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Ratzinger e a disciplina da fé. Artigo de Flávio Lazzarin

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11 Janeiro 2023

"É bom lembrar aos irmãos e às irmãs que continuam a usar Bento XVI indevidamente para abençoar derivas autoritárias - e muitas vezes claramente fascistas - para se contrapor ao Papa Francisco, que nunca deveríamos perder o bom senso e a caridade na eventual preferência e defesa de perspectivas conservadoras e aceitar o dever de testemunhar o Concílio, para superar definitivamente a ideia de uma Igreja senhora da verdade, com o poder absoluto dos anátemas e das condenações", escreve Flavio Lazzarin, padre italiano fidei donum que atua na Diocese de Coroatá, no Maranhão, e agente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em artigo publicado por Settimana News, 10-01-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Hoje, mais uma vez, tenho de suportar um aspecto complicado e não totalmente evangélico do meu caráter, quando, em relação a irmãos e irmãs tocados pela morte e louvados, muitas vezes sem restrições, pelos sobreviventes, não consigo esquecer os traços, para mim difíceis de serem compreendidos e aceitos, de suas biografias.

Ainda não sei se essa atitude é fruto da obediência devida à verdade ou, melhor, resultado da dureza do meu coração, que se fecha à verdade do outro. Certamente, porém, não posso invejar os simples que, com facilidade, esquecem e sobrevivem tranquilos e serenos, sem os problemas criados pela memória.

Assim, confesso a vocês que naquele 19 de abril de 2005, enquanto ouvia sozinho a rádio que transmitia a conclusão do Conclave, exorcizava na oração as minhas preocupações pessimistas: “que o novo Papa não seja Ratzinger. Que o Espírito nos dê um papa de esperança e de novidade evangélicas”.

Eu tinha acontecimentos e argumentos latino-americanos para justificar uma indiscutível antipatia, compartilhada, no Brasil, nos ambientes eclesiais fiéis à profecia de Medellín. Uma tristeza profunda invadiu meu coração no momento em que o nome foi pronunciado: Iosephum.

Devo, no entanto, corrigir quem poderia pensar em sentimento de rejeição e de odiosa polarização. De fato, apesar das inegáveis diferenças, também em relação ao estilo e à eclesiologia, entre Bento XVI e seu predecessor, São João Paulo II, nos ambientes da teologia da libertação e nos contextos muito mais amplos da pastoral da libertação, nunca foram cultivados sentimentos e projetos cismáticos.

Apesar das tensões e dos castigos da Congregação para a doutrina da fé, naqueles trinta e três anos, que definimos como inverno, nunca desistimos de preservar o dom precioso da comunhão eclesial, na busca de uma espiritualidade que sabe como discernir e ensina a viver no conflito.

Hoje, infelizmente, esse clima mudou: tenho a impressão de que a dimensão dialógica e conflitual da verdade, que é constitutiva do Antigo e do Novo Testamento, norma normans da exegese, seja substituída pela guerra civil que, em vários níveis, atinge todas as nações do Ocidente e se reflete no âmbito da Igreja Católica, ameaçando o único bem divino que deveríamos testemunhar: a verdade sempre aliada ao amor fraterno.

É bom lembrar aos irmãos e às irmãs que continuam a usar Bento XVI indevidamente para abençoar derivas autoritárias - e muitas vezes claramente fascistas - para se contrapor ao Papa Francisco, que nunca deveríamos perder o bom senso e a caridade na eventual preferência e defesa de perspectivas conservadoras e aceitar o dever de testemunhar o Concílio, para superar definitivamente a ideia de uma Igreja senhora da verdade, com o poder absoluto dos anátemas e das condenações.

Todos reconhecem a bondade, simplicidade, humildade, afabilidade e capacidade de escuta de Bento, mas essas inegáveis e santas virtudes não funcionaram no debate ideológico, como se, em tal âmbito, se tratasse apenas de livros e de bibliotecas.

Nesse sentido, recordar os inquiridos pela Congregação para a Doutrina da Fé é entender que não existem batalhas e guerras que se limitam às ideias, mas que, sempre, nas condenações, estão envolvidos irmãos e irmãs, com suas vidas, suas sensibilidades, sua humanidade.

Segue uma lista, muito incompleta, de teólogos e teólogas perseguidos: Edward Schillebeeckx, Leonardo Boff, Ivone Gebara, Lavinia Byrne, José María Castillo, Juan Antonio Estrada, György Bulányi, Bernhard Häring, Marciano Vidal, Charles Curran, Thomas Reese, André Guindon, Tissa Balasuriya, Anthony De Mello (post mortem), Jeannine Gramick, Robert Nugent, Roger Haight, Jon Sobrino, Jacques Dupuis, Reinhard Messner, Matthew Fox, Margaret Farley e, junto com os punidos, também os advertidos e os censurados como Pedro Casaldáliga e o mártir Óscar Romero, que teve de esperar pelo Papa Francisco para ser declarado santo.

Em 2001, a crueldade assume aspectos retroativos: é exumado o pensamento de Antonio Rosmini (1797-1855) com um documento que não pode se definir de completa reabilitação e admissão de um grave erro de julgamento, em 1854, quando o silêncio lhe foi imposto e, em 1899, quando Leão XIII condenou quarenta teses de seus escritos. Rosmini, apesar das reticências da Congregação para a Doutrina da Fé, foi beatificado em 2007.

É preciso dizer que esta lista está incompleta; de fato, muitos outros teólogos foram suspensos do ensino ou perderam a Missio Canonica: são talvez mais de cem, na América do Norte, América Latina e Ásia.

Se nas condenações anteriores ao Vaticano II prevalecia a defesa da teologia tomista e neotomista, como no caso de Rosmini, ou na cruzada de São Pio X contra os modernistas, no caso das censuras pós-conciliares assume uma importância significativa a identificação do ministério petrino com a teologia elaborada por Joseph Ratzinger, com o risco, não tão remoto, de que uma única teologia se torne a unidade de medida da ortodoxia.

Muitos comentam o núcleo agostiniano de sua teologia, radicalmente pessimista, em relação à condição humana e à história da humanidade, mas tenho a presunçosa e um tanto estúpida impressão de que a raiz da crueldade teológica de Bento XVI se deve ao valor teológico, quase dogmático, atribuído ao pensamento grego como parte irrenunciável da Tradição Católica.

É dessa perspectiva que esse papa teceu uma oposição radical ao processo de des-helenização iniciado com o antitomismo occamista e a reforma luterana. Em suma, nesta perspectiva, para ser coerentemente católicos, não poderíamos fugir da identificação metafísica do Ser parmenideano com o Deus da Bíblia.

Minha impressão, então, é que, no bojo das tensões teológicas e doutrinárias, existe uma confusão antiga e constitutiva em relação ao conceito de logos que, na filosofia de Platão e Aristóteles, se identifica com a racionalidade, a lógica. Outro, porém, é o significado de logos na Sagrada Escritura. Logos traduz, nos LXX e no Novo Testamento, o hebraico dabar que é a palavra como instrumento de comunicação.

A força teológica do logos aparece desde o início, no livro do Gênesis, onde a criação do mundo nasce da obediência à palavra divina. Logos, no Evangelho de João, é identificado com Deus que se faz humano em Jesus de Nazaré. Jesus é o Logos, a Palavra fonte de todas as palavras: palavra, que, como as palavras humanas, não é o reflexo da realidade, mas, ao contrário, é a força criadora de tudo o que existe e que sem palavras não existiria.

É como se a Igreja, nascida em Jerusalém e na Antioquia, que chegou rapidamente a Atenas e Roma, tenha renunciado, já nos primeiros séculos, à oposição radical à racionalidade grega (pregada por Paulo) e ao Império Romano (denunciado por João).

É a partir dessas duas traições – que se tornaram Tradição – que podemos entender algo da atual crise da Igreja Católica.

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