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O religioso e o político. Artigo de Emilce Cuda

Foto: Pixabay

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13 Novembro 2018

“Quando o religioso começa a deslocar o político, colocando em risco o Estado de Direito, a volta ao teológico como razão na fé é algo a se levar em conta. Diante da crise dos partidos políticos, não se deveria deixar o campo da fé nas mãos de principiantes”, escreve Emilce Cuda, doutora em Teologia Moral Social pela Pontifícia Universidade Católica Argentina, em artigo publicado por Página/12, 11-11-2018. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

O que está acontecendo? A religião se politiza e a política deixa de ser o espaço do secular? No século XXI, o critério de juízo político se desloca, pouco a pouco, da justiça social à moral. Tanto no Brasil como na Argentina – só para tomar dois exemplos latino-americanos –, bispos apelam à política e funcionários públicos à religião. Sem falar do Papa, que canoniza sacerdotes assassinados pelo sistema e martirizados pela fé.

Enquanto isso, quem fala de injustiça social é acusado de corrupção e quem reivindica igualdade, de ideologia. O totalitarismo é percebido como democracia. Agnósticos defendem o pobre e cristãos o rico. A ganância obscena é exibida como êxito nas capas de revistas, e a pobreza é invisibilizada. O marginalizado prefere o corte orçamentário corretivo à riqueza distribuída; o crente, a apostasia à misericórdia; e o desempregado, a migração em caravana à revolução, o sindicalismo e os partidos políticos.

Uma das consequências da Revolução Industrial foi a secularização do político. A luta deixou de ser guerra por verdades religiosas entre as elites e passou a ser luta partidária por direitos sociais para os trabalhadores. O campo social se dividiu em dois. Deixou de ser uma guerra horizontal entre deuses para ser uma luta vertical entre os de cima e os de baixo. Hoje, os trabalhadores – empregados e desempregados – voltam a estar desorganizados e isso os torna vulneráveis a falsas crenças. A fé política deixa de ser depositada nas instituições republicanas e democráticas. Deposita-se em um além teológico-terrenal, como no caso dos migrantes hondurenhos, ou dos eleitores brasileiros seguidores de uma falsa Teologia da Prosperidade.

Visto de forma simples, parece que a ordem das coisas se inverteu. O Papa agora está do lado dos pobres, convidando os descartados do sistema para que se organizem politicamente, não só em defesa de seus direitos humanos, mas também - e sobretudo -, de seus direitos civis e sociais. Quando o Pontífice latino-americano denuncia a injustiça social, não faz isso em termos religiosos, mas políticos. E quando os bispos tomam a palavra pública e se colocam ao lado dos trabalhadores, não recorrem a fundamentos religiosos, mas constitucionais. Ao contrário do que ocorre no âmbito religioso, no político, as campanhas presidenciais giram em torno de categorias religiosas e falsos fundamentos teológicos.

Para aqueles que, dentro e fora da Igreja Católica, questionam o compromisso social dos pastores com cheiro de ovelha, é chave fazer a distinção entre religião e teologia para ressaltar a pertinência desta última no campo do político, e não assim o da religião. O cristianismo justamente nasce como crítica às religiões de Estado, conforme destacou o cardeal Joseph Ratzinger em seu conhecido debate com Paolo Flores D’Arcais, no ano 2000.

A teologia é discurso sobre Deus, mas também pensamento crítico ou profético, para usar uma categoria apropriada, sobre a obra de Deus - ou seja, o mundo e o homem -. Como destacou Gustavo Gutiérrez, uma parte da teologia latino-americana tenta despertar os povos da libertação em lugar de nos adormecer na escravidão. Contudo, essa libertação tem, em última instância, um fim transcendente. Por isso, a tomada de posição de seus pastores no campo do político sempre é conjuntural e não partidarista.

Buscando descolar a teologia da religião de Estado - enquanto funcional aos fins do poder político -, o discernimento social da Igreja, desde sua primeira encíclica Rerum Novarum, traduz a moral religiosa em justiça social. O fundamento evangélico é que sem esta última não há paz verdadeira, a não ser augusta. Por conseguinte, tanto o Papa Francisco como os pastores católicos que fazem eco às demandas populares pela paz, pão, terra, teto e trabalho atuam em concordância com os documentos sociais pontifícios e episcopais.

Laudato Si’ é uma encíclica social com tanta validez teológica como o restante das encíclicas. Criticar o Papa Francisco se apoiando em definições do magistério social pontifício anterior é desconhecer a reflexão teológica social como processo histórico e pensamento situado. Que isto fique bem claro para que não se envolva a opinião pública em retóricas pseudo-doutas que mascaram discursos partidaristas e ideológicos com uma enxurrada de citações pseudo-jurídicas. A atitude crítica dos pastores católicos, hoje e sempre, é o resultado de um discernimento, a partir de suas crenças evangélicas, sobre a realidade concreta, mas em termos políticos, não religiosos. É evangelho situado e não moral manualística.

A unidade na diferença que, por analogia com o teológico, o Papa Francisco impulsiona em nível cultural como solução conjuntural ao conflito político, tem seu fundamento no símbolo trinitário, antes que em uma prática religiosa ou partidária. A ideia do uno e trino introduzida pelo cristianismo representou uma ameaça à teologia política do uno imperial, desde seus inícios. Reduzir a teologia católica ao debate moral-religioso como instrumento de criminalização do protesto social é uma armadilha estratégica: só atrasa o momento da decisão política justa que possa garantir a vida boa para todos os setores sociais.

Quando o religioso começa a deslocar o político, colocando em risco o Estado de Direito, a volta ao teológico como razão na fé é algo a se levar em conta. Diante da crise dos partidos políticos, não se deveria deixar o campo da fé nas mãos de principiantes.

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