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“A pandemia de Covid é um romance policial do qual ainda não encontramos o culpado”. Entrevista com Jeanne Brugère-Picoux

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18 Junho 2021

 

Jeanne Brugère-Picoux, professora honorária da Escola Nacional de Veterinária de Maisons-Alfort (Val-de-Marne), é membro da Academia Nacional de Medicina e da Academia Veterinária da França.

A entrevista é de Pascale Tournier, publicada por La Vie, 15-06-2021. A tradução é de André Langer.

 

Eis a entrevista.

 

Ao focar o debate no vírus, talvez escapado do laboratório chinês em Wuhan, não estamos politizando demais o assunto?

Sim. Lembre-se, Donald Trump falou em vírus chinês. Os chineses afirmam que o vírus vem de produtos congelados importados da Europa. É possível que o vírus tenha escapado do laboratório de Wuhan, mas é difícil de verificar.

A origem animal do vírus segue sendo a hipótese mais provável. No entanto, a espécie e as circunstâncias da primeira contaminação humana não são conhecidas. O reservatório animal ainda não foi identificado, embora o morcego seja a principal espécie incriminada.

Quando Shi Zhengli, a célebre pesquisadora do Instituto de Virologia de Wuhan, foi coletar amostras na caverna de Yunnan, onde seis menores morreram em 2012 de pneumonia grave que lembra a Covid-19, ela não encontrou vestígios do vírus.

Na verdade, o Sars-CoV-2 foi isolado apenas em humanos e as contaminações em animais são de origem humana. Não sabemos se este é um vírus que foi diretamente modificado para se adaptar aos humanos. Este é um verdadeiro romance policial do qual ainda não encontramos o culpado.

 

Entre os fatores que favoreceram o início da pandemia, a senhora aponta o desenvolvimento da criação de animais exóticos na China. Isso mostra o peso deste país em nossa economia globalizada.

Para que a população rural não deixasse sua região, o governo chinês subsidiou, há mais de 20 anos, a criação de animais exóticos (civetas, ratos de bambu, cães-guaxinim) ou a criação de animais para a produção de peles (martas) em regiões pobres, mas ricas em florestas naturais como Shandong, Yunnan, Guizhou...

Essas províncias são conhecidas por abrigar o morcego-ferradura, espécie suspeita de ser o progenitor do Sars-CoV-2. A operação foi um sucesso. Em 2016, essas fazendas de animais silvestres empregavam 14 milhões de pessoas e, em 2017, esses animais exóticos eram vendidos vivos em 52% dos mercados e 40% dos restaurantes chineses.

Em fevereiro de 2020, as autoridades proibiram terminantemente essa atividade, planejando indenizar os milhões de agricultores afetados. Eles já deveriam saber o que estava acontecendo e estar preocupados com uma possível origem animal (como um reservatório ou hospedeiro intermediário) do Sars-CoV-2, a exemplo do Sars que assolou em 2003.

 

A senhora também fala sobre o peso do surto da peste suína africana.

A peste suína africana não é uma doença transmissível ao homem. Mas ela foi um verdadeiro desastre para a China, maior produtor mundial de carne suína.

Diante da escassez ou dos preços excessivamente altos das carnes importadas, os consumidores se voltaram para outras carnes produzidas localmente, principalmente em fazendas que criam animais silvestres. A caça e, às vezes, o comércio fraudulento de espécies selvagens também se intensificaram.

 

Em relação aos hospedeiros intermediários, a mídia tem se voltado muito para o pangolim. Também devemos incluir o cão-guaxinim e a marta.

O cão-guaxinim é um canídeo que se assemelha a um guaxinim. Retornado ao estado natura, pode ser muito fértil, daí sua classificação como espécie de praga na França. Ele é muito sensível ao vírus e pode transmiti-lo aos humanos.

O mesmo vale para a marta. Quarto maior produtor de pele de marta do mundo, os Países Baixos tiveram que abater quase um milhão de martas entre julho e novembro de 2020, após a rápida contaminação de origem humana de várias fazendas e principalmente a possibilidade de contaminação no retorno da marta para o homem. A França também exterminou milhares de martas contaminadas.

 

Entre as causas que teriam facilitado a disseminação do vírus, também está o desmatamento.

Na minha opinião, existem três espécies de animais que podem transmitir doenças ao homem: os morcegos, os mosquitos e os carrapatos, por serem animais que concentram muitos agentes patógenos.

O morcego pode de fato ser o portador de vários vírus temíveis sem ser afetado. Devemos evitar coabitar com essas espécies animais e não perturbar seus ecossistemas.

O surgimento, em 1998, do vírus Nipah na Malásia é exemplar. Devido ao desmatamento, os morcegos frugívoros que abrigam esse vírus temível, na época desconhecido, se mudaram para mais perto das fazendas de suínos. Os suínos infectados, por sua vez, infectaram os humanos (o vírus tem uma taxa de mortalidade de mais de 50%).

Percebemos, depois de matar todos os suínos, que os morcegos eram mais uma vez um depósito de vírus. Devido às operações de desmatamento na região, eles se refugiaram em árvores plantadas perto das fazendas e, assim, contaminaram os suínos.

 

Para evitar outras pandemias, não devemos repensar nossa relação com os seres vivos?

Isso é correto porque a grande maioria das doenças emergentes são zoonoses, isto é, doenças que podem ser transmitidas de animais para humanos e vice-versa.

Devemos proteger os ecossistemas e respeitar a biodiversidade animal para limitar a contaminação por novos vírus emergentes de animais selvagens. Caso contrário, surgirão novas doenças.

 

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