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Onde está Deus em Israel? Artigo de Luigi Berzano

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04 Mai 2024

"Existe uma resposta [à pergunta "onde está Deus?"]. Mas vem do inefável, um inefável que nos remete à inefabilidade de Deus, da qual somos obrigados, contra nós mesmos, a tratar, crendo ou tentando crer ou brigar com Ele ou compadecendo-nos pela sua fragilidade", escreve o sociólogo italiano Luigi Berzano, em artigo publicado por Qol, n. 213, janeiro-fevereiro-março de 2024.

Eis o artigo.

A pergunta que abalou a consciência dos indivíduos e até mesmo das teologias depois de Auschwitz foi: onde está Deus? É a pergunta que transtornou especialmente o pensamento, o ensinamento e a escrita dos crentes.

Esta pergunta, onde está Deus (que acompanha: quem é Deus?), conclui o episódio da Noite de Elie Wiesel, o romance autobiográfico que narra as experiências do jovem judeu e da sua família deportados para os campos de Auschwitz e Buchenwald nos anos 1944-1945. É o livro citado por todos os pensadores cristãos que trataram do Holocausto. Wiesel conta que uma noite, ao voltar do trabalho, os prisioneiros encontraram três forcas nas quais três prisioneiros seriam enforcados, pois haviam sido descobertas armas no campo. Foram enforcados dois adultos envolvidos e uma criança que sabia e ficou em silêncio apesar das torturas. Os prisioneiros tiveram que assistir à execução. Os dois adultos morreram imediatamente, enquanto a criança era tão leve que, enforcada, agonizou por mais de meia hora.

“Atrás de mim – escreve Wiesel – ouvi uma voz: Onde está então Deus? E ouvi uma voz dentro de mim que respondia: Aqui está: está pendurado ali, naquela forca”.

A pergunta coloca em crise a imagem do “Deus de sempre”, o Deus da teodiceia e da teologia religiosa, o Deus da onipotência, da onisciência, presente em todos os lugares, mas ausente diante do sofrimento do povo judeu condenado ao extermínio. Está envolvido o crer e testemunhar um Deus “senhor da história”. O "depois de Auschwitz": não foi apenas uma indicação cronológica porque Israel é o povo da Bíblia, o povo da Aliança de Abraão, o povo da Torá. Envolve as promessas de Deus e sua credibilidade.

Essas enormes tragédias do século passado trouxeram à tona no pensamento espiritual e religioso perspectivas hermenêuticas mais fecundas e visões do divino inéditas, vertiginosas, paradoxais e amadas por Paolo De Benedetti (PdB) em seus últimos escritos. São conhecidos seus escritos sobre o Deus perplexo, que duvida, que criava mundos e os destruía e mesmo quando após múltiplas tentativas a criação foi realizada, os contemplou e proferiu duas palavras hebraicas: enquanto durar. Tudo isso seria impensável sem um Divino que acolhe em si a fragilidade até os limites extremos da não existência.

Inexistência, mas não indiferença. Portanto, Deus está disposto a negar a sua identidade desde que viva a criação. É o Deus frágil, perplexo de PdB.

Hoje, quase cem anos depois daquela enorme tragédia, o pesadelo da guerra e do extermínio volta à terra de Israel. E são postas, mais uma vez ao pensamento religioso da cultura ocidental, a pergunta e a dúvida sobre a onipotência, a onisciência, a onipresença de Deus, conceitos totalizantes e totalitários que esmagaram a relação entre o humano e o divino no beco sem saída da fé sem dúvidas e da submissão acrítica.

Como em 1945 a enorme tragédia de Hitler obrigou a falar de Deus, hoje os monstruosos massacres contra os judeus israelenses em 7 de outubro, e o que aconteceu depois, exigem novamente falar de Deus, pelo menos para aqueles que creem nele. Agora penso na reflexão que PdB fazia sobre a atuação de Deus nas últimas páginas de seu Qual Deus? Uma pergunta da história.

Costuma-se dizer que Deus não responde para salvar a liberdade do homem. A resposta de Deus teria sido, por exemplo, fazer Hitler morrer, salvar aquelas crianças e outras pessoas. A liberdade do homem vale a morte daquelas crianças? Ou, talvez, Deus não responde – “se assim se pode dizer” – porque ainda não está pronto. Uma tradição mística judaica pensa, de fato, que Deus é incompleto e que a sua perfeição deve ser aprimorada.

Agora o Senhor não é um, está dilacerado, impotente. Alguns teólogos judeus contemporâneos vão além afirmando ainda que Deus não deve apenas salvar a si mesmo, mas também justificar a si mesmo e sua própria obra. “O homem tem o direito de pedir contas a Deus pelos seus pecados, pelas suas falhas e infidelidades, e pode forçá-lo ao arrependimento e a atos de reparação de sua culpa, porque o próprio Deus precisa de expiação".

Pedir contas a Deus é como um fio vermelho ou preto que atravessa toda a tradição judaica: desde Jó ao Eclesiastes até os processos contra Deus na tradição e lenda hassídica. Até Deus ser realizado e chegar – se assim se pode dizer – àquela realização que consiste na reunificação e em salvar o mundo, não responderá.

Fica o “talvez”, pelo menos para as pessoas que acreditam na existência de Deus. E o “talvez” não significa: talvez Deus não exista, talvez Deus exista. Em vez disso, quer dizer: talvez eu tenha entendido por que fica calado, talvez não, talvez seja bom ficar calado, talvez não. Em suma, é um “talvez” meu e um “talvez” dele. O "talvez" também decorre da impossibilidade de compreender plenamente o que nos querem dizer as vítimas: provavelmente querem apenas estar vivas na nossa memória, a partir do momento que não ficaram vivas na vida.

No entanto, existe uma resposta. Mas vem do inefável, um inefável que nos remete à inefabilidade de Deus, da qual somos obrigados, contra nós mesmos, a tratar, crendo ou tentando crer ou brigar com Ele ou compadecendo-nos pela sua fragilidade.

Hans Jonas afirma que o nosso falar de Deus é um balbucio, e graças ao céu é um balbucio, porque sobre Deus foram ditas coisas demais em voz alta e com segurança de linguagem.

A outra vida, aquela que os rabinos chamam de “a vida do mundo que virá”, é mais necessária a Deus do que para nós. Na Bíblia há muitos grandes santos e patriarcas que não tinham expectativa nem ideia da vida do mundo que virá e adormeceram “em paz”. Mas aquela vida – depois de Auschwitz – é mais necessária a Deus do que para nós, porque será a única possibilidade para Ele finalmente responder às nossas perguntas e salvar-se junto conosco. Concluía PdB: “Parece-me um caminho pequeno, uma resposta pequena, provisória, não isenta de ‘talvez’. Porém, é o única que me permite, de alguma forma, conceder a Deus um espaço, um tempo para a Sua redenção.”

Leia mais

  • Onde está Deus? O enigma dos horrores humanos. Artigo de Giacomo Canobbio
  • “Onde estava Deus?” Por que Auschwitz é o símbolo do mal
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  • Nem onipotente nem impotente
  • O holocausto, divisor de águas entre cristãos e judeus. Artigo de Brunetto Salvarani
  • Jesus e o Judaísmo. Artigo de Henry Sobel
  • Para manter viva a memória do Holocausto, é preciso ter a força para dar um nome ao mal. Artigo de Vito Mancuso
  • A Igreja romana e o antissemitismo. Artigo de Luigi Sandri
  • Holocausto: onde está Deus? Artigo de Tonio Dell'Olio
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