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“É uma declaração de extermínio, proferida por um homem que não escuta ninguém. É terrível. Estamos assistindo ao extermínio de um povo”. Entrevista com Tahar Ben Jelloun

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19 Dezembro 2023

“O ataque do Hamas em 7 de outubro em Israel foi um ato terrorista e inadmissível. Mas agora Israel está realizando um extermínio diante dos olhos do mundo. Quero denunciar Netanyahu como um criminoso de guerra”.

É o que diz Tahar Ben Jelloun, um dos mais doces e conciliadores escritores árabes, marroquino de Fez, autor de livros escritos em francês como O racismo explicado à minha filha que se tornaram best-sellers icônicos no mundo. La Nave di Teseo publica agora um seu apaixonado livreto intitulado simplesmente L’urlo [O grito] para reafirmar a necessidade de um diálogo que hoje parece impossível. No livro o juízo sobre o Hamas é inequívoco: “Inimigo não só do povo israelense, mas também do povo palestino, um inimigo cruel, manipulado por um país como o Irã em que as jovens opositoras são enforcadas por não usarem o véu”.

A entrevista com Tahar Ben Jelloun é de Cesare Martinetti, publicada por La Stampa, 18-12-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

Monsieur Ben Jelloun, quais são seus sentimentos dois meses depois do 7 de outubro?

Estamos assistindo a uma guerra absurda, que se assemelha a um genocídio, porque o exército israelense está bombardeando populações civis sob o pretexto de que haveria entre a população combatentes no Hamas.

E não é verdade?

Mas, em qualquer caso, isso não justificaria de forma alguma o que Israel está fazendo, apoiado pelos Estados Unidos ignorando o pedido das Nações Unidas de um cessar-fogo. Vinte mil mortos: é insuportável.

Você sempre foi um homem de diálogo, em 2000 até foi convidado em uma escola mista em Israel. O que você lembra?

Havia crianças judias e árabes. Elas eram movidas pelo mesmo medo. O medo do outro. Elas ficavam contra um muro imaginário. Israelenses e palestinos são iguais nessa estupidez. Aquelas crianças hoje, passados vinte e três anos, se matam umas às outras.

Depois de 7 de outubro, sua perspectiva mudou?

Não mudei, sempre pedi que fosse feita justiça ao povo palestino, que fosse dado a eles um estado, uma terra, em paz. Mas, pelo contrário, há alguns dias, Netanyahu declarou que nunca haverá um Estado palestino e que ele irá até o fim. É uma declaração de extermínio, proferida por um homem que não escuta ninguém. É terrível. Estamos assistindo ao extermínio de um povo.

Mas voltemos ao 7 de outubro. Como foi para você?

Uma tragédia, uma provocação terrorista. Pessoalmente, nunca concordei com a política do Hamas e paguei caro porque fui atacado, insultado e até ameaçado fisicamente por todo o mundo árabe. Mas repito: a ação do Hamas é intolerável, mas a resposta do Israel é pior, inadmissível.

Naquele 7 de outubro aconteceu algo mais e “novo”, o estupro planejado e filmado das mulheres israelenses. O que pensa disso?

Ninguém conhece a realidade sobre essa história dos estupros. Para mim, para qualificar o horror do que é aconteceu, basta saber que mil e duzentas pessoas foram mortas, não há necessidade de acrescentar a questão dos estupros.

Mas há imagens filmadas pelos próprios estupradores. Um apelo assinado foi divulgado em Paris também pela prefeita Anne Hidalgo para que o ataque do Hamas seja qualificado como um feminicídio em massa. Você concorda com esse apelo?

Não confio nas imagens, especialmente aquelas fabricadas por Israel. E, na verdade, pode ter alguém que estupra e filma ao mesmo tempo? Para mim, é inamissível o fato de terem matado mil e duzentos seres humanos. E, além disso, não tenho nenhuma estima por Madame Hidalgo.

Quais são os efeitos na França?

Muito nefastos, houve um despertar da extrema direita fascista (não estou falando de Le Pen) embora isso não signifique que a guerra tenha sido importada de Israel para Paris ou para Marselha. Mas os imigrantes árabes não entendem porque a imprensa está toda do lado dos israelenses. As mídias não colocam minimamente em discussão a versão israelense. Existem dois pesos e duas medidas.

Muitos ataques antissemitas. Porque cada manifestação pela Palestina se torna uma manifestação antissemita?

A França tem desde sempre uma antiga tradição antissemita que desperta e é evocada cada vez sempre que há alguma guerra ou catástrofe que afeta Israel. O antissemitismo é a arma usada contra todos aqueles que criticam Israel. Também o ex-primeiro-ministro Dominique de Villepin foi acusado de ser antissemita apenas por dizer que a informação era totalmente alinhada com as posições sionistas.

E o que você pensa?

Que se pode ser contra a ação de um governo e não ser contra o povo. Em vez disso, na TV francesa parece impossível criticar o Estado de Israel. Estamos assistindo à morte das crianças palestinas, como se a vida delas não valesse nada. Quando Macron disse, por uma vez algo certo, que uma vida palestina valia uma vida israelense, ele foi coberto de críticas, acusaram-no de ter mudado de posição porque inicialmente havia apoiado Netanyahu.

Mas depois ele recebeu o grande rabino da França no Eliseu para o acendimento das velas na cerimônia anual de Hanukkah. Isso nunca havia acontecido. O que você acha?

Ele fez isso para conseguir apoio entre os judeus. E foi atacado porque os franceses são muito sensíveis quanto à questão do secularismo. Acredito que ele tenha errado, o estado deve ficar fora das celebrações religiosas. Quer sejam cristãs, muçulmanas ou judias.

E qual a sua opinião sobre o ativismo do Catar, financiador do Hamas, operador sem escrúpulos nos mercados europeus de negócios e, ao mesmo tempo, mediador nas negociações sobre os reféns?

O Catar desempenha um papel importante porque expressa a ideologia islâmica da Irmandade Muçulmana e o Hamas é uma ramificação da Irmandade Muçulmana. O Catar investiu no Ocidente, em times de futebol como o PSG, em grandes hotéis, em imóveis, para ter um peso na Europa. Toda a liderança do Hamas vive num edifício no Catar. Faz negócios. Da Europa pode parecer um Estado moderno, mas a Irmandade Muçulmana é a Sharia, ou seja, uma ideologia muito retrógrada. Para mim são insondáveis, não se conhece a verdade.

No seu livro você é muito duro com o Hamas, mesmo como marroquino. Por quê?

O Marrocos foi governado por dez anos por islamistas, venceram as eleições legislativas. Foram anos perdidos porque eram incompetentes e não fizeram nada. Além disso, o Hamas apoia a Frente Polisario e não reconhece a "morocainité" do Saara. Dois anos atrás, porém, perderam as eleições. O chefe do Hamas, Khaled Meshal, voltou recentemente para incitar os marroquinos à revolta, mas os marroquinos não querem mais saber nada do Hamas, mesmo sendo solidários com o povo palestino.

E o que você pede agora?

Que a Europa apoie o povo palestino.

Leia mais

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  • “O Hamas não é apenas terrorismo, e Israel errou na resposta.” Entrevista com Lucio Caracciolo
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