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O vínculo esperança e espiritualidade em Cuidados Paliativos

Cuidados Paliativos. | Foto: Divulgação

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05 Outubro 2019

"Viver a espiritualidade é algo individual que pode ocorrer de forma natural na vida ou suscitado pela fase de doença ou sofrimento, e na proximidade da morte pode atingir um significado como nunca o teve antes, o que é de grande importância para superações já que ajuda a restaurar a esperança e encontrar um significado para a vida diante da doença", escreve João Batista Alves de Oliveira, médico paliativista pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica/Associação Médica Brasileira.

Eis o artigo.

No segundo sábado de outubro, que este ano é o dia 12 comemora-se o Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, cuja finalidade é difundir amplamente a existência dessa área de assistência àquele portador de doença grave e incurável ou que se encontra em fase final de vida e especificamente este texto busca enfatizar a importância da espiritualidade, independente de questões religiosas.

Iniciemos com a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2002) que diz que Cuidado Paliativo é “uma abordagem que aprimora a qualidade de vida dos pacientes e famílias que enfrentam problemas associados com doenças ameaçadoras da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento, por meio da identificação precoce, avaliação correta e tratamento da dor e outros problemas de ordem física, psicossocial e espiritual”[1].

Seus princípios são: controle a dor e dos sintomas que geram sofrimento; considerar a morte não como um fracasso da medicina, mas como nossa mais intrínseca característica; oferecer qualidade de vida, através da promoção do bem-estar físico, psicológico e espiritual, sempre respeitando a crença ou a falta de crença do paciente; não visa prolongar a vida por meio da obstinação terapêutica, nem encurtá-la por meio da eutanásia, simplesmente a respeitando e acompanhando-a até o final, buscando a ortotanásia; desenvolver um atendimento interdisciplinar, necessário devido a limitação de cada profissão; resgatar a identidade pessoal através do cuidado da dor total (física, psíquica, social e espiritual); estabelecer com o paciente e familiares uma comunicação aberta, já que o compartilhar de verdades facilita a adaptação à nova realidade, além de resgatar o valor do paciente como pessoa dotada de competência e autonomia; oferecer apoio aos familiares, o que se estende à fase do luto; iniciar de forma precoce os Cuidados Paliativos não esperando a morte iminente para aplicá-los, podendo assim oferecer o controle da dor total, evitando-se sofrimento e valorizando a pessoa em seu caráter humanitário.

Muitos sabem que é preciso juntar cuidado à alegria do nascimento, mas pouco sabem que é preciso juntar cuidado à tristeza da morte e sabem menos ainda o que necessita aquele que está morrendo. Por isso hoje precisamos falar de Cuidados Paliativos, que não é a especialidade da morte, mas da vida respeitando sua sacralidade, mas em tempo nenhum negando sua qualidade, buscando o menor sofrimento, contexto no qual a morte faz parte.

Em Eclesiastes está escrito “Tudo tem seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer”[2].

Precisamos falar de espiritualidade neste momento porque este é o tempo do acolhimento, de reconhecer as necessidades daquele que vai ser assistido e da responsabilidade de quem o vai assistir; do cuidar revestido de compaixão (não ter medo do sofrimento do outro e o assumindo dentro de si). Compaixão que reconhece a dignidade da pessoa em sua máxima vulnerabilidade e não somente em sua força; o tempo de afirmar que a vulnerabilidade humana não é indigna[3].

O tempo do final de vida é o kairós, não o tempo do relógio, mas aquele do Sagrado com um propósito específico, o tempo da visitação, da colheita, da bendição, da ação, o tempo justo e o tempo do desprendimento. Fase de aparar arestas, momento individual, especial e único – um tempo de tocar, olhar, estar presente, ouvir, escutar, silenciar e de dar permissão.

A espiritualidade representa a essência humana, uma qualidade de forças constitutivas que estabelece o vínculo de cada ser humano em sua singularidade e individualidade com o Sagrado, numa relação para além do intelecto, em comunhão com a transcendência que busca um significado último baseado em fé, amor, confiança, partilha e esperança, fazendo com que o indivíduo centrado no seu próprio eu busque e consiga a paz interior.

Viver a espiritualidade é algo individual que pode ocorrer de forma natural na vida ou suscitado pela fase de doença ou sofrimento, e na proximidade da morte pode atingir um significado como nunca o teve antes, o que é de grande importância para superações já que ajuda a restaurar a esperança e encontrar um significado para a vida diante da doença.

A esperança advinda dessa espiritualidade é fundamental para um efeito positivo na saúde e ao contrário do que se pensa não representa viver na ilusão, mas sim que, apesar de todo os percalços e prognósticos a vida continua a ter sentido, pois é a época do indivíduo buscar um significado e a necessidade de amor e de relacionamento a fim de viver o tempo que resta da melhor forma possível, mesmo na finitude, pois ainda que diante da inevitabilidade da morte o sofrimento pode ser modificável[4].

Talvez a grande dificuldade seja estabelecer a forma como será feito esse acompanhamento espiritual àquele que sofre, para que brote nele a espiritualidade e a esperança já que há que se penetrar no mundo interior do enfermo e em toda a sua biografia, descobrindo seus medos e gritos mais profundos, permanecendo ao lado em um acolhimento incondicional, em uma relação de ajuda empática, de toque e olhar afetivo, talvez em um silêncio terapêutico, mas sempre facilitando o perdão e infundindo uma esperança realista[5]; tarefa difícil, pois lidar com a espiritualidade do outro é viver a própria[4].

A religiosidade codifica a experiência com o Sagrado, independente da definição que cada um faça deste, ou que nome lhe atribua, através de um poder doutrinário, moral e ritual buscando responder às perguntas básicas, especialmente aquelas sobre sofrimento e a morte[6].

Um ritual importante para a religião é a oração, a qual permite ao indivíduo estar aberto à energia divina e permitir ser mudado, um caminhar interior, constituindo-se num canal com Deus, uma luz no caminho, porém sendo necessário o silêncio, pois este é a atividade profunda para o amor que escuta[7].

Aderir a uma crença religiosa é uma forma de viver a espiritualidade, porém é possível vivê-la sem ter religião que representa uma visão humanizada e nem sempre correta do Sagrado, por meio de uma doutrina exclusivista, com cada crença ou seita acreditando ser o seu o único caminho, a única resposta.

Viver uma religião é uma obra de fé constituída a partir de necessidades de auxílio, de partilha e de rituais. A ritualidade traduz e faz compartilhar o Sagrado por emanar essa força superior não palpável, não ouvida, mas apenas e muito especialmente sentida [...] representando nossa história, servindo de auxílio espiritual ao enfermo e à família e tendo para cada pessoa um significado diferenciado [...] algo superior a conceitos teóricos, a definições de religiosos ou a divergências de crenças[8].

Uma particularidade importante na ritualidade religiosa é a música que talvez sirva como um pedido a Deus para que receba o falecido com alegria ou transmita o amor compartilhado, ou procure dizer que a tristeza do momento não apagará o tudo de felicidade que a vida ofereceu[8].

O grande desafio é responder à pergunta: Por que falar de espiritualidade diante da doença grave ou morte iminente? A resposta que podemos esboçar é devido a sermos mais que uma materialidade biológica, porque a tecnologia médica está se esquecendo do sofrimento humano e porque aquele que sofre e se aproxima da morte não busca respostas, mas amor transmitido pelo acolhimento que (re) signifique a sua vida.

Para muitos pode parecer loucura falar de espiritualidade dentro de um hospital com o paciente morrendo. Mas isto faz parte do cuidado da dor total, buscando a ligação da corporeidade com a transcendência, com a certeza de que não podemos impedir a angústia do outro, mas sim, podemos contê-la e transmitir o sentimento de que apesar de tudo lhe serviremos de proteção[9].

O que busca aquele que sofre é ser compreendido através da empatia que está no coração e na arte de ouvir[6], que lhe dê a convicção para afirmar “eu valho para alguém”[10], uma ajuda diante de incertezas do futuro e das dificuldades atuais[4], o amparo para encontrar sua própria resposta íntima[9], uma proximidade humana que ligue os seres humanos entre si[9], ser tratado não como uma pessoa doente, mas como uma pessoa com uma história e seus mistérios[9].

Devemos analisar quais são as necessidades espirituais daquele que sofre ou se aproxima da morte, que podem dar sentido a existência, ou de reconciliação de reconhecimento da identidade, da verdade, da liberdade, do enraizamento e da pertença, de orar, de um simbolismo ritual, de cumprir o dever, de gratidão e até de solidão e silêncio[11]. E diante das dúvidas, desamparo, apego, impaciência e cólera, orgulho, abandono devemos prover o outro em bondade, esperança, generosidade, paciência, humildade e paz[9].

Todo aquele que se dispõe a compartilhar a espiritualidade com um doente em sofrimento ou próximo da morte deve saber que eles encontram-se num tempo suspenso, diferente do tempo cronológico de quem fica que é baseado em passado, presente e futuro[9] e que o grande trabalho de quem cuida é compartilhar com o paciente o seu passado para recordá-lo, celebrá-lo e reconciliá-lo, o presente para enfrentá-lo e o futuro para muni-lo de esperança[7].

A espiritualidade é uma força invisível essencial em nossas vidas, trazendo um sentido de continuidade e significação para a nossa existência[10] e a preocupação com essa dimensão aproxima o doente do profissional de saúde[4] podendo para ambos surgir o entendimento de que inerente ao sofrimento há uma conquista e que se a vida tem um sentido o sofrimento também o terá[12].

Vivendo essa espiritualidade diante daquele que sofre ou se aproxima da morte que as pessoas possam entender que o milagre não representa somente a cura, mas a capacidade de doar-se, de amar, de compartilhar, de ter compaixão e misericórdia e que ser espiritual é ser humilde tornando-se o Deus vivo para o outro através do amor ativo da proximidade humana, da simpatia, da confiança, da entrega, da partilha, do acompanhamento, da aceitação das dúvidas, das inquietações e das revoltas, inclusive contra Deus e, sobretudo, através do acolhimento e do cuidar.

Observação: texto escrito pela comemoração do Dia Mundial dos Cuidados Paliativos 12/10/19 (sempre segundo sábado do mês de outubro) que este ano tem como tema "Meu cuidado. Meu direito".

Notas:

[1] OMS

[2] Bíblia Sagrada

[3] Rodrigues

[4] Pinto

[5] Mendes

[6] Bertachini; Pessini

[7] Arbeláez

[8] Oliveira

[9] Hennezel

[10] Alves

[11] Mendes J

[12] Frankl

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