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Se Deus existe como as coisas existem, então Deus não existe. Artigo de Leonardo Boff

Foto: Firdaus Exia | Getty Images/Canva

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12 Junho 2023

"Todos os grandes cientistas, a começar por Newton que introduziu o matematismo na natureza, passando por Einstein e outros, chegando ao genial inglês, buscavam uma fórmula que desse conta de toda a realidade", escreve Leonardo Boff, filósofo, teólogo autor de, entre outros livros, Experimentar Deus hoje: a transparência de todas as coisas (Vozes 2012) e Tempo de transcendência (Vozes, 2009).

Segundo ele, "a partir da física, vale a afirmação de que “Deus, de fato, não existe”. Só que a física não é a única janela de acesso ao real".

"Se Deus existe como as coisas existem, então Ele não existe - conclui o teólogo. Para além das coisas, Ele existe com uma natureza diversa das coisas, como Aquele que tirou tudo do nada e continuamente subjaz a tudo o que existe e poderá existir".

Eis o artigo.

“Deus não existe”, estimava o físico e astrônomo Stephen Hawking, que morreu em março de 2018. Retrucarei com um filósofo e teólogo medieval, dos mais perspicazes, a ponto de se chamado de “doutor sutil”, o franciscano escocês Duns Scotus (1266-1308): ”Se Deus existe como as coisas existem, então Deus não existe”.

Ambos, Hawking e Scotus, têm razão. O famoso físico e identificador dos “buracos negros” se move dentro da bolha da física, daquilo que pode ser medido, calculado e feito objeto de experimentação empírica. Buscar Deus dentro deste paradigma significa não poder encontrar Deus porque Deus não é uma coisa, com as características das coisas, por minúsculas que sejam (um topquark ou o bóson de Higgs) ou por as maiores que se apresentem como o conglomerado de galáxias de tamanho incalculável. O máximo que a razão poderia dizer é que Deus é o “Ser que faz ser todas as coisas”, não sendo uma coisa.

Então, a partir da física, vale a afirmação de que “Deus, de fato, não existe”. Só que a física não é a única janela de acesso ao real.

Há outras realidades que, por não serem físicas, não deixam de ser realidades. Assim uma minhoca jamais entenderá uma música de Villa-Lobos, nem o coronavírus saberá apreciar um quadro de Tarsila. São realidades de natureza diferente.

Duns Scotus tem também razão porque, ao nos referirmos a Deus, sustenta ele, estamos pensando numa Última Realidade que transcende todos os limites da física, do espaço e do tempo ou de qualquer outra forma de conhecimento. É o Inominável e o Inefável, aquele que não cabe em nenhuma linguagem, nem em nenhum dicionário. Deus não é um fato da realidade palpável que pode ser captada e dita. Por sua natureza, Ele está além dos fatos. Ele é Aquele face ao qual devemos, reverentemente, calar, expressando o Nobre Silêncio. 

Essa é a verdadeira posição do pensamento radical que se expressa pela filosofia e pela teologia, tão bem elaborada nos escritos de Duns Scotus enfatizando: Ele é o mistério que transcende qualquer realidade dada, mensurável ou captável pelo ser humano. Quem viu claro isso foi o filósofo vienense Ludwig Wittgenstein (1889-1951) em seu famoso Tractatus logico-philosophicus (1921) ao dizer: ”A ciência estuda como o mundo é; o místico se admira que o mundo é. Seguramente existe o inefável. Isso se mostra, é o místico... Sobre aquilo que não podemos falar, devemos calar” (aforismo 6 .522).

Aqui ressoa a frase famosa de Gottfried Leibniz (1646-1716): “por que existe o ser e não o nada?” A essa questão não cabe resposta: é o Mistério do ser, face ao nada. Face ao Mistério do ser, deve-se antes calar do que falar, porque tudo o que dissermos fica aquém do Mistério que é Inefável e Inexprimível e já supõe que estamos no ser.

Mas não estando no horizonte das coisas, Deus no entanto está no horizonte do sentido. Por isso assevera Wittgenstein: “Crer num Deus significa compreender a questão do sentido da vida. Crer num Deus significa perceber que ainda nem tudo está decidido com os fatos do mundo. Crer em Deus significa perceber que a vida tem um sentido” (idem, ibidem).

Mas voltemos a Hawking: todos os grandes cientistas a começar por Newton que introduziu o matematismo na natureza, passando por Einstein e outros, chegando ao genial inglês, buscavam uma fórmula que desse conta de toda a realidade. O intento era uma “Teoria do Tudo” (TOE em inglês: Theory of Everything) ou também chamada de “Teoria da Grande Unificação” (TGU).

Há dois livros clássicos que resumem os caminhos e descaminhos desta magna questão: John B. Barrow, Teorias de tudo: a busca da explicação final (Zahar, 1994) e o de Abdus Salam, Werner Heisenberg, Paul Dirac, intitulado A unificação das forças fundamentais: o grande desafio da física contemporânea (Zahar, 1994). Todos acabaram reconhecendo o fracasso desse intento. Na expressão de John Barrow: “Toda a vida cotidiana, o que move os seres humanos em sua busca de felicidade e em sua tragédia, não cabe da concepção física do 'Tudo'”.

O último a reassumir esta questão foi exatamente Stephen Hawking em seu famoso livro Uma breve história do tempo (Ediouro, 2005). Tentou de todas as formas. Ao final, reconheceu a impossibilidade afirmando: ”Se realmente descobrirmos uma teoria completa, seus princípios gerais deverão ser, no devido tempo, compreensíveis por todos, e não apenas por uns poucos cientistas. Então, todos nós, filósofos, cientistas e simples pessoas comuns, seremos capazes de participar da discussão do porquê nós e o Universo existimos. Se encontrássemos uma resposta para essa pergunta, seria o triunfo último da razão humana porque então conheceríamos a mente de Deus” (Uma breve história do tempo, p. 145).

Refere-se a Deus e a sua mente abscôndita. Esse Deus-Mistério se encontra na raiz de todas as existências, sustentando-as e fazendo-as continuamente subsistir, mas sempre se subtraindo à vista humana. Por isso, as Escrituras judeu-cristã afirmam: ”Deus mora numa luz inacessível que nenhum ser humano viu nem pode ver” (1Tim 6,16; Sal 104,2; Ex 33,20; Jo,1,18; 1Jo 4,12).

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