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29 Junho 2021

 

Ódio é o desejo de destruir o odiado

“A Humanidade se desenvolve de forma extraordinária, maravilhosa, rica, exuberante, milagrosa, quando se fala em ciência. Mas, em ética e em moral, a Humanidade é um desastre progressivo. Porque a realidade concreta, essa que nós construímos todos os dias, a realidade política desmente qualquer princípio ético. A rigor, que me perdoem os políticos brasileiros, a rigor a política brasileira é uma política de ódio. Ódio é um desejo de destruição. A gente esquece de revisar esses conceitos e fica empregando a palavra ódio sem saber o que está dizendo. Ódio é o desejo de destruir o odiado. E o comportamento político partidário no Brasil é de ódio, é de extinção do outro - seja partido de esquerda, seja de direita" - José Paulo Bisol, ex-senador da República, falecido no último final de semana, em entrevista para a TV Senado, em 2001.

 

510 mil mortos. Como não saber nada do Ministério da Saúde?

“Nenhum presidente é obrigado a saber tudo de todos os ministérios, mas como não saber nada do Ministério da Saúde durante uma pandemia que já matou mais de 510 mil brasileiros? E como não sabia das tratativas da Covaxin? Foi ele quem enviou mensagem para o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, em favor dessa vacina, depois de desdenhar de Pfizer e Coronavac!” – Eliane Cantanhêde, jornalista – O Estado de S. Paulo, 29-06-2021.

 

Mais perguntas

“Ok. Vamos dar a Bolsonaro o benefício da dúvida. Vai que ele falou a verdade e não sabia de nada mesmo, já que estava superocupado, andando de moto, atacando jornalistas e inaugurando pontezinhas no Norte e agênciazinhas da CEF no Sul. Mas e, depois, quando recebeu as informações e os documentos do deputado Luis Miranda e seu irmão Luis Ricardo, responsável pelas importações no Ministério da Saúde?” – Eliane Cantanhêde, jornalista – O Estado de S. Paulo, 29-06-2021.

 

Ricardo Barros, o dos ‘rolos’

“A situação vai se complicando, com a notícia-crime contra Bolsonaro no Supremo por prevaricação e com novas descobertas instigantes. A Precisa, que representa a Covaxin no Brasil e tem uma reputação “mais ou menos”, aumentou seus negócios com o governo em 6.000% na era Bolsonaro. E não era a única a ter privilégios e defensores poderosos. A vacina Convidecia, da chinesa CanSino, passou pelo mesmo processo atípico, também não tinha autorização da Anvisa e pedia um preço ainda maior do que a Covaxin. Onde é a sede da representante dela no Brasil? Em Maringá (PR), cidade do líder do governo e ex-ministro da Saúde Ricardo Barros – o dos “rolos”. Deve ser tudo coincidência, como os bolsonaristas-mor Luciano Hang e Carlos Wizard serem pró-Convidencia desde criancinhas” – Eliane Cantanhêde, jornalista – O Estado de S. Paulo, 29-06-2021.

 

O ‘rolo’ e os enrolados

“Em sua defesa, Bolsonaro, mais uma vez, alega ser inimputável: “Eu não tenho como saber o que acontece nos Ministérios, vou na confiança em cima de ministros”. Na época, o ministro era Eduardo Pazuello, que nem respira sem autorização de Bolsonaro. É espantoso que o presidente alegue candidamente desconhecer um negócio malcheiroso da ordem de R$ 1,6 bilhão. O que não espanta, de nenhuma maneira, é a suspeita de que um capa-preta do Centrão apareça como possível pivô do escândalo, e espanta menos ainda que, por isso mesmo, Bolsonaro não queira “mexer nisso aí” – afinal, o presidente não pode se indispor com quem manda” – editorial “Os ‘rolos’ e os enrolados”O Estado de S. Paulo, 29-06-2021.

 

Olhar além do belo número do PIB

“Não há como não comemorar as revisões para cima das perspectivas de crescimento para o PIB brasileiro de 2021. Afinal, após quedas superiores a 3% em 2015 e 2016, crescimento medíocre entre 2017 e 2019 e o desastre que foi 2020, com retração de 4,1%, a perspectiva de crescermos 5% este ano não deixa de ser alvissareira. Mas, infelizmente, ela perde um pouco do brilho se olharmos além do belo número. A começar pelo relativo, os 5% ficam um pouco mais turvos. As economias que apostaram na vacinação e conseguiram aplacar a pandemia estão crescendo mais e mais rápido. Caso dos Estados Unidos ou da China, que, segundo dados da OCDE, devem crescer em torno dos 7% e 8,5%, respectivamente” – Ana Carla Abrão, economista e sócia da consultoria Oliver Wyman – O Estado de S. Paulo, 29-06-2021.

 

Crescimento cada vez mais gerando desigualdade

“A desigualdade é o nosso pior número. Como estampado no Relatório de Riqueza Global de 2021 do banco Credit Suisse, a diferença entre ricos e pobres aumentou globalmente, mas veio do Brasil a nota mais negativa. Além de já carregarmos um dos piores níveis de desigualdade de renda do mundo, vimos 2020 piorar o que já era muito ruim. A fatia detida pelo 1% mais rico da nossa população passou a responder por 49,6% da riqueza total do País, ante os 44,2% de 2000. Numa outra nota ruim, a FGV Social mostrou que o Índice de Gini, usado para medir concentração de renda, cresceu para 0,674 no primeiro trimestre de 2021, batendo um triste recorde histórico. Some-se a isso a queda de 11,3% na renda per capita no mesmo período e se têm os números que turvam qualquer brilho das perspectivas atuais de crescimento do PIB em 2021. Afinal, esses festejados 5% indicam que nosso crescimento, mantidas as bases atuais, se dará de forma cada vez mais desigual, com ricos ficando mais ricos num País cada vez mais pobre" – Ana Carla Abrão, economista e sócia da consultoria Oliver Wyman – O Estado de S. Paulo, 29-06-2021.

 

Estresse. A armadilha da pobreza

“Achados popularizados pelos Nobel Abhijit Banerjee e Esther Duflo indicam que a vida dos mais pobres é, na verdade, cercada de elevados níveis de estresse. E o mais relevante é que há aí uma espécie de armadilha da pobreza. Sem espaço mental para programar o futuro, tendo de lidar com as ameaças do dia a dia, esses indivíduos não têm como tomar as decisões que os ajudariam a progredir. A relação entre pobreza e tomada de decisão, tendo como canal o estresse, tem sido objeto de muitas pesquisas relevantes nos últimos anos” – Pedro Fernando Nery, doutor em economia – O Estado de S. Paulo, 29-06-2021.

 

O contexto da pobreza perpetua a escassez

“Não apenas transferências de renda, mas intervenções do Estado voltadas para lidar com essa limitação aparecem como possíveis políticas públicas – como indica pesquisa publicada pelo Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo. Luis Henrique Paiva, um dos seus autores, sintetiza o problema: “Viver na pobreza exaure a sua capacidade mental e isso acaba conduzindo o indivíduo a tomar decisões ruins e com maior probabilidade de cometer erros. Isso retroalimenta a pobreza. O contexto da pobreza perpetua a escassez” – Pedro Fernando Nery, doutor em economia – O Estado de S. Paulo, 29-06-2021.

 

Exemplos estressantes

“Exemplos estressantes citados por Paiva incluem questões que não passam pela cabeça da população mais abastada, como “acordar pensando na qualidade da água que estamos bebendo ou como os recursos gastos no almoço vão fazer falta no fim do mês” – Pedro Fernando Nery, doutor em economia – O Estado de S. Paulo, 29-06-2021.

 

Bolsa Família. Mães com sintomas depressivos

“Estudo na Science (Shah et al., 2012) mostra que dificuldades financeiras têm um impacto no cognitivo equivalente ao de uma noite sem dormir, ou a um QI 13 pontos menor. Há ainda a própria questão de saúde. Estudo do governo brasileiro, ainda na gestão Temer, já reportava em famílias do Bolsa Família índices elevados de crianças pequenas vivendo com mães com sintomas depressivos – um obstáculo ao próprio desenvolvimento delas” – Pedro Fernando Nery, doutor em economia – O Estado de S. Paulo, 29-06-2021.

 

Pandemia. Os mais pobres, os mais infelizes

“Já no Brasil da pandemia chama atenção o novo trabalho da FGV Social coordenado por Marcelo Neri. O índice de bem-estar subjetivo monitorado pela FGV não caiu entre os brasileiros mais ricos. Somente os mais pobres estariam mais infelizes, segundo os números. São eles que puxam a média brasileira para baixo, para o menor nível da série que se inicia em 2006” – Pedro Fernando Nery, doutor em economia – O Estado de S. Paulo, 29-06-2021.

 

03 de julho

“Há uma quantidade maior de pessoas buscando o impeachment do que buscando uma terceira via” - João Amoêdo, ex-presidenciável do Novo – O Estado de S. Paulo, 29-06-2021.

 

Morcego que reforma o banco de sangue

“Reforma tributária feita pela Receita Federal é o mesmo que pedir ao morcego para reformar o banco de sangue. Não passa” - Paulo Delgado, ex-deputado federal e sociólogo, sobre a proposta do governo – O Estado de S. Paulo, 29-06-2021.

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