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A complexidade da violência machista e o caso de Íñigo Errejón. Artigo de Isabel Mastrodoménico

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30 Outubro 2024

"O feminismo sustenta que o machismo é estrutural e não depende de ideologias ou discursos, mas que atravessa todo o sistema, e este tipo de situação o confirma."

A opinião é de Isabel Mastrodoménico, feminista, diretora da agência Comunicación y Género, em artigo publicado por El Diario, 28-10-2024.

Eis o artigo.

O caso de Íñigo Errejón foi motivo de intenso debate público, não apenas pela naturalidade das acusações de violência machista em seu contra, mas também pelo dilema que planta quando essas acusações afetam uma figura que se autodenomina abandonada de uma série de valores progressistas aos que não sabiam responder. Esta situação saca à luz um paradoxo: como você deve abordar o tema da violência do gênero quando a figura sinalizada é alguém que, em teoria, desafia as reivindicações do feminismo? Não há uma resposta simples a isso, mas sim uma série de reflexões sobre a coerência entre o discurso e a ação, especialmente naquelas pessoas que têm o papel da representação política, na medida em que a sociedade se torna mais crítica frente aos abusos de poder, a necessidade de coerência entre o discurso público e as ações pessoais tornam-se cada vez mais evidentes.

Agora bem, as acusações de agressão sexual contra figuras públicas como Errejón no solo são graves por sua naturalidade, mas os relatos detalhados desses casos mostraram o caráter sórdido e violento dos atos denunciados, revelando abuso de poder em sua forma mais crua. Esses relatos expõem práticas de controle e manipulação emocional que vão além do ambiente privado fazendo uso de seus privilégios, mostrando até que ponto o machismo e a violência de gênero estão naturalizados em todas as esferas. Ao desvendar esses detalhes, não se demonstra apenas a realidade do machismo estrutural, mas também a fragilidade das barreiras que, em teoria, deviam proteger as vítimas da violência. A sociedade, que antes poderia ignorar ou minimizar esses comportamentos, enfrenta agora uma representação ineludível dos efeitos do abuso, o que exige um replantio urgente de como respondermos como comunidade à violência de gênero e ao papel que jugamos em tolerar ou confrontar.

Outro ponto crucial para esta análise é que esse tipo de caso tem repercussões que transcendem o âmbito pessoal e reforçam as denúncias que o feminismo vem fazendo há décadas: a violência machista não discrimina e está presente em todos os âmbitos, inclusive entre aqueles que se identificam como aliados. Para o ativismo feminista, longe de representar um golpe, o caso de figuras públicas como Errejón, acusadas de abuso, sublinha a magnitude do problema. O feminismo defende que o machismo é estrutural e não depende de ideologias ou discursos, mas permeia todo o sistema, e esse tipo de situação confirma isso.

Longe de enfraquecer o movimento, esses casos mostram que a violência de gênero e o abuso de poder fazem parte de uma mesma lógica de domínio e controle, que afeta tanto aqueles que sofrem quanto a substituir os discursos pela igualdade, quando estes não são respaldados por um compromisso autêntico. Assim, o movimento feminista reafirma que a luta contra o machismo exige coerência e ações reais, além das palavras, especialmente entre aqueles que ocupam posições de poder e têm responsabilidade pública em sua defesa.

No entanto, as acusações contra Errejón criam uma dissonância significativa na opinião pública e entre seus seguidores, por ser um político que havia proteção de um discurso a favor da igualdade e contra a violência de gênero na praça pública. Esse tipo de caso apresenta uma contradição profunda: como alguém que diz representar e promover a justiça social e os direitos humanos pode perpetrar condutas machistas e violentas?

A falta de coerência entre o discurso e a ação pessoal de figuras políticas pode ter efeitos devastadores na confiança do público, gerando uma percepção de hipocrisia e falta de compromisso real. Neste caso, a situação questiona não apenas a integridade de Errejón, mas também a de seu entorno, mostrando como o comportamento pessoal de um líder pode ter implicações profundas na revisão de sua mensagem e na percepção do respeito que ele tem por seus representantes.

Quanto à cobertura midiática desse caso, é possível observar que ela foi diversa: alguns meios optaram por cobrir as acusações de forma discreta, outros demonstraram maior interesse no impacto que isso pode ter no trabalho pela erradicação da violência de gênero na Espanha, enquanto alguns abordaram uma abordagem sensacionalista e um pouco ética, trazendo temas ou pessoas que não se enquadraram na lógica informativa do caso. Esse comportamento dos meios de comunicação também reflete como uma narrativa pode ser moldada de acordo com a ideologia ou política superficial de cada veículo, afetando a percepção pública e o posicionamento sobre esses temas.

Paralelamente, as redes sociais têm sido o espaço onde a cidadania expressa de maneira mais direta sua indignação, evidenciando que as plataformas digitais têm o poder de questionar o papel de figuras políticas em temas de violência de gênero e respostas e responsabilidades exigidas. Nesse caso, a voz pública nas redes foi essencial para dar continuidade ao caso e para lembrar que a violência de gênero não tem abordagens ideológicas, partidárias ou de status social.

Assim, este caso nos confronta com uma reflexão importante: além dos discursos e das afiliações políticas, a luta contra o machismo exige um compromisso autêntico de que vá além das palavras e se reflita em ações pessoais e coletivas. A sociedade atual, cada vez mais consciente e crítica, exige coerência entre os princípios defendidos e as condutas pessoais, especialmente aqueles que ocupam posições de poder e influência. As contradições entre o discurso político e as ações privadas de figuras públicas não apenas corroem a confiança na política, mas evidenciam que o machismo ainda está presente em todos os cantos do sistema.

Para os movimentos e partidos que se posicionam em defesa da igualdade e da justiça social, não basta evitar conflitos de imagem: é imprescindível demonstrar que seus representantes vivam os valores que proclamam. Essa coerência ética é essencial para avançar na erradicação do machismo e para construir uma política que não apenas fale de justiça e respeito, mas que os encarne. A luta contra a violência de gênero não admite abordagens ou ambiguidades; exige integridade e um compromisso inabalável, que, mais do que nunca, deve ser uma prioridade real e visível em todos os âmbitos.

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