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O episcopado é um sacramento, não um título: notas com a devida parrésia. Artigo de Andrea Grillo

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11 Janeiro 2022

 

"Nomeações de Bispos funcionários não são mais compatíveis nem com a base que é vértice, nem com o vértice que é base. Não podem ser aceitos nem pelos destinatários, nem endossadas pelas autoridades superiores. Não se pode mais participar desse jogo seriamente. Caso contrário, toda a vocação sinodal, que também assume localmente as suas belas e significativas passagens, torna-se apenas exercício ocioso de falsa retórica, eco vazio de palavras estranhas, superestrutura lúcida mas apenas aparente, diversivo precioso para as multidões que nunca renunciam à sua esperança", escreve o teólogo italiano Andrea Grillo, professor do Pontifício Ateneu Santo Anselmo, em artigo publicado por Come Se Non, 10-01-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Segundo ele, "justamente em uma das maiores novidades do Concílio Vaticano II, a Igreja Católica não deveria se permitir ser contraditória consigo mesma, apenas por um prato de lentilhas. O episcopado é um sacramento, não uma panaceia para as doenças da cúria romana. Ai de nós se esquecermos isso",

 

Eis o artigo.

 

O termo "cúria" tem a ver com "Senhor", com "senhorio" e com "poder". O exercício do poder, que caracteriza toda cúria, e que não é um mal, tem causas, procedimentos e fins. Tudo isto diz respeito também à Cúria Romana e àquela "provisão episcopal" que constitui uma "máquina" de nomeações, substituições, alternâncias, avaliações, que existe para "servir à Igreja". Mas a cúria está a serviço da Igreja, não a Igreja a serviço da cúria.

O procedimento para a "nomeação" dos bispos é justamente muito articulado. Nunca é um gesto unilateral, sem mediações. Precisamente porque os Bispos não são "funcionários do papa", o processo de nomeação deve ser um "processo eclesial" que não pode responder principalmente a lógicas "espúrias". Tornar-se Bispo não pode ser a "acomodação de um sujeito eclesial", não pode ser a "coroação de uma carreira", mas também não pode ser a "solução periférica de um problema central". Se existem problemas com um Oficial da cúria romana, e seus superiores pensam que podem resolver o problema passando a batata quente para uma diocese, esta nunca é uma solução, mas sim o começo de um problema maior.

Também na Cúria, como em toda realidade humana complexa, existem "pecados estruturais". Não se trata apenas de responsabilidades individuais, mas de aquiescência generalizada a uma tendência autorreferencial, que tudo pode tratar (a aprovação de um texto litúrgico, a nomeação de um bispo, a resposta a uma dúvida ou a inércia na aplicação de uma tarefa) como uma questão "privada". A burocracia, como degeneração, nada mais é do que a substituição com a qual o 'escritório' coloca a si mesmo e seus interesses no lugar da função para a qual existe.

As palavras claras que ouvimos e repetimos nos últimos anos sobre a Igreja em saída e sobre a superação da autorreferencialidade não dizem respeito apenas a "questões de princípio" ou "casos limites". Talvez justamente esta tenha sido uma falta dessas afirmações corretas, que permanecem sacrossantas, mas que podem pecar por excesso de abstração. Quando se fala de "superação da autorreferencialidade" como um slogan de prioridade, e com razão se reconduz à autor-referencialidade também a forma inadequada de tratar os casos de abuso contra menores, mas ao mesmo tempo se permite que a "máquina curial" dê satisfação às carreiras episcopais segundo lógicas distorcidas, contribui-se seriamente para a degradação comum, tanto eclesial como civil.

Aqui, devemos dizer, oferece-se propriamente um mau exemplo e alimentam-se os preconceitos mais injustos, mas que nesses casos encontram as suas razões: aplicando o terrível princípio "promoveatur ut amoveatur" chegamos a gerir o que é um sacramento como se fosse algo funcional, que reside na disponibilidade da cúria. A Igreja assim cruza o limite de sua própria autoridade e, portanto, perde autoridade.

De fato, com que autoridade a Igreja poderia falar sobre o mau hábito de uma política autorreferencial, sobre a inadequação dos cargos, sobre a distorção do consenso, se na nomeação dos Bispos não se visasse o "bem da Diocese de destino" mas apenas resolver o equilíbrio de poder internos da Cúria Romana? Com que autoridade se pode trabalhar sobre a "sinodalidade da escuta", repetindo, portanto, com límpida insistência "escutar, escutar, sempre", se não se escuta a voz da Igreja que recebe a nomeação, e das Igrejas da região episcopal, mas apenas se atende a lógica cega com que o aparato curial organiza seus pequenos e/ou grandes peões? Quem poderá levar a sério a “paternidade episcopal” em uma gestão tão opaca das nomeações pastorais e de sua correlação com as ovelhas?

Um caro amigo teólogo, agora já muito idoso, de cuja autoridade ninguém jamais duvidou, contava um episódio de sua juventude, típico dessa tendência degenerada. Um novo bispo de sua diocese siciliana, assim que chegou à sede, convocou os presbíteros e começou seu discurso dizendo: "Estou de passagem por esta diocese ...". Ao que o jovem teólogo, que como presbítero estava sentado na primeira fila, levantou-se dizendo: "Então este não é o meu bispo" ... e saiu da reunião impetuosamente!

É preciso parrésia, também na Igreja. Esta é a palavra que ouvimos tantas vezes, com verdadeira satisfação, sobretudo nos últimos anos. E a ouvimos justamente daquele vértice da pirâmide que sabe que está na base, não no topo. Justamente em virtude dessa parrésia, deve-se dizer que nomeações de Bispos funcionários não são mais compatíveis nem com a base que é vértice, nem com o vértice que é base. Não podem ser aceitos nem pelos destinatários, nem endossadas pelas autoridades superiores. Não se pode mais participar desse jogo seriamente. Caso contrário, toda a vocação sinodal, que também assume localmente as suas belas e significativas passagens, torna-se apenas exercício ocioso de falsa retórica, eco vazio de palavras estranhas, superestrutura lúcida mas apenas aparente, diversivo precioso para as multidões que nunca renunciam à sua esperança.

A Igreja vinculou-se no Concílio Vaticano II a uma teologia do episcopado que, depois de muitos séculos, o entende novamente como sacramento. À potestas iurisdictionis poderia bastar um bispo-conde ou um funcionário diligente ou uma acomodação improvisada. Para a compreensão pós-conciliar, eclesial e sacramental, isso não basta mais. É preciso um pastor que esteja ao mesmo tempo à frente, atrás e no meio do povo e que compartilhe e presida suas qualidades sacerdotais, proféticas e régias. Talvez alguns oficiais romanos ainda possam ignorá-lo, mas a mudança de paradigma já existe há 60 anos e os vincula diante de todos.

Deste munus a Cúria Romana não apenas dispõe, mas responde a ele. E justamente em uma das maiores novidades do Concílio Vaticano II, a Igreja Católica não deveria se permitir ser contraditória consigo mesma, apenas por um prato de lentilhas. O episcopado é um sacramento, não uma panaceia para as doenças da cúria romana. Ai de nós se esquecermos isso. O Espírito Santo continua sempre livre, mesmo quando fazemos de tudo para coloca-lhe um bastão entre as rodas. Mas se a esperança não está pedida, o testemunho certamente fica comprometido.

 

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