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Paulo e a construção do cristianismo, segundo Corrado Augias

Foto: Pixabay

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09 Setembro 2023

Paulo, Deus, o cristianismo e o ser humano. Foi o maior imbróglio da história, uma manipulação chocante e sofisticada ou a vontade insondável do Altíssimo, o extraordinário e invisível afresco do Pai Eterno para moldar o nosso destino?

A reportagem é de Andrea Malaguti, publicada em La Stampa, 05-09-2023. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Aonde Corrado Augias nos leva, ao nos conduzir ao confronto com essa pergunta? Em que horizonte nos obriga a pousar o olhar? No ventre escuro de uma noite imersa em uma escuridão sem limites ou em um poço de luz deslumbrante, tranquilizador e triunfante, no fundo do qual cada um pode reencontrar o sentido de si mesmo? Ou, ainda, como muitas vezes ocorre com as mentes lúcidas, no seio de um dilema para o qual é impossível – e talvez seja melhor assim – conhecer a solução?

O título do livro é ao mesmo tempo cinema (porque o autor usa uma linguagem “visual”), ensaio e romance: “Paolo, l'uomo che inventò il cristianesimo” [Paulo, o homem que inventou o cristianismo]. Movendo-o, seria possível acrescentar, do Oriente para o Ocidente.

Livro de Corrado Augias sobre o apóstolo Paulo. (Foto: Divulgação)

Como se tudo o que sabemos do Deus transcendente, daquele que conhecemos desde crianças, do Pai católico-apostólico-romano, a própria ideia que temos d’Ele, de Seu Filho, da relação com o Espírito, com o Eterno e até mesmo com o a ideia de Amor (a sequência de letras maiúsculas é quase inevitável diante da vertigem produzida pelo relato), não derivasse de uma sensibilidade misteriosa e, portanto, divina, que permeia a cada um, da impressão inexplicável de fazer parte de um desígnio superior universal, mas sim de uma narrativa poderosa e fundacional, de um implícito cultural que se sedimentou ao longo dos séculos, imposto pela vontade titânica e pela desmedida ambição de um único ser humano.

“Sem a história singular do apóstolo Paulo, sem as convulsões e as tempestades de tal cérebro, de tal alma, não existiria uma cristandade. Teríamos apenas notícia de uma pequena seita judaica, cujo mestre havia morrido na cruz.”

Friedrich Nietzsche escreve isso, e Augias o relembra, reconstruindo a vida e as obras do “Apóstolo dos Gentios”, um título exigente para um discípulo cerca de dez anos mais jovem do que Jesus e que nunca teve nada a ver diretamente com Jesus. Ele não o conhece, mas, mais do que qualquer outra pessoa, sabe quem ele é.

E a sua parábola – descrita com uma prosa cirúrgica, viva e elegante – é tanto mais fascinante, assustadora e decisiva quanto mais está destinada a condicionar o sentido do sagrado e do presente das gerações vindouras.

Nascido em Tarso, na região da Cilícia (hoje Turquia), judeu da tribo de Benjamim, cidadão romano, personagem misterioso, de temperamento pouco agradável e de enorme energia física, inquieto, atormentado, “inoportuno até para si mesmo”, indisposto a viver na sociedade de canalhas, parasitas e aproveitadores que ele sente ao seu redor, Shaul, em latim Paulus, age entre os anos 30 e 60 da nossa era.

Encarregado pelo Sumo Sacerdote – provavelmente em nome dos romanos – para ir de Jerusalém a Damasco para “prender, acorrentando-os, homens e mulheres seguidores da doutrina de Jesus”, determinado a se livrar dos adeptos de um credo que ameaça a pureza da Lei (a Torá), Paulo parte escondendo em seu coração a vontade de um massacre.

É um homem rude, capaz apenas de escolhas claras, impermeável à piedade. Mas é precisamente sobre ele que o Senhor pousa seu olhar. Ao longo da estrada, uma luz ofuscante o desmonta do cavalo, e uma voz vinda do alto o interroga: “Paulo, Paulo, por que me persegues?”. É o momento da revelação, da transformação sem retorno. O instante que muda a história.

Será realmente uma iluminação que o atinge, uma mensagem celestial que o transforma em um instrumento divino, ou Paulo, inconscientemente atormentado por seus demônios e por seus sentimentos de culpa, é vítima de uma alucinação psíquica, uma crise epilética de características muito semelhantes àquela que – muitos séculos depois – Dostoiévski atribuiria (tal e qual, com a mesma explosão de luz) ao maravilhoso príncipe Michkin do seu “O idiota”?

Cada um pode confiar na hipótese que preferir. Certamente Paulo, ao contrário dos discípulos que o precederam (muitas vezes analfabetos), não deixaria de narrar e sustentar por meio de suas cartas a sua nova visão, afiada, apocalíptica e sem limites, escancarando as portas para um novo Deus, que não habita o mundo como as antigas divindades, mas habita os céus. Um Deus transcendente, onipotente e eterno, que concede o filho em sacrifício por Amor ao ser humano.

E é precisamente sobre o Amor que poderia se concentrar a obra do Apóstolo dos Gentios, que escolhe, por sua vez, um caminho diferente, mais duro e radical. Seu caráter meticuloso, à altura de seu pensamento, contribui muito para afastá-lo da piedade popular. Não seria um santo que inspira ternura, como São Francisco de Assis; no máximo inspiraria respeito, até admiração, dificilmente sentimentos afetuosos.

A razão é simples: Paulo sente que é o Escolhido, quer emendar-se para ser testemunha autêntica da Mensagem. Atravessa o deserto até se sentir em contato com o absoluto. Sua fé pode deter a marcha do mundo rumo à catástrofe, transformando a cruz em símbolo de resgate.

E aqui estamos nós novamente: ele é apenas um homem intelectualmente irreprimível, mas evidentemente delirante, ou o mais necessário dos trombeteiros celestes? Em sua mente, a dúvida não existe: temendo uma desilusão gradual, longa e secreta – a pior de todas – ele salvaria esta sociedade destinada a afundar-se no caos definitivo e estranho do futuro.

A Torá não basta mais. Deus a substitui, a compreende e a supera. As diferenças desaparecem. Seria a perfeição, se o projeto fosse realmente celeste. A aberração, se nos encontrássemos diante de uma projeção humana egolátrica.

Em Jerusalém, Paulo conhece o sofisticado Tiago, irmão do Senhor, e o simples, mas sólido, Pedro. Ali, em Concílio, decide-se o destino da humanidade. Tiago escolhe a pregação entre os circuncidados, os judeus, o povo eleito. Paulo advoga para si o proselitismo entre os gentios. Leva o Verbo ao nosso mundo, causando uma reviravolta do inconsciente coletivo que já dura mais de 2.000 anos e produz revoluções exaltantes e desastres sem fim.

Augias escreve: “Os visionários, os homens possuídos por uma força missionária e profética são, assim como o vidro, muito duros, mas também muito frágeis; sabem que estão cercados de inimigos, mas prosseguem em sua ação, atraem a si novos adeptos conscientes de que sua vida está perenemente suspensa sobre um abismo”.

Paulo viaja, prega, desequilibra, enfrenta as terras e os mares, encontra a traição, o cansaço, a fome e encerra sua existência em Roma onde, após o grande incêndio provavelmente desejado por Nero, é preso – um cristão entre os cristãos – e condenado à morte. Não seria crucificado como Pedro (pendurado de cabeça para baixo), mas decapitado pela espada como cidadão romano.

A semente, porém, foi lançada. Eis, então, a última e inevitável pergunta do livro: esse é o momento em que tudo termina? Ou é aí que tudo está prestes a começar?

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