• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Nunca morrer? Os perigos do transumanismo no século 21. Artigo de Joseph Vukov

Mais Lidos

  • O protagonismo geopolítico do pontificado de Francisco é uma das razões que explicam a comoção em torno da eleição de Leão XIV, diz o sociólogo. Francisco, pontua, devolveu “um protagonismo em escala global para a Igreja”

    Pontificado de Francisco foi um verdadeiro ‘kairós’. Entrevista especial com Jorge Alexandre Alves

    LER MAIS
  • Filosofia da inteligência artificial

    LER MAIS
  • Cenários de igreja no novo papado e legado de Francisco. Artigo de Geraldo De Mori

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 6º Domingo da Páscoa – Ano C – O Espírito Santo vos recordará tudo o que eu vos tenho dito

close

FECHAR

Revista ihu on-line

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

07 Dezembro 2024

"O valor humano não vem da longevidade ou da capacidade física ou da capacidade cognitiva ou até mesmo da chamada qualidade de vida. As vidas humanas têm valor porque são vidas humanas. Ponto final. Pode ser difícil reconhecer essa ideia em sua radicalidade até que sejamos confrontados com manifestações culturais que caminham na direção oposta", escreve Joseph Vukov, professor associado de Filosofia na Loyola University Chicago, onde também é membro do corpo docente afiliado em psicologia e estudos católicos, ele é autor de Navigating Faith and Science (2022) e The Perils of Perfection: On the Limits and Possibilities of Human Enhancement, em artigo publicado por America, 04-12-2024.

Eis o artigo.

Na internet, o youtuber e influenciador de mídias sociais Bryan Johnson proclama uma mensagem de extensão radical da vida. Johnson, que fez milhões no Vale do Silício, frequentemente usa uma camiseta com letras grandes que diz “Don’t Die” (não morra). Seu objetivo: retardar o processo de envelhecimento. Ou revertê-lo completamente.

A fortuna de Johnson, suas contas nas redes sociais e sua rígida rotina diária estão todas focadas nesse objetivo. Sua vida cotidiana inclui jejum intermitente, um ambiente de sono totalmente escuro, uma dieta com mais de 100 suplementos por dia e dolorosas injeções faciais. Você iremos vê-lo bebendo uma cerveja ou levando rosquinhas para uma reunião cedo pela manhã. Ou fumando um charuto para celebrar suas conquistas. Ou até mesmo ficando acordado até tarde regularmente. Mais controverso ainda, Johnson recebe transfusões de "sangue fresco" de seu filho adolescente. Preparem-se para as metáforas sobre vampirismo e as gerações mais velhas se alimentando das mais jovens.

No geral, no entanto, as coisas parecem estar funcionando para Johnson: ele parece mais jovem do que seus 46 anos. Certamente parece melhor do que eu: um pai de 40 anos, privado de sono, com filhos pequenos, que luta contra a rosácea e uma dor nas costas. Johnson, além disso, não é um youtuber de nicho: ele tem mais de um milhão de seguidores. Comentários em seu canal regularmente o descrevem como uma “motivação para todos nós”, e ele já foi destaque nas revistas Fortune, MSN, Los Angeles Times, Business Insider e Time.

Enquanto isso, no meu estado natal, Illinois, legisladores introduziram o End-of-Life Options Act. O projeto de lei incluiria Illinois entre os 10 outros estados (mais Washington, D.C.) onde os pacientes podem solicitar que um médico os ajude a pôr fim à própria vida. Outros estados — incluindo meu antigo estado de Minnesota — recentemente têm se deparado com projetos de lei semelhantes. O Papa Francisco tem se oposto coerentemente a tais legislações, com base no argumento de que “devemos acompanhar as pessoas até a morte, mas não provocá-la ou facilitar qualquer forma de suicídio”.

Por quê? Simplificando: porque nossas vidas são dadas por Deus, e não nos pertencem para tomá-las ou deixá-las. Chamar esses atos de “morte com dignidade” subverte o que a tradição moral católica entende por dignidade — ser criado à imagem de Deus — e a reduz à noção iluminista de autodeterminação.

Esses dois fenômenos — s legislação chamada de “morte com dignidade” de um lado, e um influenciador da internet marchando sob a bandeira de “Don’t Die” do outro — podem parecer lados muito diferentes da vida do século 21. Mas são, acredito, duas faces da mesma moeda. Eles estão unidos, de forma bem óbvia, pelo medo e pela obsessão compartilhados pela morte. Johnson e seus seguidores de “hack de vida” tentam fugir da morte, enquanto a legislação de morte com dignidade tenta dominar a morte e colocá-la sob o controle humano. Em ambas as circunstâncias, os humanos usurpam um papel destinado a Deus.

Que tipo de vida é valiosa?

Johnson e a legislação de morte com dignidade, no entanto, compartilham uma unidade mais profunda do que o medo da morte. Ambos também estão unificados ao manifestar um conjunto comum de valores culturais que são contrários à moral católica, mas que são amplamente disseminados na cultura contemporânea. Esses valores estão sob a bandeira do transumanismo.

O transumanismo “promove uma abordagem interdisciplinar para entender e avaliar as oportunidades para melhorar a condição humana e o organismo humano abertas pelo avanço da tecnologia,” segundo Nick Bostrom, profeta e defensor do transumanismo. “As opções de aprimoramento discutidas incluem a extensão radical da saúde humana, a erradicação de doenças, a eliminação do sofrimento desnecessário e o aumento das capacidades intelectuais, físicas e emocionais humanas”.

Deveria ser óbvio por que os protocolos “Don’t Die” de Johnson exemplificam o transumanismo. Os escritos transumanistas de Bostrom são, de certa forma, o manifesto de Johnson. O jejum intermitente; as transfusões de sangue; o compromisso implacável com uma boa noite de sono: todos visam a “extensão radical da saúde humana”.

A legislação de morte com dignidade é o lado obscuro dos protocolos de Johnson, mas é igualmente cultivada nos valores transumanistas. O transumanismo, afinal, estabelece um certo tipo de vida como valiosa: uma vida longa, capaz, bem descansada, fisicamente forte e esteticamente agradável.

Mas o que acontece quando as coisas não funcionam? O que acontece quando nossas vidas estão ameaçadas de serem interrompidas por doença ou acidente? Quando nossa boa aparência é arruinada? Quando nossa habilidade física é minada? Quando nossas vidas diárias ficam aquém da otimização, e são, ao invés disso, preenchidas por sofrimento? Quando falhamos (inevitavelmente) nos objetivos que o transumanismo estabelece para nós, e que Johnson busca alcançar? Ora, podemos muito bem jogar a toalha. A legislação de morte com dignidade surge quando os valores transumanistas encontram as realidades da existência humana.

Qualquer moralidade focada na dignidade humana básica, é claro, se opõe profundamente a essa perspectiva. Sim, uma concepção robusta de dignidade humana vai contra a legislação de morte com dignidade, mas também contradiz os pressupostos mais básicos do transumanismo dos quais essa legislação cresce — os pressupostos errôneos sobre o que torna uma vida humana valiosa.

A declaração vaticana de 2024, “Dignitas Infinita,” resume bem essa perspectiva alternativa: “Uma dignidade infinita, inalienavelmente fundada no seu próprio ser, é inerente a cada pessoa humana, para além de toda circunstância e em qualquer estado ou situação se encontre”. Contra o transumanismo, o valor humano não vem da longevidade, da capacidade física ou da capacidade cognitiva, e nem mesmo da chamada qualidade de vida. As vidas humanas têm valor porque são vidas humanas. Ponto final. Pode ser difícil reconhecer essa ideia em sua radicalidade até que sejamos confrontados com manifestações culturais que caminham na direção oposta.

A influência do transumanismo

Seria, no entanto, um erro simplesmente apontar dedos acusatórios para os Bryan Johnsons do mundo, ou para as motivações equivocadas por trás da legislação de morte com dignidade. Devemos nos opor a ambos? Absolutamente. No entanto, é crucial reconhecer que esses movimentos não surgem do nada. Eles são, na verdade, destilações de valores culturais mais amplos, valores pelos quais você e eu somos parcialmente responsáveis por cultivar.

Dito de outra forma: o transumanismo não é apenas uma teoria acadêmica antiquada. Nem sua influência é sentida apenas entre aqueles que defendem a morte com dignidade e os mais recentes hacks de vida do Vale do Silício. O transumanismo encontra seu poder nos hábitos diários, valores e pressupostos da vida do século 21, incluindo a sua e a minha.

Usar um filtro do Instagram para otimizar suas selfies? Sofrer com uma desintoxicação de sucos toda primavera? Colocar um FitBit todas as manhãs para contar seus passos? Ficar fascinado pelos sonhos de Elon Musk de habitar Marte, ou pela pressão de Mark Zuckerberg pelo Metaverso? Nenhum desses pontos culturais conta como um transumanismo completo. No entanto, todos brotam e cultivam ideias transumanistas sobre o que torna uma vida humana valiosa e quais objetivos devemos priorizar.

É claro que não há nada de errado com muitas dessas práticas, ou com os objetivos pelos quais buscamos alcançá-las. Não há nada de errado — e até algo genuinamente bom — em buscar uma dieta equilibrada. Ou reduzir o consumo de cerveja. Ou contar os passos.

E sabe de uma coisa? Provavelmente me faria bem adotar algumas das dicas de Bryan Johnson. Eu deixo de lado as transfusões de sangue, mas poderia aprender muito com ele sobre uma boa noite de sono. Cristo veio para que tivéssemos a vida ao máximo, e é em parte nossa responsabilidade buscar a vida plena que Deus prometeu.

No entanto, devemos tomar cuidado para separar a bondade desses objetivos da suposição de que alcançá-los é o que confere valor às nossas vidas. Pois, assim que adotamos essa suposição, também assumimos seu nefasto inverso: a ideia de que uma vida sem eles não é valiosa, e que podemos solicitar que tal vida seja terminada assim que ela falhar. A legislação de morte com dignidade é uma das manifestações máximas da “cultura do descartável” que o Papa Francisco nos instou a resistir. Uma cultura na qual a qualidade de vida é reduzida à contribuição social, e os mais vulneráveis entre nós podem ser descartados.

Vida com dignidade

No entanto, ao resistirmos à legislação de morte com dignidade, devemos vê-la em seu contexto cultural mais amplo. Primeiro, devemos perceber que ela é o inverso sombrio dos hacks de vida, da busca por longevidade e das tentativas socialmente aceitáveis de aumentar a duração da vida humana — ou mesmo da pressão cultural para “otimizar a vida” e “viver ao máximo”. Podemos traçar uma linha conectando as tentativas fúteis de Bryan Johnson de evitar a morte à crescente aceitação da eutanásia legalizada.

Talvez mais importante ainda, no entanto, devemos perceber como nossas próprias práticas e pressupostos preparam o terreno para que esses valores floresçam. Nossas próprias vidas — e nossos pressupostos orientadores sobre o que torna a vida valiosa — muitas vezes reforçam a ideia de que as vidas humanas não são valiosas por si mesmas, mas apenas na medida em que nutrem algum conjunto de ideais utilitaristas. Muitas vezes, nossas práticas mantêm versões de nossas vidas sem dor, bem dormidas e socialmente adaptadas como intrinsecamente melhores do que as vidas desordenadas que realmente vivemos. Estruturamos nossos dias e pensamentos em torno dos próprios valores e buscas que estão por trás das práticas que somos chamados a combater.

Novamente, não me entenda mal: os hackers de vida e os buscadores de longevidade do Vale do Silício frequentemente defendem objetivos que são dignos de nossa busca. Mas devemos entender esses objetivos como contribuições para uma vida que já é intrinsecamente valiosa, e não como algo que confere valor à nossa vida para começar. Qualquer defesa da dignidade humana começa com nossas próprias práticas. Qualquer conversão da cultura mais ampla começa com uma conversão dos nossos próprios corações.

Leia mais

  • Transumanismo: “a velha abordagem materialista temperada com tecnologia avançada”
  • Vale do Silício: o trabalho como religião, o lucro como mística
  • O papa Francisco diante do aborto e da eutanásia: algumas pontuações críticas
  • Entre a vida e a morte: A eutanásia como escolha e dignidade no cinema de Almodóvar. Comentário de Angelo Atalla
  • Europa e novos direitos: eutanásia em debate
  • Eutanásia, Cardeal Zuppi: “Igreja contrária, mas eu celebraria o funeral de quem escolhe o suicídio assistido”
  • Os dilemas de uma lei sobre a eutanásia. Artigo de Giannino Piana
  • A insustentável solidão da eutanásia. Artigo de Lucetta Scaraffia
  • A eutanásia: Para a construção da dignidade do morrer humano
  • “A eutanásia serve para ajudar o ser humano. Não para dispor do humano”. Artigo de José I. González Faus
  • Eutanásia e obstinação terapêutica. Artigo de Giannino Piana
  • Eutanásia e suicídio assistido não são a mesma coisa
  • Pode haver uma justificação cristã da eutanásia? Artigo de Giannino Piana
  • A eutanásia, problema humano. Artigo de Andrés Torres Queiruga
  • Hans Küng e a eutanásia: teólogo suíço pode escolher o suicídio assistido
  • A eutanásia de crianças
  • Eutanásia: uma reflexão protestante
  • Eutanásia, sim ou não? Aberto o debate nas igrejas evangélicas
  • A morte removida e a despedida impossível. Outro sentido de “eutanásia” como tarefa comum. Artigo de Andrea Grillo
  • Belga especialista em ética diz que eutanásia foi 'sacralizada'

Notícias relacionadas

  • Antes da eutanásia, jovem faz festa de dois dias com música, filme e pizza

    Um violoncelo, uma harmônica, o filme favorito, pizzas e coquetéis. Betsy Davis morreu com uma injeção letal de medicamentos d[...]

    LER MAIS
  • Eutanásia de um menor: a condenação dos bispos belgas

    Pela primeira vez na Bélgica, foi possibilitada a aplicação da lei que permite que um menor de idade, portador de uma doença t[...]

    LER MAIS
  • "É melhor uma morte digna." Entrevista com Albert Espinosa

    "Só quem viu de perto essas pessoas que lutam, esses heróis com a pulseira vermelha [que identifica pacientes em situação de e[...]

    LER MAIS
  • Bélgica e Holanda, países mais religiosos da Europa, estão na vanguarda na batalha pela "doce morte"

    Duas coisas, no costume, parecem unir a Bélgica e a Holanda: o fato de terem sido, até 40-50 anos atrás, dois dos países da Eu[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados