“O último testamento”. O mais recente livro do Papa Emérito Bento XVI

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22 Agosto 2016

O Papa Emérito Bento XVI tem um novo livro a ser lançado no próximo mês, e há pouco se anunciou que o título da versão inglesa da obra será “Last Testament: In His Own Words” (O último testamento: em suas próprias palavras, em tradução literal). 

A reportagem é de John Burger, publicada por Aleteia, 17-08-2016. A tradução é de Isaque Gome Correa.

A Bloomsbury anunciou a publicação da obra de 224 páginas em seu sítio eletrônico:

Last Testament está mais próximo a uma autobiografia por parte do homem tímido e confidencial que tem se mantido “oculto para o mundo” em um antigo convento nos jardins do Vaticano. Ele rompe o silêncio a respeito de temas como:

– O caso “Vatileaks” em que o seu mordomo vazou algumas de suas cartas pessoais que alegavam corrupção e escândalo no Vaticano (o mordomo continua na prisão)
– A presença de um “lobby gay” dentro do Vaticano e como ele o desmantelou
– A sua suposta formação no partido nazista
– Suas tentativas de limpar a “sujeira na Igreja” (abusos sexuais clericais)
– E o “Gorgeous George” [jogo de palavras em que “gorgeous” significa bonito], seu misterioso secretário particular.

Em nível mais pessoal, ele escreve com um grande calor humano o seu sucessor, o Papa Francisco, quem, o papa emérito admite, tem um toque popular, qualidade de que ele, Bento, carecia. Muita polêmica ainda ronda o papado de Bento XVI e em seu livro ele aborda estas polêmicas e revela como, em sua idade, o governo e a reforma do Papado e, particularmente, do Vaticano estiveram além de suas forças.

Bloomsbury diz que, no livro, o Papa Bento, Bispo de Roma entre 2005 e 2013, aborda algumas das polêmicas de seu papado e “revela como, em sua idade, o governo e a reforma do Papado e, particularmente, do Vaticano estiveram além de suas forças”.

Mas também o livro é uma autobiografia: O Papa Bento começa lembrando a infância na Alemanha sob Hitler e o nazismo quando se uniu à Juventude Hitlerista sob coação. O relato continua com a fase inicial de vida sacerdotal e chega à nomeação como Arcebispo de Munique. Depois de ser eleito papa, o relato passa a falar das polêmicas que abalaram o mundo católico: como o pontífice desagradou o mundo muçulmano com o seu discurso de Regensburg, o que fez e o que não fez para estancar os abusos sexuais clericais cometido contra crianças, o escândalo do Vatileaks e mais.

Como acontece com alguns de seus livros anteriores, este novo tomo é uma colaboração com o jornalista alemão Peter Seewald, quem apresenta os pensamentos do papa nascido na Baviera sob a forma de entrevista.

Em junho, o sítio Vatican Insider informou a respeito desta publicação, que em sua versão italiana deve ser intitulada “Ultime conversazioni” (Últimas conversas). A casa editorial Garzanti deverá lançar a obra no próximo mês.

O jornal italiano Il Corriere della Sera irá adiantar partes do conteúdo do livro, porém o Vatican Insider já informou que Bento XVI, no livro, “admite que sabia sobre a presença de um ‘lobby gay’ composto por quatro ou cinco pessoas, no Vaticano. Ele diz ter tido sucesso em desfazer este grupo de pressão”.

Ele fala sobre como preparou a sua renúncia sob grande sigilo e admitiu que ficou “surpreso” quando soube o nome de seu sucessor: ele tinha alguns nomes em mente, “mas não o seu”. Bento fala da “alegria” que sente quanto ao jeito que o novo papa reza e se comunica com a multidão, e descreve Francisco o homem, e Francisco o papa, comentando sobre coisas que os dois têm em comum e o que os distingue.

O papa emérito recentemente completou 89 anos e celebrou o 65º aniversário de sua ordenação ao sacerdócio.

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