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06 Fevereiro 2023

Muitas vezes escrevi aqui: neste mundo, queremos viver juntos entre crentes e não crentes, entre pessoas de religiões diferentes ou – principalmente como ocidentais – queremos impor aos outros como eles devem viver? E, embora com as melhores intenções queiramos viver juntos com os outros, isso é realmente possível? Minha posição é conhecida: não só é possível, como também necessário.

O comentário é de Riccardo Cristiano, jornalista italiano, publicado em Settimana News, 03-02-2023. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Pois bem. Acho que há pelo menos três páginas muito importantes na história recente que nos ajudam a trilhar esse caminho, a tentar trilhá-lo. São elas: o diálogo entre o cardeal Joseph Ratzinger e o professor Jürgen Habermas, o diálogo entre o Papa Bento XVI e o professor Hans Küng, e a publicação da exortação apostólica do Papa Francisco Evangelii gaudium.

Hoje, recupero aqui, sucintamente, alguns traços característicos das três, sustentando que, depois de duas oportunidades desperdiçadas, não se deve perder também a terceira. Uma nova página sempre pode ser aberta, se o que nos guia para o futuro é o sentido do pluralismo humano na percepção autêntica da fé e das fés.

Ratzinger e Habermas

Vejamos, em primeiro lugar, a “correspondência” entre Ratzinger e Habermas. Ela havia partido de uma evidência relativa ao centro do Estado liberal, que Giancarlo Bosetti resumira brilhantemente da seguinte forma: “O Estado liberal se nutre de premissas normativas que, sozinho, ele não pode garantir (porque, se pregasse uma forma de ética qualquer, não seria mais liberal). Portanto, é possível que a religião ainda possa fornecer reservas de moralidade. Esse suporte suplementar ao progresso civil e jurídico já havia sido codificado por John Rawls na obra de sua maturidade, ‘Liberalismo político’, quando havia se dado conta de que não podia excluir da história e da teoria da justiça a experiência das mobilizações religiosas que haviam permitido a afirmação dos direitos civis”.

Por sua vez, o cardeal Ratzinger, e, portanto, muito antes de sua eleição como pontífice, havia acolhido a limitação recíproca entre fé e razão, para manter afastados o fundamentalismo religioso, por um lado, e o tecnocientífico, por outro.

Então, ele identificava a necessidade de uma perspectiva intercultural e – como também explicitado por Bosetti – “reconhecia que tanto o cristianismo quanto a racionalidade ocidental não podiam pretender representar uma universalidade absoluta e que eles eram o produto de um contexto histórico determinado. Razão pela qual era preciso dialogar com outros contextos, muçulmano, budista, hindu, todos atravessados por tendências desviantes e radicais, mas também por contratendências abertas à racionalidade e à tolerância”.

Nesses termos, por mais simplificados que sejam, já não estamos em busca de uma ética comum ou de uma ética global? Já não estava sendo feito um esforço a partir de duas perspectivas diferentes? Parece-me bastante evidente que o cardeal que depois, sem atenuantes, condenaria o relativismo em sua famosa homilia pro eligendo Pontifice alguns anos mais tarde distinguia claramente o relativismo do pluralismo.

Bento XVI e Küng

Passo à segunda página: a do encontro infelizmente esquecido do Papa Bento XVI com o professor Hans Küng, em Castel Gandolfo, no início de seu pontificado.

Küng falou extensivamente sobre ele em seu livro “Davanti al papa”, publicado pela editora Rizzoli. É bastante conhecida a história da complexa e profunda relação entre os dois, desde os tempos em que foram protagonistas juntos no Concílio Vaticano II, passando pelos anos de Tübingen até aos da contestação e depois da separação que culminou na suspensão do ensino teológico do professor Küng, por disposição do Papa João Paulo II. Küng, assim, tornou-se a expressão de outra teologia em relação à de Ratzinger, pelo menos do Ratzinger dos anos em que liderou a Congregação para a Doutrina da Fé.

O fato é que – assim que se tornou papa – o próprio Ratzinger concedeu uma audiência a seu velho colega-adversário: recebeu-o, como era de seu estilo, com amizade e cordialidade. Sem me deter aqui nos detalhes daquele diálogo – embora importante e relatados no livro de Küng – vou direto ao ponto: aquele colóquio concluiu com a publicação de um comunicado oficial, que os dois teólogos concordaram em todos os detalhes e que foi oficialmente divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé em 25 de setembro de 2005. Eis, a seguir, uma de suas passagens, que na minha opinião é decisiva.

Com a escolha de não discutir questões doutrinais persistentes – mas sim a ética mundial e o diálogo da razão das ciências naturais com a razão da fé cristã – afirmava-se por escrito: “O papa apreciou o esforço do professor Hans Küng de contribuir para um renovado reconhecimento dos essenciais valores morais da humanidade por meio do diálogo das religiões e no encontro com a razão secular. Sublinhou que o compromisso com uma renovada consciência dos valores que sustentam a vida humana é também um objetivo importante de seu pontificado. Ao mesmo tempo, o papa reafirmou sua concordância com a tentativa do professor Hans Küng de reiniciar o diálogo entre fé e ciências naturais e de fazer valer, em relação ao pensamento científico, a razoabilidade e a necessidade da Gottesfrage (a questão sobre Deus)”.

Na página 265 de seu livro, Küng acrescentou: “Obviamente, tudo isso depende menos das palavras e dos gestos e mais dos fatos. E poderia não ser fácil para o papa obtê-los da relutante corte curial. Embora teoricamente ele goze da plena potestade jurisdicional”.

Parece-me, portanto, que Küng encontrou, em Castel Gandolfo, aquele Bento que, no discurso que proferiria na Universidade La Sapienza de Roma, escrevia: “A mensagem da fé cristã nunca é apenas uma comprehensive religious doctrine no sentido de Rawls, mas sim uma força purificadora para a própria razão, que ajuda a ser mais ela mesma. A mensagem cristã, com base em sua origem, deveria ser sempre um encorajamento à verdade e, assim, uma força contra a pressão do poder e dos interesses”.

Também há páginas discordantes no pontificado ratzingeriano – e é bom que os especialistas as evidenciem –, mas não entendo por que páginas como essa são regularmente expurgadas como se fossem apócrifas.

Evangelii gaudium

Eis a terceira página: Evangelii gaudium, na qual Francisco – depois de ilustrar a “tensão polar” tão cara a Romano Guardini – escreve no número 234 (o primeiro do capítulo intitulado “O todo é superior à parte”): “Entre a globalização e a localização também se gera uma tensão. É preciso prestar atenção à dimensão global para não cair numa mesquinha quotidianidade. Ao mesmo tempo convém não perder de vista o que é local, que nos faz caminhar com os pés por terra. As duas coisas unidas impedem de cair em algum destes dois extremos: o primeiro, que os cidadãos vivam num universalismo abstrato e globalizante, miméticos passageiros do carro de apoio, admirando os fogos de artifício do mundo, que é de outros, com a boca aberta e aplausos programados; o outro extremo é que se transformem num museu folclórico de ‘eremitas’ localistas, condenados a repetir sempre as mesmas coisas, incapazes de se deixar interpelar pelo que é diverso e de apreciar a beleza que Deus espalha fora das suas fronteiras”.

Não são palavras equívocas: pertencem decisivamente ao esforço de viver juntos. No ponto 257, entrando no mérito das relações entre crentes e não crentes, ele acrescenta: “Como crentes, sentimo-nos próximos também de todos aqueles que, não se reconhecendo parte de nenhuma tradição religiosa, buscam sinceramente a verdade, a bondade e a beleza, que, para nós, têm a sua máxima expressão e a sua fonte em Deus. Sentimo-los como preciosos aliados no compromisso pela defesa da dignidade humana, na construção de uma convivência pacífica entre os povos e na guarda da criação. Um espaço peculiar é o dos chamados novos Areópagos, como o Átrio dos Gentios, onde crentes e não crentes podem dialogar sobre os temas fundamentais da ética, da arte e da ciência, e sobre a busca da transcendência. Também este é um caminho de paz para o nosso mundo ferido”.

Desde o primeiro momento em que li essa passagem, a palavra “aliados” sempre me impressionou: é de uma força que me encanta pela abertura, um fato talvez inédito em um documento oficial tão importante. De modo a impor aos “leigos” - como eu – a mesma abertura. Pensei: se isso foi possível para um papa, então o viver juntos torna-se possível para o mundo inteiro!

Esse me parece ser o melhor ponto de aterrissagem para o rápido percurso pelas três páginas. Minha avaliação sobre a segunda – sobre o “caso Küng” – é que a possível abertura de Bento XVI foi depois freada pelas forças hostis a toda abertura, ainda operantes.

No pontificado de Francisco, aparece manifestamente – e com uma coragem que nunca mais poderá ser contida – a oportunidade epocal de superar tantas incompreensões do passado, para convergir, sem demora, na comum cidadania humana dos diferentes.

Leia mais

  • O retorno de Habermas. Artigo de Giancarlo Bosetti
  • Jürgen Habermas e o diálogo entre cidadãos religiosos e secularizados. Artigo de Emerson Silva
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