• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Poluição das Grandes Fazendas Brasileiras – Quantas Mortes por Ano?

Mais Lidos

  • O consenso cresceu como uma onda: "Mais de cem votos para Prévost no Conclave"

    LER MAIS
  • A brilhante jogada do Conclave: o Papa Leão XIV é uma escolha à altura da tarefa da situação geopolítica. Artigo de Marco Politi

    LER MAIS
  • Vozes de Emaús: Leão XIV: a abertura do pontificado. Artigo de Pedro A. Ribeiro de Oliveira

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

26 Mai 2021

 

"A indústria de carnes é muito poderosa em países como Brasil e Estados Unidos, onde a carne ainda é um alimento saboroso, mas os estilos de vida estão mudando. Tanto no Canadá como nos Estados Unidos os guias alimentares buscam reduzir o consumo de carne", escreve José Rodrigues Filho, professor da Universidade Federal da Paraíba, que foi pesquisador nas Universidades de Johns Hopkins e Harvard, e que recentemente foi professor visitante na McMaster University, Canadá, em artigo publicado por seu blog pessoal, 20-05-2021.

 

Eis o artigo.

 

A brisa soprada de uma fazenda de porco carrega gases perigosos: metano, amônia e sulfato de hidrogênio. O odor das fezes de porco é muito forte. Os gases do esterco e alimentação animal produzem pequenas partículas, que irritam o pulmão e capazes de flutuar por vários quilômetros (Washington Post).

Pesquisa recente publicada pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, a primeira sobre poluição do ar nas fazendas americanas, mostra que mais do que 17 mil mortes por ano são registradas no país. A agricultura animal é o mais mortal emissor de partículas de poluição do ar, responsável por 80 por cento das mortes da poluição relacionadas com a produção de alimentos. Os gases associados com estercos e alimentação animal produzem pequenas partículas, que irritam o pulmão, sendo capazes de flutuar por vários quilômetros. Por sua vez, a brisa soprada de uma fazenda de porco carrega gases perigosos: metano, amônia e sulfato de hidrogênio. Além disto, o odor das fezes de porco é muito forte.

Assim sendo, a pobre qualidade do ar é o maior risco de saúde ambiental nos Estados Unidos e no mundo e a agricultura é a maior fonte de poluição do ar, com a produção agrícola causando mais mortes anualmente do que as emissões das fábricas de carvão, de acordo com o estudo acima citado, sendo a maioria das mortes causadas pela produção de alimentos. Apesar disto, das discussões sobre os impactos de alimentos na saúde ambiental, a qualidade do ar tem sido ausente. Enquanto a poluição das fábricas de carvão e de veículos é bastante regulamentada, o mesmo não acontece com a regulação da qualidade do ar das grandes fazendas. O estudo mostrou ainda as mortes relacionadas com as emissões das cadeias de suprimentos, sendo a produção de determinadas commodities como carne e porco as que mais se destacam. Os locais ou municípios que apresentaram o maior número de morte foram identificados.

Como já foi dito aqui no EcoDebate, “é fundamental que haja mais compreensão sobre as causas e riscos apresentados pela pecuária” no Brasil, considerando o alerta de cientistas “há décadas sobre os riscos das práticas agrícolas intensivas para a saúde pública”. O danoso modelo agrícola do Brasil, concentrador de terras e frigoríficos e seu insustentável modelo de agronegócios tem que ser estudado considerando seus maléficos efeitos sobre a poluição do ar, que pode ser uma das piores do mundo. Além disto tem-se que começar a registrar o número de mortes anualmente, causadas pela péssima qualidade do ar oriunda das grandes fazendas, fazendas industriais, frigoríficos e cadeias de suprimentos internacionais. Com a Pandemia, o mundo começou a compreender melhor como o capitalismo nas fazendas industriais e grandes cadeias de abastecimentos funcionam no Brasil, cujo propósito e coletar lucros enquanto o resto de nós arcamos com as consequências.

Para a professora Jannifer Jacquet do Departamento de Estudos Ambientais da Universidade de Nova York, a indústria de carnes está fazendo exatamente o mesmo o que as grandes companhias de petróleo fizeram para enfrentar ações climáticas, conforme matéria do Jornal Washington Post. Contudo, o público aprendeu sobre as táticas destas empresas ao longo de décadas de investigações por jornalistas, pesquisadores, juristas e grupos da sociedade civil como o Centro de Investigação do Clima. A agricultura americana está começando a ser investigada da mesma forma, embora elas tenham preferência pelas condições climáticas em termos de energia e transporte. Para a professora Jannifer Jacquet, as promessas dos Estados Unidos para o acordo de Paris fez apenas uma referência às “fazendas de animais” e nenhuma à “carne”. Para ela, é tempo de se perguntar por que?

Enquanto os parlamentos das principais economias mundiais estão votando legislações voltadas para um capitalismo responsável, tentando aliviar o sofrimento nestes tempos difíceis, o parlamento brasileiro aproveita o silencio e isolamento da Pandemia para votar o que existe de pior contra a sociedade, a exemplo da recente lei geral do licenciamento ambiental, já chamada da “mãe de todas as boiadas”, em favor do lucro dos gananciosos e uma poluição desenfreada, que vai afetar a saúde e qualidade de vida da população. Ações desta natureza envergonham o mundo, que começa despertar para ações sustentáveis em defesa do meio ambiente e de gerações futuras.

Espera-se que as mudanças externas possam influenciar o nosso modelo agrícola perverso, baseado em atividades agrícolas intensivas, que vem destruindo a Amazônia, os biomas e todos os recursos ambientais da natureza. Estamos vendo a Comunidade Europeia defendendo sistemas alimentares baseados numa agricultura local e regional, evitando importar toneladas de alimentos das cadeias de suprimentos internacionais, que deixou o mundo assustado e chocado, diante de suas ações antiéticas de enfrentamento do vírus. Empresas e investidores começam a se interessar pelo chamado ESG (sigla em inglês que significa melhores práticas ambientais, sociais e de governança). Países como Canadá e Estados Unidos começam também a incentivar uma agricultura local e regional, além do surgimento de gigantes da carne de plantas.

A indústria de carnes é muito poderosa em países como Brasil e Estados Unidos, onde a carne ainda é um alimento saboroso, mas os estilos de vida estão mudando. Tanto no Canadá como nos Estados Unidos os guias alimentares buscam reduzir o consumo de carne, sem falar da China que está sugerindo a seus cidadãos uma redução pela metade do consumo de carne. Enfim, pesquisa do Instituto Gallup mostrou que, em 2019, um em cada quatro americanos reduziu o consumo de carne, principalmente por razões ambientais e de saúde. Com a Pandemia, as questões éticas foram acrescentadas. Os líderes mundiais começam a observar as preferências e desejos dos consumidores, que num período pós-pandêmico podem trazer grandes surpresas. Não se pode esquecer o que disse o ativista Leah Garcés: é mais fácil levar metade dos americanos às comidas vegetarianas do que tornar metade deles vegetarianos.

 

Leia mais

 

  • Veganismo. Por uma outra relação com a vida no e do planeta. Revista IHU On-Line, Nº 532
  • Vegetarianismo: uma opcao etica. Revista IHU On-Line, Nº 350
  • Clima, quando a vaca se torna um inimigo do Planeta
  • Produção e consumo crescente de carne afetam desmatamento na Amazônia, dizem especialistas
  • Como frigoríficos propagaram o coronavírus em pequenas cidades do país
  • Veganismo: por uma outra ética humana que valorize a história dos animais. Entrevista especial com Ana Paula Perrota
  • O vegetarianismo e a ética animal e ambiental. Entrevista especial com Márcio Linck
  • Pesquisa demonstra que manejo adequado de bovinos reduz emissões de metano
  • Gás metano dispara e ameaça meta de 2 graus
  • A dieta que promete salvar vidas, o planeta e alimentar a todos nós (e sem banir a carne)
  • Poluição: um problema de saúde pública. Entrevista especial com Paulo Saldiva
  • Consumo de carne é o maior inimigo da alimentação sustentável no Brasil
  • O impacto ambiental do consumo de carne. Entrevista especial com Sérgio Greif e depoimento de Sonia Montaño
  • O custo ambiental de comer carne
  • Brasil precisa reduzir drasticamente consumo de carne, alerta estudo
  • O consumo de carne e a degradação da Floresta Amazônica. Entrevista especial com Elke Stehfest

Notícias relacionadas

  • Presidente peruano troca dinamite por diálogo com garimpeiros

    O ex-presidente do Peru, Ollanta Humala, usava explosivos para combater o garimpo ilegal de ouro na selva amazônica com o objetiv[...]

    LER MAIS
  • Brasil ratificará acordo do clima na segunda

    Temer entregará promulgação oficialmente às Nações Unidas na terça-feira; país se antecipa a China e EUA e se tornará o p[...]

    LER MAIS
  • Poluição em Rio Branco é 8 vezes maior que indicado, diz pesquisador

    LER MAIS
  • Ação humana pôs fim ao Holoceno? "Vivemos uma nova época geológica"

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados