O rito zairense: quando se reza "de corpo e alma"

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01 Fevereiro 2023

  • A missa presidida esta manhã pelo Papa em Kinshasa exalava cor, alegria e sentimento, o que torna possível o Missal Romano para as dioceses do Zaire, o chamado rito zairense, aprovado em 1988 pela Congregação para o Culto Divino;

  • O rito zairense do Missal Romano é até agora o único rito inculturado da Igreja latina aprovado após o Concílio Vaticano II;

  • A dança permeia toda a cerimônia, assim como as canções, como no caso do Glória, que podem durar vários minutos, assim como as danças. Além disso, o rito da paz é antecipado, assim como a coleta, que geralmente é feita em espécie.

A reportagem foi publicada por Religión Digital, 01-02-2023.

A missa presidida esta manhã pelo Papa em Kinshasa exalava cor, alegria e sentimento, o que torna possível o Missal Romano para as dioceses do Zaire, o chamado rito zairense, e sobre o qual Francisco se manifestou satisfeito num livro apresentado no mês passado em Roma.

“O rito zairense do Missal Romano é até agora o único rito inculturado da Igreja latina aprovado depois do Concílio Vaticano II e este processo de inculturação litúrgica no Congo é um convite a aproveitar os diversos dons do Espírito Santo, que são uma riqueza para toda a humanidade”, indicou o Papa no prefácio da obra.

É, acrescentou Francisco"fruto de longos anos de pesquisa, experiência no local e de uma frutuosa colaboração entre a Santa Sé e a Igreja no Congo",  e que teria "cumprido perfeitamente os objetivos propostos. Com efeito, permite ao congolês rezar na sua própria língua, com o próprio corpo e alma, e para usar símbolos que lhes são familiares."

Com esta missa em Kinshasa, é a terceira vez que Francisco presidiu o rito zairense. A primeira foi em 2019, por ocasião da celebração do 25º aniversário da capelania católica congolesa em Roma. A segunda, em julho de 2022, quando presidiu uma Eucaristia na Praça de São Pedro como gesto de agradecimento à comunidade congolesa por ter de adiar a sua viagem à República Democrática do Congo.

Lanças na procissão de entrada

Aprovado em 1988 pela Congregação para o Culto Divino, o cortejo de entrada chama a atenção pelo seu atrativo, onde o padre entra escoltado por vários jovens que portam lanças em sinal não tanto de violência quanto de proteção a quem respeitam. Os mesmos que mais tarde o acompanharão ao ambão, todos dançando, antes da leitura do Evangelho.

E é que a dança permeia toda a cerimônia, assim como os cantos, como é o caso do Glória, que pode durar vários minutos. Além disso, realiza-se o rito da paz, assim como a coleta, que costuma ser feita em espécie, oferecendo o que cada um tem, legumes, frutas, entre outros, para o sustento dos padres e dos necessitados.

Da mesma forma, antes do término da cerimônia, costuma-se apresentar os recém-nascidos e cada fiel volta ao padre para se despedir e receber uma nova bênção, além da comunitária.

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