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Entre a mesquita e as ruas. Artigo de José Geraldo Couto

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24 Janeiro 2025

"O diretor Rasoulof articula com precisão essas várias instâncias, manipulando elipses temporais e espaciais de modo a manter sempre acesa a dúvida sobre o que de fato aconteceu e, sobretudo, sobre o que acontecerá em seguida. Num ambiente de temor constante, nunca se sabe ao certo o que cada personagem está escondendo dos outros", escreve José Geraldo Couto, em artigo publicado por Blog do Cinema do IMS e reproduzido por Outras Palavras, 23-01-2025. 

Eis o artigo. 

Um belíssimo filme iraniano chega aos cinemas. Aborda um juiz dividido entre a fé, os escrúpulos e ambições profissionais. E um conflito de gerações: em meio a protestos e repressão, o ímpeto rebelde das filhas coloca a família em xeque e escancara um país cindido

Está nos cinemas um dos grandes filmes da temporada, talvez da década: o iraniano A semente do fruto sagrado, de Mohammad Rasoulof, que curiosamente concorre a uma vaga no Oscar pela Alemanha, um dos países coprodutores (o outro é a França).

As duas primeiras sequências, breves e praticamente sem palavras, anunciam, em potência, o drama tenso que se desenrolará nas quase três horas seguintes. Na primeira cena, um homem vai a uma cidade abandonada no deserto e reza sozinho numa mesquita. Na segunda, o mesmo homem assina um documento e recebe uma pistola e munição.

Política, religião, moral

Logo saberemos que esse homem é o quarentão Iman (Missagh Zareh), que acaba de ser promovido a juiz de instrução em Teerã, por isso foi a sua cidade natal agradecer a Alá. Em torno dessa arma – e da fervorosa fé islâmica de Iman – constrói-se uma narrativa cerrada, eletrizante, atravessada por questões políticas, religiosas e morais.

A argúcia maior do diretor e roteirista Mohammad Rasoulof reside em concentrar todas essas questões no interior de uma família de classe média – Iman, sua esposa Najmeh (Soheila Golestani) e as filhas adolescentes do casal, Rezvan (Mahsa Rostami) e Sana (Setareh Maleki).

Vários acontecimentos se entrecruzam nessa crônica familiar, uma vez que a promoção de Iman coincide com o crescimento dos conflitos entre manifestantes pró-liberdade (sobretudo mulheres) e a repressão brutal da polícia de costumes do regime teocrático iraniano. O que acontece do lado de fora do apartamento da família chega aos personagens (e a nós) por duas vias opostas: os telejornais totalmente controlados pelo governo e as imagens captadas no calor da hora por manifestantes e testemunhas, às quais as filhas têm acesso pelo celular.

Rebeldia e repressão

A curiosidade e o ímpeto rebelde das meninas, vigiadas pela mãe e reprimidas pelo pai, crescem em intensidade enquanto se aprofunda a crise moral de Iman, dividido entre a fé, os escrúpulos pessoais e o desejo de ascensão profissional. Conflito de gerações, mas também entre fanatismo religioso e cultura secular, entre isolamento sectário e abertura para o mundo.

O diretor Rasoulof articula com precisão essas várias instâncias, manipulando elipses temporais e espaciais de modo a manter sempre acesa a dúvida sobre o que de fato aconteceu e, sobretudo, sobre o que acontecerá em seguida. Num ambiente de temor constante, nunca se sabe ao certo o que cada personagem está escondendo dos outros.

Segredo e terror

Reproduz-se assim, no âmbito doméstico – e na relação do filme com os espectadores –, o clima de insegurança e terror suscitado por um regime teocrático em que não só os trajes, os discursos e costumes são vigiados, mas os próprios pensamentos.

O diretor Mohammad Rasoulof sabe do que está falando. Em 2022 ele foi detido por criticar a repressão policial a protestos. Dois anos depois, foi condenado a oito anos de prisão e teve todos os seus bens confiscados. Mas àquela altura já havia rodado clandestinamente seu filme e fugido do país para destino desconhecido. Em maio de 2024 ele apareceu no festival de Cannes, onde ganhou o prêmio especial do júri, o prêmio da crítica e o prêmio do júri ecumênico.

Um interesse adicional do filme, neste momento em que fica claro o papel político pernicioso das big techs, é o de mostrar o poder libertador que a internet pode exercer em contextos totalitários. A tecnologia, em suma, é uma arma poderosa, para o bem ou para o mal.

Luiz Melodia

Entra em cartaz nesta quinta-feira (16 de janeiro) um documentário excepcional sobre um de nossos grandes artistas populares, Luiz Melodia: No coração do Brasil, dirigido por Alessandra Dorgan.

Abrindo mão de muletas como a locução explicativa e os tradicionais depoimentos de “especialistas”, o filme é pura música e informação, em que o próprio cantor e compositor fala de si e de sua arte em conversas e entrevistas registradas em momentos diversos da carreira. No mais, são performances ao vivo, bastidores de gravações, perambulações de Melodia por seu bairro, etc., numa colagem vibrante e envolvente. A riqueza de registros é inesgotável.

Particularmente significativos são os duetos do compositor com artistas tão díspares como Elza Soares, Gal Costa, Zezé Motta e Itamar Assumpção. Esses luminosos encontros têm o efeito de mostrar Luiz Melodia como uma espécie de catalisador e revitalizador do que de melhor a nossa música popular produziu ao longo das décadas, driblando lindamente as patrulhas que queriam condenar aquele garoto negro nascido e criado do morro de São Carlos a ser apenas sambista. Questionado, a certa altura ele responde altivamente, citando o clássico de Zé Keti: “Ora, eu sou o samba. A voz do morro sou eu mesmo, sim senhor!” E quem há de contestar?

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