutífero no presente é confiar ao Senhor Jesus inclusive a vida atual das comunidades católicas na China. Mas isso não se pode fazer de maneira espiritualista ou desencarnada. Isso deve ser feito na eleição de fidelidade ao Sucessor de Pedro, com um espírito de obediência filial, mesmo quando nem tudo parece imediatamente claro e compreensível.

Voltando à sua pergunta, aqui não se trata de apagar de repente que ignore ou, quase como por magia, anule o sofrido caminho de muitos fiéis e pastores, mas de investir o capital humano e espiritual de muitas provações para construir um futuro mais sereno e fraterno, com a ajuda de Deus. O Espírito que até agora guardou a fé dos católicos chineses é o mesmo que os sustenta hoje no novo caminho empreendido.

O senhor tem algum conselho, qualquer pedido particular que neste momento a Sé Apostólica poderia dirigir aos fiéis chineses? Para aqueles que estão contentes com os possíveis novos cenários, mas também para aqueles que estão confusos ou que têm objeções...

Gostaria de dizer, de forma muito simples e clara, que a Igreja nunca esquecerá as provações e os sofrimentos passados e presentes dos católicos chineses. Tudo isso é um grande tesouro para a Igreja universal. Portanto, digo aos católicos chineses, com grande fraternidade: estamos próximos de vocês, não só pela oração, mas também pelo compromisso diário de acompanhá-los e apoiá-los no caminho da plena comunhão.

Por isso, pedimos que ninguém se apegue ao espírito de oposição para condenar o irmão ou que se use o passado como pretexto para fomentar novos ressentimentos e fechamentos. Pelo contrário, esperamos que cada um veja com confiança o futuro da Igreja, superando qualquer limite humano.

Sua Eminência, realmente acredita que tudo isso é possível? Em que baseia sua confiança?

Estou convencido de uma coisa. A confiança não é fruto da força da diplomacia ou das negociações. A confiança baseia-se no Senhor que guia a história. Confiamos em que os fiéis chineses, graças ao seu senso de fé, serão capazes de reconhecer que a ação da Santa Sé é impulsionada por essa confiança, que não responde a lógicas mundanas. Os pastores deverão particularmente ajudar os fiéis a reconhecer na guia do Papa um ponto de referência seguro para apreciar o plano de Deus nas circunstâncias atuais.

O Papa está informado sobre o que os seus colaboradores fazem nas negociações com o governo chinês?

Sim, o Santo Padre acompanha pessoalmente as negociações atuais com as autoridades da República Popular da China. Todos os seus colaboradores atuam em sintonia com ele. Ninguém toma iniciativas privadas. Sinceramente, qualquer outro tipo de raciocínio parece fora de lugar.

Nos últimos tempos, surgiram expressões críticas, inclusive dentro da Igreja, diante da perspectiva adotada pela Santa Sé no diálogo com as autoridades chinesas. Alguns chegaram a afirmar que esse diálogo é uma verdadeira “rendição” por razões políticas. O que o senhor pensa?

Creio, acima de tudo, que na Igreja existe o direito absoluto de discordar e apresentar as próprias críticas e que a Santa Sé tem o dever de ouvi-las e avaliá-las com atenção. Também estou convencido de que, entre cristãos, as críticas deveriam ter como objetivo construir comunhão e não provocar a divisão. Digo francamente: estou convencido de que parte do sofrimento que a Igreja experimentou na China não se deve tanto à vontade de cada uma das pessoas, mas à complexidade objetiva da situação. Portanto, é legítimo ter opiniões diferentes sobre as respostas mais apropriadas para oferecer para resolver os problemas do passado e do presente. Isso é completamente razoável.

Acredito que nenhum ponto de vista pessoal pode ser considerado um intérprete exclusivo do que é bom para os católicos chineses. Por isso, a Santa Sé trabalha para encontrar uma síntese de verdade e uma maneira viável para responder às expectativas legítimas dos fiéis, dentro e fora da China. Para descobrir juntos o plano de Deus para a Igreja na China, precisamos de mais humildade e maior espírito de fé, cautela e moderação por parte de todos, para não cair em polêmicas estéreis que prejudicam a comunhão e roubam as esperanças de um futuro melhor.

A que se refere?

Refiro-me a que todos somos chamados a distinguir mais adequadamente a dimensão espiritual e pastoral da dimensão política. Comecemos, por exemplo, com as palavras que utilizamos todos os dias. Expressões como “poder”, “traição”, “resistência”, “rendição”, “confronto”, “ceder”, “compromisso” deveriam dar lugar a outras, como “serviço”, “diálogo”, “misericórdia”, “perdão”, “reconciliação”, “colaboração”, “comunhão”. Se não estamos dispostos a mudar essa perspectiva, surge um grande problema: pensar e agir apenas em chave política. A este respeito, a Santa Sé espera para todos uma conversão pastoral sincera, inspirada no Evangelho da misericórdia, para aprender a se acolher entre irmãos, como o Papa Francisco tem recomendado tantas vezes.

O que o senhor diria às autoridades chinesas hoje?

Veja, sobre este ponto eu gostaria de retomar novamente as palavras de Bento XVI em sua Carta aos católicos chineses. Ele ensina que a missão própria da Igreja não é mudar as estruturas ou a administração do Estado, mas anunciar aos homens Cristo, Salvador do mundo, confiando no poder de Deus. A Igreja na China não quer substituir o Estado, mas deseja oferecer sua contribuição serena e positiva para o bem de todos. Portanto, a mensagem da Santa Sé é uma mensagem de boa vontade, com a esperança de prosseguir no diálogo empreendido para contribuir com a vida da Igreja católica na China, para o bem do povo chinês e para a paz no mundo.

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