O que Jesus instituiu, a Eucaristia ou o celibato dos padres?

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18 Junho 2019

Diante ao fato de tantos cristãos que se precisam ficar sem a Eucaristia cada semana, por falta de padres, há aqueles que suspeitam, esperam ou temem que o Papa possa tomar uma decisão inesperada.

A reflexão é de José María Castillo, teólogo espanhol, publicada por Teologia sin Censura, 16-06-2019. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Essa possível decisão, para alguns dá medo, enquanto que a outros, entusiasma.

Hoje em dia, às vésperas do Sínodo da Amazônia, fala-se e suspeita-se que o Papa Francisco pode tomar uma decisão inesperada, decisiva e surpreendente. Dado o fato de que tantos cristãos ficam sem Eucaristia a cada semana, por falta de padres, alguns suspeitam, esperam ou temem que o Papa possa cortar essas perdas e, como consequência, decidir pela ordenação como sacerdotes para homens casados ou mulheres ou sabe-se lá.

Essa possível decisão, dá medo em alguns, enquanto outros estão animados. Alguns se apegam à tradição secular da Igreja em relação ao celibato sacerdotal. Outros lembram a velha tradição dos "viri probati". Em alguns, há mal-estar. Em outros, esperança ... Total, uma bagunça e uma bagunça importante.

Visto que chegamos a essa situação na Igreja, eu me pergunto: mas será que estamos loucos? Perdemos o sentido do mais essencial? Estamos, verdadeiramente, andando extraviados na Igreja?

Eu coloco essas questões por uma razão muito elementar: o que Jesus instituiu? A Eucaristia ou o celibato dos sacerdotes? Então, o que é mais importante? Ser fiel a Jesus? Ou ser fiel ao que foi inventado no concílio de Elvira, por um pequeno grupo de bispos que se encontraram (aparentemente) no atual bairro de Zenete, em Granada?

É duro o que direi, mas não posso me calar. Andamos tão desnorteados, que vemos como algo lógico que se duvide se damos a razão ao Evangelho ou aos xamãs do norte da Ásia, que segundo aponta Eric Robertson Dodds, deram apoio para que os estoicos do século V (A.C) pusessem em marcha o “puritanismo da cultura ocidental.

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