• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Abolir a Copa do Mundo. Artigo de Toby Miller e Joan Pedro-Carañana

Mais Lidos

  • Por que a Igreja não quer e não pode abolir a lei do celibato? Artigo de Leonardo Boff

    LER MAIS
  • Dilexi te: “Não é caridade, mas Revelação.” Leão XIV e o 'magisterium pauperum'. Artigo de Andrea Grillo

    LER MAIS
  • Vozes de Emaús: Muito obrigado, Papa Leão XIV. Artigo de Marcelo Barros

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    Festa de Nossa Sra. Aparecida – Maria, presença solidária que antecipa a hora da alegria messiânica

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

11 Outubro 2025

O futebol precisa desesperadamente de uma transformação drástica para interromper seu impacto ambiental, a corrupção, as violações sistemáticas dos direitos humanos, o patrocínio de empresas altamente problemáticas e a lavagem de dinheiro por casas de apostas.

O artigo é de Toby Miller e Joan Pedro-Carañana, publicada por El Salto, 10-10-2025. 

Eis o artigo. 

O futebol é mais popular que Jesus de Nazaré e John Lennon juntos. E, à primeira vista, parece um passatempo pouco prejudicial ao meio ambiente: os jogadores só precisam de uma bola, algum espaço e vontade de correr. Mas os dados são assustadores: o futebol é responsável direto por 0,3–0,4% das emissões anuais de dióxido de carbono do mundo, equivalente às emissões da Dinamarca. O Wall Street Journal informa que, em 2024, este esporte gerou mais de 30 milhões de toneladas métricas de CO₂, derivadas do uso de combustíveis fósseis como fonte de energia, equivalente à queima de 150 milhões de barris de petróleo. Cada partida da fase final da Copa do Mundo masculina emite entre 44 mil e 72 mil toneladas de gases de efeito estufa, a mesma quantidade que 30 mil  a 50 mil carros nas estradas britânicas por ano. Estudos recentes estimam que as emissões da Copa do Mundo variam entre 1,65 e 3,63 milhões de toneladas de CO₂e no período de 2000-2026.

Consideremos também como são fabricados os equipamentos básicos do futebol: chuteiras e bolas. Gerações de cangurus foram sacrificadas, com o aval do governo australiano, como matéria-prima para botas de “couro k”, enquanto as bolas provenientes do Paquistão são feitas de couro sintético derivado do petróleo, borracha e algodão extraídos de espécies vegetais, e couro e cola obtidos de animais sacrificados antes de seu ciclo natural de vida. Os 60 milhões de bolas vendidas em 2010 viajaram dos ateliês de costura de Sialkot até os campos profissionais de futebol da Europa e América. Primeiro estão os ateliês de costura, muitas vezes clandestinos, aos quais se somam empresas de transporte, administrações alfandegárias, equipes, indústria publicitária, varejistas de artigos esportivos e grandes lojas. A cadeia transforma uma bola de 63 rúpias (0,62 euros) em um produto que custa mais de 100 euros.

Pensemos também na água e nos produtos químicos usados na construção e manutenção dos estádios, na eletricidade necessária para assistir aos jogos e apostar ou noticiar eletronicamente sobre eles e no impacto do turismo.

O patrocínio de empresas com altas emissões de CO₂ é responsável sozinho por 75% das emissões do esporte, pois estimula a demanda por produtos e estilos de vida altamente poluentes. As grandes multinacionais “ecobrancas” utilizam o futebol para encobrir suas vergonhas ambientais. Por exemplo, pouco depois de a Repsol derramar milhares de barris de petróleo em 1.400 hectares da costa do Pacífico peruano em 2022, matando a vida nativa e destruindo os meios de subsistência de milhares de pessoas, a empresa assinou patrocínio com a seleção nacional. O lema do projeto, também associado ao apoio a representantes de jovens e mulheres, foi “Vejamos o futuro”. Em nosso país, Repsol e Petronor fecharam um acordo para fornecer energia renovável ao Athletic Club de Bilbao, supostamente demonstrando o compromisso da multinacional com a descarbonização. Enquanto isso, a Autoridade de Normas de Publicidade do Reino Unido descobriu que a Repsol distorceu seu compromisso ambiental ao destacar sua produção de combustíveis sintéticos e biocombustíveis, quando na realidade esse tipo de combustível representa apenas uma pequena fração de seu negócio principal, que continua sendo combustíveis fósseis.

A candidatura apresentada em 2009 pelo Catar para a Copa do Mundo de 2022 prometia um evento neutro em CO₂. O dano causado pela construção das instalações, pela dessalinização e pelo uso de água em clima árido seria compensado porque, segundo os organizadores, as gerações futuras desfrutariam das instalações. Hoje podemos afirmar que os benefícios obtidos não repercutiram na população local. As promessas eram mera propaganda, resumidas em “amanhã, cadáveres, aproveitareis”, citando Jesus Ibáñez.

A candidatura teve sucesso, apesar de já haver evidências de compra de votos, e a implementação do projeto resultou em desprezo total pelos direitos trabalhistas e humanos: exploração massiva de trabalhadores migrantes, acidentes de trabalho, salários irrisórios e jornadas impossíveis. Quanto à suposta sustentabilidade, os resultados foram contrários aos anunciados. Por exemplo, a poluição gerada pelo ar-condicionado dos estádios para suportar o clima do Catar, bem como os 150 voos diários dos participantes, confirmam a sentença da revista New Yorker: a FIFA é “uma instituição antiquada”.

A FIFA havia afirmado que os rendimentos serviriam para mitigar as emissões, uma presunção impossível de cumprir. De fato, seriam necessários plantar 600 milhões de árvores para contrabalançar a calamidade climática provocada pelo Catar 2022. Apesar da marca registrada Sustainable FIFA World Cup 2022TM, o saque ambiental do evento foi maior que o de qualquer outro Mundial ou Jogos Olímpicos de verão. Como de costume, os Estados Unidos forneceram a maior quantidade de turistas internacionais, emitindo 191.055 toneladas de CO₂, incluindo surpreendentes 14.700 toneladas produzidas por jatos privados.

O jornal Le Monde expôs a propaganda ambiental como um “espejismo” e a revista Scientific American qualificou o evento como uma “catástrofe climática”. Sem dúvida, “a Copa do Mundo mais suja” da história, banhada em petróleo e corrupção. O coletivo francês Notre Affaire à Tous explicou: “Ao apresentar a Copa do Mundo como neutra em carbono, a FIFA faz os fãs acreditarem que participar de um evento desse tipo não tem impacto no meio ambiente, o que é claramente incompatível com as viagens internacionais da Copa que afetam as emissões de gases de efeito estufa”.

A Comissão Suíça para a Equidade recebeu queixas da Notre Affaire à Tous junto à Carbon Market Watch (Bélgica), ao New Weather Institute (Reino Unido), ao Alliance Climatique (Suíça), à entidade holandesa Reclame Fossiettvrij e ao Fossil Free Football (internacional). A Comissão determinou que a FIFA havia mentido ao afirmar que a Copa era o primeiro evento desse tipo “totalmente neutro em carbono”.

Em 2026, a Copa do Mundo masculina será ampliada para incluir 48 seleções nacionais. Pela primeira vez, os jogos ocorrerão em três países enormes: Canadá, México e Estados Unidos, em quatro fusos horários, em 16 sedes separadas por vários milhares de quilômetros e com transporte público irrisório. Esperam-se 5,5 milhões de espectadores, que precisarão usar mapas para localizar as sedes: Cidade do México marcará o ponto mais ao sul, Vancouver o do norte, Boston o do leste e San Francisco o do oeste. Em termos logísticos, praticamente todos os deslocamentos serão aéreos devido à primitiva infraestrutura ferroviária. A Radio France se refere a isso como um “coquetel altamente carbonatado”. O New Weather Institute com Scientists for Global Responsibility calcula que as emissões da aviação “aumentarão entre 160% e 325% em cada um dos três torneios de 2026, 2030 e 2034” em comparação com Copas recentes.

Além disso, no período programado — pleno verão —, 96% da população dos EUA experimentou em 2023 calor extremo durante uma ou mais semanas, e 45 cidades tiveram temperaturas médias muito altas. 2024 quebrou inúmeros recordes devido a padrões até então desconhecidos de seca e fortes chuvas.

Os impactos ambientais no México são horríveis. A reserva Primavera de Guadalajara está próxima ao estádio Akron. A reserva é lar de pumas, uma espécie quase extinta, veados, águias-reais e aves migratórias. A conservação da fauna e flora silvestres está em grave risco devido à Copa do Mundo. A presença de 50 mil espectadores e 4 mil carros provocará tensões importantes nos recursos hídricos da Cidade do México e Monterrey (também junto a um corredor biológico chave).

A ecologia só importa no futebol como instrumento de imagem pública das associações dirigentes, dos países anfitriões e dos patrocinadores. A Copa do Mundo é simultaneamente “o maior festival esportivo do planeta e uma sórdida máquina comercial que gera enorme custo humano e ambiental, em benefício de torturadores, exploradores e insaciáveis gananciosos”. A ecologia só importa no futebol como instrumento de imagem pública das associações dirigentes, dos países anfitriões e dos patrocinadores. Em vez de greenwashing e pseudorreformas, o futebol precisa desesperadamente de uma transformação drástica para interromper seu impacto ambiental, a corrupção, as violações sistemáticas dos direitos humanos, o patrocínio de empresas problemáticas e a lavagem de dinheiro por casas de apostas. As alegações de neutralidade de carbono da Copa do Mundo são apenas retóricas. Na realidade, ela se tornou uma “Copa do Mundo de greenwashing”.

Somos fãs de futebol, mas não há alternativa: a festa do CO₂ precisa acabar.

Abolir a Copa do Mundo!

Leia mais

  • Calor extremo ameaça jogadores na Copa do Mundo de 2026
  • Ondas de calor aumentaram 60% desde 2007 e ameaçam saúde global, revela estudo internacional
  • Onda de calor na Europa mata 2,3 mil em dez dias
  • Os rios secam e a floresta queima: a Amazônia e seus povos à beira da exaustão. Artigo de Gabriel Vilardi 
  • Mudança climática causou 56% das mortes por calor na Europa
  • A crise climática: estamos morrendo de calor
  • Calor matou quase 50 mil na Europa em 2023, diz estudo
  • Onda de calor em 2022 causou mais de 61 mil mortes na Europa
  • Calor extremo na Europa e os efeitos do aquecimento global
  • Ondas de calor na Europa estão ligadas às mudanças climáticas
  • Ciência não consegue explicar calor recorde de julho
  • Calor extremo na Europa e os efeitos do aquecimento global
  • Mortes por calor extremo podem aumentar 5 vezes até 2050
  • Número de dias com ondas de calor passou de 7 para 52 em 30 anos
  • Mudança climática intensificou calor, e verão de 2023 foi o mais quente já registrado no Hemisfério Norte
  • Aquecimento global é “questão candente de direitos humanos”
  • O documentário “Muito quente para trabalhar” expõe condições de trabalho em tempos de aquecimento global
  • Aquecimento global aumentará a frequência das secas repentinas sobre terras cultiváveis
  • Para cientista Carlos Nobre, demarcações de terras indígenas são arma contra aquecimento global
  • Aquecimento global aumenta a frequência dos furacões
  • Aquecimento global está mudando o ciclo da água em todo planeta
  • Como enfrentar o desespero sobre os próximos efeitos das mudanças climáticas. Artigo de Michael Sean Winters
  • Comunidade afetadas por mudanças climáticas precisam ser protegidas
  • A Torre de Babel das mudanças climáticas. Artigo de Carlos Bocuhy
  • Decrescimento demoeconômico com prosperidade e regeneração ecológica. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • O mundo pode alcançar um sistema de energia 100% renovável antes de 2050
  • Concentração de CO2 na atmosfera atinge novo recorde em maio de 2023. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves

Notícias relacionadas

  • Vice-presidente Joe Biden, católico, oficializa casamento homoafetivo

    O vice-presidente Joe Biden, católico, oficializou o casamento homoafetivo esta semana, no mesmo momento em que os debates na pol[...]

    LER MAIS
  • Comissão discute afrouxar propostas anticorrupção

    Parlamentares da comissão especial que analisa as medidas anticorrupção apresentadas pelo Ministério Público ao Congresso já[...]

    LER MAIS
  • Jornal revela novo escândalo de corrupção próximo ao presidente do México

    A primeira-dama do México, Angélica Rivera, utiliza um apartamento de luxo na Flórida que pertence ao grupo Pierdant, uma empre[...]

    LER MAIS
  • Quem são os responsáveis por mais essa morte no campo?

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados