08 Junho 2018
Eu e a irmã com quem eu moro, a Irmã de Loretto Roberta Hudlow, nos acostumamos a levar sacolas de pano para o supermercado. E levamos as poucas sacolas de plástico que ainda acumulamos por engano de volta ao supermercado. Mas há alguns meses Roberta tornou-se representante das irmãs de Loretto no Conselho Ecológico Intercomunitário de St Louis. E então abriu os olhos para a onipresença do plástico.
O depoimento é de Mary Ann McGivern, publicado por National Catholic Reporter, 07-06-2016. A tradução é de Luísa Flores Somavilla.
Os oceanos e as praias estão ficando cheios de plástico, matando peixes, aves, répteis e mamíferos que o ingerem pensando que é comida. Esses resistentes canudos de plástico entram no nariz de grandes tartarugas marinhas. Vi uma foto de um cavalo-marinho com a cauda enrolada num cotonete rosa. Em 1967, um amigo da família aconselhou Dustin Hoffman a abordar o tema do plástico no filme "A Primeira Noite de um Homem". Errado.
Roberta e eu começamos a tentar nos livrar do plástico na nossa casa. Compramos café de comércio justo, um artigo valioso. Hoje de manhã descobri que os sacos de "papel" são laminados com plástico por dentro. Tortas, nozes, baterias, maionese, uísque — tudo entregue em plástico. Lembro de quando eu pensava que o plástico era muito melhor do que o vidro porque é mais leve. Imagina só!
Há um restaurante nos Jardins Botânicos de Missouri que fornece copos, pratos e utensílios biodegradáveis de milho. Mas sacos de colocar comida no freezer biodegradáveis seriam inúteis. Até mesmo o papel para congelar comida que usávamos antigamente é revestido de plástico.
"Alguns dizem que o mundo vai acabar em fogo. Outros dizem em gelo", diz Robert Frost. Sufocados em plástico é outra possibilidade.