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Adriano Sofri, jornalista italiano, escreve ao Papa em carta publicada no seu Facebook

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14 Setembro 2023

"Mesmo aqueles que se entrincheiram solidamente atrás das palavras, afastando de si sem reservas as armas – as pedras – podem encontrar-se num dos lados da guerra", escreve Adriano Sofri, em carta publicada em sua página do Facebook. A tradução é de Luisa Rabolini. 

Eis a carta. 

Caro Papa Francisco, hoje eu estava folheando as notícias ferroviárias do Extremo Oriente e um pensamento grosseiramente maligno me ocorreu - ditado pelo Maligno, prefiro dizer, para lavar minhas mãos. Que alguém, um dos sábios, lhe sugerisse que afinal a OTAN estava latindo à porta da Coreia do Norte. Também eu gostaria de lhe escrever sobre a espinhosa questão da Grande Rússia e do seu legado. Li sua resposta ao correspondente da Ansa que lhe pedia esclarecimentos. O senhor esclareceu ter reiterado a necessidade essencial dos jovens assumirem o legado e que o legado russo é “muito bom, muito bonito”. E citou um nome para exemplificar todos, mais uma vez, o de Dostoievski, que “hoje nos fala de humanismo maduro”. Depois tomou distâncias de todo imperialismo e dos desvios da cultura na ideologia, dos quais a própria Igreja não está imune. Quanto a Pedro, o Grande e Catarina II, desculpou-se por mencionar seus nomes buscando na memória os livros escolares e deixou a palavra para os historiadores.

Também eu gosto muito de Dostoievski, mesmo depois de ter conhecido melhor algumas das suas convicções ideológicas, semeadas aqui e ali nos romances, e fortemente presentes nos escritos privados e públicos, como o “Diário de um Escritor”: especialmente os seus juízos e preconceitos sobre os judeus, os poloneses, e sobre o catolicismo e a Igreja Católica e Roma, e sua quintessência, os jesuítas. Sobre o senhor, por assim dizer - embora estivéssemos em 1867. Gostaria de lembrar-lhe alguns trechos retirados não dos cadernos, mas de um romance que certamente lhe é caro, O Idiota, e exatamente do discurso mais revelador proferido pelo Príncipe Mishkin na presença da nata da sociedade reunida para avaliar sua aceitação: circunstância em que o príncipe é dominado pela emoção, bate e estilhaça o precioso vaso chinês, e termina com um ataque de sua doença, mas, embora com um inadequado excesso de eloquência, expressa o que mais importa. E, como o senhor deve se lembrar, o Idiota é aquele a quem Dostoievski nos cadernos preparatórios associa seguidamente o nome de Cristo. Então: o príncipe proclama que o catolicismo não é cristão. E que o catolicismo de Roma é pior que o próprio ateísmo, porque prega um Cristo falsificado e caluniado: o Anticristo, “eu juro!” Diz que o papa se apoderou da terra, empunhou a espada, e acrescentou a mentira, a intriga, o engano, o fanatismo, a superstição, o crime... e trocou tudo por dinheiro. “Aquele Cristo que conservamos intato, o nosso Cristo, e que eles não conheceram nunca, deve brilhar diante de todos e vencer o Ocidente! Não deixemos que as forças dos jesuítas nos escravizem! Levemos a nossa civilização russa até eles, enfrentemo-los...". “A intensidade russa é uma surpresa não só para nós, como para a Europa inteira. Se um de nós se torna católico, automaticamente vira jesuíta e dos mais inabaláveis...". “Revelemos ao russo o ‘mundo’ da Rússia, deixemo-lo descobrir o ouro, o tesouro escondido dentro da terra! Mostremos-lhe a humanidade inteira levantando-se outra vez renovada pelo pensamento russo tão somente, talvez pelo Deus e pelo Cristo russo, e veremos em que poderoso e verdadeiro gigante, belo e sábio, ele se desenvolverá diante dos olhos do mundo atônito! Atônito e pasmado, porque não esperava de nós senão a espada! Senão a espada e a violência, porque, julgando-nos por eles próprios, não nos podiam conceber livres da barbárie...".

Como gostamos do Príncipe Lev Nikolaevich Mishkin. E como gostamos de Nastasya Filippovna. Mas não deve nos surpreender que ler Dostoiévski em Zaporizhia tenha um efeito diferente. As palavras se esforçam bastante para significar a mesma coisa em lugares diferentes e em dias e noites diferentes. E se você for homem ou mulher, ou. Citadas, admiradas, traídas, usurpadas, sejam o que forem. Passem do Idiota a um agente da KGB que agora se tornou o patriarca da verdadeira fé. Escutem o nome do Mundo russo, o Russkij Mir, pronunciado por um agente da KGB que agora se tornou czar, mais ou menos. Até mesmo as palavras, tão proverbiais, tão reiteradas e reivindicadas, sobre a “Ucrânia martirizada”, podem soar como uma forma para não nomear a Ucrânia que combate. (Numa carta aos Ucranianos, há quase um ano, o senhor, Papa, incluiu de fato a frase: "Penso então em vós, jovens, que para defender corajosamente a vossa pátria tiveram que pegar em armas em vez dos sonhos que havíeis cultivado para o futuro”).

Mesmo aqueles que se entrincheiram solidamente atrás das palavras, afastando de si sem reservas as armas – as pedras – podem encontrar-se num dos lados da guerra. E esclarecer, especificar, retificar... Perdoar, ser perdoado, não ser perdoado. Confiar em João XXIV. Com os votos mais afetuosos.

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