Alemanha. Cardeal Reinhard Marx apresenta sua renúncia ao Papa Francisco pelo escândalo de abusos sexuais na Alemanha

Mais Lidos

Newsletter IHU

Fique atualizado das Notícias do Dia, inscreva-se na newsletter do IHU


Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

04 Junho 2021

 

Bomba na Igreja Alemã. O cardeal de Munique, Reinhard Marx, pediu renúncia do seu cargo e o colocou à disposição ao Papa Francisco, num gesto com o qual quer “compartilhar a responsabilidade pela catástrofe dos abusos sexuais na Igreja nas últimas décadas”. Marx, até o ano passado presidente do episcopado alemão, tem 68 anos (sete a menos que os 75 que marcam a renúncia obrigatória).

A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 04-06-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

A carta de Marx, que a diocese publicou em seu site com a permissão expressa de Bergoglio (que lhe respondeu informando que “deve continuar seu serviço episcopal até que tome uma decisão”) é uma assunção de responsabilidades das falhas sistemáticas que, na última década, causaram sofrimento a boa parte da Igreja alemã na gestão dos casos de abusos e que motivaram, entre outras questões, a renúncia do arcebispo de Hamburgo, e a investigação vaticana ao cardeal Woelki e à diocese de Colônia (a maior do país) por possíveis encobrimentos.

“Houve muitas falhas pessoais e erros administrativos”, constata Marx, mas “também falhas institucionais ou sistêmicas”. Os últimos exemplos, na opinião do purpurado, mostram como “alguns na Igreja não querem admitir essa corresponsabilidade e, portanto, também a cumplicidade da instituição, e se opõem a qualquer reforma e renovação do diálogo em relação com a crise dos abusos”.

“A Igreja Católica chegou a um ponto morto”

Marx rejeitou claramente esta posição, defendendo com veemência que o “Caminho Sinodal” deve continuar, porque “a Igreja Católica chegou a um ponto morto”. Com sua renúncia ao cargo, e à espera de que o Papa a aceite, ou não, “quero mostrar que não é o cargo que está em primeiro plano, mas sim o mandato do Evangelho”.

Em sua declaração, Marx acrescentou que havia pensado repetidamente em renunciar ao cargo durante os últimos meses. “Gostaria de deixar claro, estou pronto para assumir a responsabilidade pessoal, não apenas pelos meus próprios erros, mas pela Igreja como instituição, que ajudei a moldar durante décadas”.

 

Leia mais

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Alemanha. Cardeal Reinhard Marx apresenta sua renúncia ao Papa Francisco pelo escândalo de abusos sexuais na Alemanha - Instituto Humanitas Unisinos - IHU