A Eucaristia para além do hábito. Artigo de Ghislain Lafont

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18 Março 2020

O “jejum eucarístico” imposto pela expansão do coronavírus deveria nos levar a algumas reflexões sobre o ritmo desejável da Eucaristia.

O teólogo e monge beneditino francês Ghislain Lafont, professor emérito de teologia da Pontifícia Universidade Gregoriana e do Pontifício Ateneu Santo Anselmo, responde ao Pe. Francesco Strazzari, agradecendo pelo seu artigo sobre o “jejum eucarístico”.

A resposta é publicada por Settimana News, 17-03-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Caro Pe. Francesco,

Aqui não temos problemas com o coronavírus. Hoje de manhã, ainda havia pessoas na missa: onde nós estamos, estão vetadas as reuniões de mais de 100 pessoas, e o nosso público absolutamente não supera isso. Mas fechamos a pousada e o armazém. Estamos vendo como a situação vai evoluir. Nas grandes cidades é diferente, e existem as mesmas medidas que na Itália.

Li seu artigo sobre a eucaristia publicado em Settimana News. Será iluminador para os leitores. As coisas que você escreve deveriam nos fazer refletir mais sobre a eucaristia, para além dos hábitos. Há algum tempo, estou convencido de que há eucaristia demais na vida da Igreja! Assueta vilescunt!

Nós as multiplicamos por causa das missas pelos falecidos e também com a ideia desenvolvida no Concílio de Trento, segundo a qual, como nós pecamos todos os dias, precisamos de um sacrifício cotidiano.

A fé na unicidade absoluta da cruz de Cristo corre o risco de perder a sua força se houver um excesso de representação sacramental.

O nosso “jejum” atual, obviamente excessivo, deveria nos levar a algumas reflexões sobre o ritmo desejável da eucaristia. Pelo menos é o que eu penso neste momento, e o que você escreve me confirma nesse sentido!

Não sou pároco; se o fosse, e se fosse possível, eu me ofereceria, no domingo, a ir a uma família para celebrar com ela uma “eucaristia doméstica”.

Com amizade, seu frère Ghislain

 

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