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O Grafite e Slam como expressões contemporâneas da resistência negra ao racismo estrutural

Grafite de Cleverson Café, em Curitiba, que retrata Abdias do Nascimento, Enedina Alves Marques e Sabotage (Fonte: Instagram de Cleverson Café)

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Por: Igor Sulaiman Said Felicio Borck | 25 Mai 2021

 

A pintura é uma arte, e a arte, em seu conjunto, não é a criação sem finalidade que cai no vazio. É uma força cujo objetivo deve se desenvolver e apurar a alma humana. É uma linguagem que fala à alma e a única que ela pode entender” (Kandinsky – Do espiritual na arte - 1912).

Compreender as expressões artísticas e estéticas contemporâneas como formas criativas de resistência e enfrentamento ao racismo estrutural em nossa sociedade é fundamental para que tenhamos uma noção de como as lutas sociais se desenvolvem em diferentes campos de combate às desigualdades sociais e raciais.

Dessa forma, expressões culturais como o Grafite e o Slam tem cativado muito jovens no Brasil e no mundo, interessados em se engajar nas lutas sociais de combate às desigualdades sociais e ao racismo. Infelizmente, o racismo e a segregação ainda são marcas fortes de nosso tempo, que insistem em perseguir a juventude, destruindo seus sonhos e mitigando suas expectativas de futuro.

Grafite e Slam como expressões contemporâneas da resistência e da ancestralidade foi o tema do terceiro encontro pela série de debates [online] Sociedade e Racismo, promovida pelo CEPAT e seu parceiros, que ocorreu no dia 21/05 (sexta-feira), às 19h30, e contou com os debatedores Cleverson Café, que é Grafiteiro na cidade de Curitiba, e Vânia Bizario da Silva Rodrigues, que faz parte do Slam Alferes Poeta.

Na primeira parte desse encontro, Cleverson Café em sua exposição ressaltou a importância do grafite como uma arte contemporânea de resistência e desconstrução do racismo estrutural na atualidade. Café lembrou em sua fala que o grafite é uma das expressões que compõem o gênero artístico do Hip Hop, que tradicionalmente empodera os jovens negros e que traz em suas letras as problemáticas sociais acerca do cotidiano desigual dos grandes centros urbanos, explicitando as tensões entre a periferia e o centro das grandes cidades, bem como a desigualdade social de renda, gênero, questões de sexualidade e diversidade cultural.

 

Cleverson Café no debate "Grafite e Slam como expressões contemporâneas da resistência e da ancestralidade"

 

Café mostrou em sua intervenção que o grafite é uma forma de pintura, feita nos muros e paredes das cidades que questiona os problemas sociais enfrentados pelas pessoas, principalmente pelas pessoas silenciadas pela arte tradicional, onde, por exemplo, os jovens negros tem a oportunidade de expressar, através das pinturas, os seus anseios de classe e suas demandas por transformação social.

Cleverson Café argumentou que é necessário “resistir para existir”, nesse sentido, para ele, “resistir é questionar”. Para Café o grafite tem ganhado muito força entre os jovens, justamente por isso, por ser um instrumento de luta e resistência, que serve para questionar as velhas estruturas sociais e assim evidenciar no debate público as temáticas relacionadas aos problemas sociais da exploração capitalista às quais estão submetidas as pessoas pobres e vulneráveis que vivem nas periferias das cidades brasileiras, que em sua grande maioria são negras.

Citando Kandinsky: “a arte está além da teoria e da prática, mas como uma experiência espiritual, tanto para o artista que realiza a obra, como para o expectador que aprecia essa”, Café argumentou que a arte, principalmente a pintura, pode de maneira efetiva tocar nos corações das pessoas, e assim, através relação que as pessoas estabelecem com a obra, se sensibilizam e refletem mais sobre as questões sociais que nos envolvem enquanto coletividade. Citando Nina Simone, cantora norte-americana, Café disse que “é uma obrigação artística refletir meu tempo” e assim fazer com que outras pessoas além do artista também o façam.

Para Café, o grafite convida para uma de sensibilização, onde é possível o expectador ter um momento de pausa, que o leva a um re-olhar para si e para o outro. A arte nesse sentido, é resistência, mas também é libertação, isso porque ela propicia para quem a vê a possibilidade de desnaturalização das desigualdades, convida ao um momento de reflexão sobre os problemas sociais tão naturalizadas e invisibilizados de nosso cotidiano. Portanto, para Café, esse momento de pausa pode ser entendido como uma contemplação necessária para entender o contexto em que a sociedade está submersa.

Para encerrar sua fala, Café mostrou um pouco de suas obras pela cidade de Curitiba, que buscam retratar a ancestralidade do povo negro, invisibilizados por tantos anos na estética curitibana da arte urbana. Em uma série de desenhos, realizados por Café pelos muros da cidade, podemos ver os traços e as cores da cultura negra, sua religião, sua estética, sua beleza, seu empoderamento, sua cultura, sua luta e a sua resistência. Para conferir melhor a obra de Café, você pode acessar o Instagram do artista clicando nesse link.

Na sequência do debate, dialogando com Café, Vânia Bizario da Silva Rodrigues expôs um pouco sobre como o Slam também é uma expressão contemporânea de resistência, porque através das poesias faladas os artistas conseguem denunciar os problemas sociais que vivem.

 

Vânia Bizario da Silva Rodrigues, no debate "Grafite e Slam como expressões contemporâneas da resistência e da ancestralidade"

Para Vânia, essa forma de resistir tem ganhado cada vez mais espaço na sociedade, porque principalmente os jovens gostam muito do Rap, que é muito semelhante ao Slam, porque é uma poesia rimada e ritmada. Dessa forma, para Vânia, o Slam tem se mostrado uma forte ferramenta para jovens expressarem seus sentimentos, angústias e sonhos de um mundo melhor e mais justo.

Vânia falou também aos participantes do debate sobre o Slam Alferes Poeta, que foi criado no Bairro Parolin, em Curitiba, como uma forma de resistência e de denúncia das violações aos direitos humanos cometidos no bairro por parte do poder público. Segundo Vânia, através do Slam, os “guris e gurias” do bairro tem voz e vez para denunciar a falta de aparelhos públicos de cultura para juventude, bem como as atrocidades policiais sofridas pela juventude do bairro onde reside e resiste.

Vânia também mostrou como o Slam e o Rap ajudaram a organizar a juventude periférica de Curitiba, propiciando espaços de formação coletiva, feita pelos jovens para os próprios jovens. O Slam e o Rap ajudaram a consolidar diversos grupos culturais por onde Vânia passou, como o Grupo de Rap “Minas Conscientes”, que em parceria com o Grupo de Rap “Consciência Suburbana” desenvolveram diversas oficinas de formação política nas escolas públicas e particulares, em associações de moradores, asilos e festivais, que procuraram conscientizar os jovens de que os elementos da cultura Hip Hop podem propiciar uma alternativa aos jovens, seja no plano material quanto no plano social e político para mudar sua realidade.

 

Igor Borck, do CEPAT, Cleverson Café, Vânia Bizario da Silva Rodrigues e Sandro Fernandes, do Instituto Dialogar, no debate "Grafite e Slam como expressões contemporâneas da resistência e da ancestralidade"

Vânia também ressaltou em sua fala que o Slam Alferes Poeta reúne não só jovens do bairro Parolin, mas também poetas de vários lugares de Curitiba e Região Metropolitana, e que também congrega artistas do teatro e cantores de outros segmentos musicais, se mostrando como um importante espaço que reúne diversas expressões contemporâneas de resistência e combate às desigualdades sociopolíticas em Curitiba e na região Metropolitana. Para conhecer mais sobre o trabalho do Slam Alferes Poeta você pode clicar nesse link.

No final do debate, Café e Vânia puderam expor um pouco mais de sua arte. Café nos mostrou um vídeo que retrata um trabalho desenvolvido entre grafiteiros de Curitiba – do qual fez parte - em parceria com o Colégio Medianeira, para a revitalização do muro do colégio. Fica evidente no vídeo e na fala de Café que muito além de uma mera revitalização, o projeto do grafite do muro do colégio transformou um simples muro em um espaço de resistência, que valoriza as culturas periféricas e convida os transeuntes a refletir sobre o mundo à sua volta. Na mesma oportunidade, Vânia nos brindou com um de seus poemas, fazendo a leitura de seus versos que empoderam a juventude periférica, que através do Hip Hop pode fazer diferente e criar novas narrativas sobre o jovem periférico.

 

Você pode acompanhar o debate na íntegra, clicando no vídeo abaixo.

 

 

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