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Nem onipotente nem impotente

Foto: Pixabay

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27 Janeiro 2020

“A Criação progride mediante uma das suas criaturas, que desempenha um papel de natureza divina. Não é pouca coisa triplicar a expectativa de vida original, nem permitir a presença de oito bilhões de pessoas na Terra ou pôr os pés na Lua. São progressos extremos da Criação que não poderiam ter sido realizados sem a invenção humana.”

A opinião é Jacques Neirynck, professor emérito da Escola Politécnica Federal de Lausanne e membro do Partido Democrata Cristão da Suíça. O artigo foi publicado por Baptises.fr, 17-01-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Na teologia, assim como na filosofia, a onipotência foi, por muito tempo, um dos atributos de Deus. Muitos versículos do Primeiro e do Segundo Testamentos parecem indicar isso. A saída do Egito dos judeus depois das dez pragas, a travessia a pé enxuto do Mar Vermelho, a tomada de Jericó com as muralhas derrubadas pelo som das trombetas são três exemplos dessa concepção mágica de um Deus que se envolve nos assuntos humanos a ponto de se colocar do lado de um povo contra os outros.

A essa concepção tradicional se opõe a posição de Hans Jonas (1903-1993) em um texto célebre: “Depois de Auschwitz, podemos afirmar [...] que uma divindade onipotente ou não é totalmente boa ou é absolutamente incompreensível. Se Deus [...] deve ser inteligível, então é preciso que a sua bondade seja compatível com a existência do mal, e, portanto, ele não é onipotente”.

Isto é, a narrativa lendária da libertação do faraó não tem base histórica nem implicação religiosa, pois o destino último do povo hebreu foi a Shoá, caracterizada pela ausência de intervenção divina.

Muito antes de Hans Jonas, o filósofo francês Nicolas Malebranche (1638-1715) havia pensado em uma explicação para a existência do mal. Uma explicação que se situa nos antípodas da de Leibniz, para o qual a Criação era a mais perfeita possível. Era o conceito dominante na época. Sob a influência de Descartes, Malebranche concebe o Universo como regido por leis naturais, um conceito descoberto na época, que necessariamente gera imperfeições inevitáveis. A gravidade universal é necessária para que a Terra gire em torno do Sol, mas é fatal para a criança que cai do 10º andar. Não há milagre possível sem suspensão dessa lei.

O conceito de onipotência é uma reminiscência dos sistemas políticos. Na antiguidade, o monarca absoluto era onipotente, e ainda hoje o ditador o é. Emite leis, aplica-as e pune os dissidentes. O modelo desse tipo de governo influenciou o conceito de Deus.

Pelo contrário, a nossa concepção contemporânea de governo honesto se baseia na separação dos poderes e no seu exercício por parte de órgãos eleitos democraticamente. Em um país civilizado, não há exercício de onipotência. Ele não só não é mais necessário, mas também é considerado insano e condenável.

Na psicanálise, o termo onipotência acabou designando um delírio de onipotência, ou seja, a crença de um poder ilimitado, mágico. Aquele que era um atributo divino agora designa uma patologia.

Atualmente, na prática religiosa, na leitura dos textos, nas orações, a palavra “onipotente” é cada vez mais apagada. Também é necessário que tal conceito pare de oprimir as consciências, liberando a criatividade dos seres humanos. A Criação não é um ato único, confinado no passado, proveniente da onipotência divina, mas sim um processo lento, ao mesmo tempo hesitante e irresistível: a emergência da ordem a partir da desordem, o caos criativo.

Por exemplo, no Big Bang, a sopa primordial de partículas elementares não tinha um aspecto atraente. Mas, condensando-se em átomos, moléculas, estrelas e planetas, vida e humanidade, ela partiu do nada e chegou a tudo. Mas foi necessário esperar pacientemente 12 bilhões de anos.

O Criador, que não é onipotente, também não é impotente, pois a sua criação se desenrola diante dos nossos olhos. Nada explica isso melhor do que o fenômeno da evolução biológica, cuja descoberta escandalizou tanto por nada menos do que dois séculos. Ela combina a aleatoriedade das mutações com a necessidade da sobrevivência: ela não tem mais nada mágico, porque aplica leis intangíveis, mas cria perfeição, tentando todas as possibilidades e eliminando as imperfeições.

Essa concepção permite responder claramente a uma pergunta contínua: “Por que Deus permite isso?” – porque não é onipotente. Se nos esforçarmos para ler os Evangelhos, descobrimos aí que Jesus, no despojamento da manjedoura ou na infâmia da crucificação, dá a imagem de um Pai que não é onipotente.

Portanto, justifica-se o fato de que o ser humano corrija os defeitos, as anomalias da natureza, que cultive a terra para se alimentar, que construa represas contra as enchentes, que invente remédios contra as doenças. Indo sempre além, ele agora pode interferir no genoma dos seres vivos, incluindo o seu, para adaptá-lo à sua discrição.

Compreende-se melhor, então, como e por que a aversão aos transgênicos ou o estigma da procriação medicamente assistida provêm de uma divinização arcaica da natureza, dotada, como o Deus de antigamente, de uma onipotência e de uma bondade absolutas. O que o homem faz no laboratório modificando o DNA parece, erroneamente, um sacrilégio. Não é de se surpreender que tais recusas do progresso técnico são sobretudo apanágio de desvios sectários nas religiões ou de novos cultos, como pode ser uma certa ecologia.

A Criação progride mediante uma das suas criaturas, que, portanto, desempenha um papel de natureza divina. Não é pouca coisa triplicar a expectativa de vida original, nem permitir a presença de oito bilhões de pessoas na Terra ou pôr os pés na Lua. São progressos extremos da Criação que não poderiam ter sido realizados sem a invenção humana.

Evidentemente, tal invenção pode dar errado, porque, como fruto de um ser imperfeito, provoca imperfeições. Mas, em geral, para um ser humano, é melhor viver hoje do que há 10 mil anos, ou mesmo há apenas dois séculos.

A Criação progride debaixo dos nossos olhos, apesar e por causa das suas imperfeições das quais nós somos a última expressão. O poder de Deus se manifesta aí na discrição e no mistério.

 

Leia mais

  • Hans Jonas. 40 anos de O princípio responsabilidade. Revista IHU On-Line, Nº. 540
  • Banalidade do Mal. Revista IHU On-Line, Nº. 438
  • Polônia, terra esvaziada dos ''seus'' judeus, símbolo do extermínio. Artigo de Elena Loewenthal
  • “Onde estava Deus?” Por que Auschwitz é o símbolo do mal
  • A onipotência e a debilidade de Deus na teologia de Bonhoeffer. Entrevista especial com Harald Malschitzky
  • Deus e o mundo: a doutrina trinitária da criação. Artigo de Jürgen Moltmann

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