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A tese de que Israel está cometendo genocídio em Gaza está ganhando força no mundo acadêmico após dois anos de ofensiva

Foto: Anadolu Agency

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11 Outubro 2025

A questão ainda divide especialistas, mas cada vez mais vozes autoritárias veem nas decisões do governo Netanyahu uma intenção de destruir, total ou parcialmente, os palestinos.

A reportagem é de Antonio Pita, publicada por El País, 08-10-2025.

Omer Bar Tov é um dos maiores especialistas mundiais em genocídio. Ele é israelense, mas reside nos EUA, onde leciona Estudos sobre Genocídio e Holocausto na prestigiosa Universidade Brown. Em dezembro de 2023, em entrevista a este jornal, dois meses após a invasão israelense de Gaza, ele declarou ter visto intenção e retórica genocidas em seu país, mas não tinha certeza se estavam realmente sendo cometidas. Hoje, ele tem. Seu caso não é isolado: vozes cada vez mais influentes em sua área de pesquisa acreditam que Israel está cometendo genocídio na ofensiva contra Gaza que lançou há dois anos, nesta terça-feira, após o ataque massivo do Hamas. No entanto, não há consenso absoluto. A questão — carregada de emoção e política — divide especialistas. Como Michael Berenbaum, que acredita que Israel provavelmente está cometendo crimes contra a humanidade, mas não genocídio, e acusa alguns de seus colegas de "diluir o significado" do crime dos crimes e permitir que sua "indignação" obscureça suas análises acadêmicas.

O ponto de virada de Bar Tov foi a ofensiva de Rafah em maio de 2024. "Cheguei à conclusão de que Israel não estava perseguindo seus objetivos oficiais de guerra, que eram supostamente destruir o Hamas e libertar os reféns", mas, em vez disso, estava avançando "destruindo tudo" para "tornar Gaza completamente inabitável e mover a população para o sul com o objetivo de expulsá-la". "Desde então, é claro, houve muito mais evidências desse padrão de operações e mais declarações genocidas", acrescenta.

O especialista levanta uma questão-chave no debate teórico sobre genocídio: o que explica essas ações? "O exército israelense não destrói casas porque elas são usadas como abrigos", responde. "Ele faz isso porque essa é a política. É uma destruição sistemática. E a única explicação para isso é matar membros do grupo [os palestinos], causando-lhes graves danos mentais e físicos." É um dos cinco atos que constituem genocídio citados na Convenção das Nações Unidas para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio, de 1948.

As outras quatro são: matar membros do grupo; submeter intencionalmente o grupo a condições de existência suscetíveis de causar sua destruição física, total ou parcial; medidas destinadas a impedir nascimentos dentro do grupo; e transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo. O número de mortes não é tão importante quanto a intenção comprovada de "destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal".

Definição legal

Dois eventos marcaram recentemente o debate. Primeiro, a entrada em cena da Associação Internacional de Estudiosos do Genocídio. É a mais importante e, há um mês, concluiu que as ações de Israel "se enquadram na definição legal de genocídio" prevista na Convenção. A associação menciona, por exemplo, que os bombardeios israelenses mataram ou feriram mais de 50 mil crianças, que estão entre os grupos protegidos pela convenção. A associação teve como alvo não apenas o Hamas, mas "toda a população de Gaza" e destruiu deliberadamente "campos agrícolas, armazéns de alimentos e padarias", bem como "escolas, universidades, bibliotecas, museus e arquivos, todos essenciais para o bem-estar coletivo contínuo e a identidade palestina".

Duas semanas depois, a Comissão Internacional Independente de Inquérito sobre os Territórios Palestinos Ocupados, nomeada pela ONU, afirmou que “o genocídio não é mais apenas provável, mas está acontecendo agora mesmo”. A presidente da comissão, Navi Pillay, ex-oficial de direitos humanos da ONU e presidente do Tribunal Internacional sobre o Genocídio em Ruanda, considerou que “a intenção genocida é a única inferência razoável” do padrão de conduta tanto das autoridades quanto das forças armadas em Gaza. Ela atribuiu a responsabilidade aos “mais altos níveis das autoridades israelenses, que orquestraram uma campanha genocida por quase dois anos”. Ela acrescentou que o presidente Isaac Herzog; o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu; e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant “incitaram” o ato.

O discurso que desumaniza e pede ou sugere a eliminação de um povo inteiro (os palestinos, no caso) foi, de fato, uma das reivindicações (malsucedidas) que a Corte Internacional de Justiça de Haia fez a Israel — e a única apoiada pelo juiz nomeado pelo país, Aharon Barak — enquanto estuda a acusação apresentada pela África do Sul.

Em uma entrevista concedida em agosto ao Centro Europeu para o Estudo do Populismo, William Schabas, autoridade em estudos sobre genocídio e professor da Universidade de Middlesex, considerou o caso da África do Sul contra Israel por suposto genocídio "o mais poderoso já apresentado" ao Tribunal Internacional de Justiça em Haia, por se basear tanto no "padrão de conduta" das tropas quanto em "declarações e indicações claras de política". Ele também observou que países como os Estados Unidos e a Alemanha podem ser responsabilizados por "cumplicidade" devido ao seu apoio militar e político. Um ano antes, Omar Shahabudin McDoom, especialista em genocídio comparativo, definiu as ações do governo israelense como genocidas, mas insistiu que o número de mortes importa mais do que o rótulo que recebem.

De ONG a ex-general israelense

A palavra genocídio também vem sendo cada vez mais utilizada fora do meio acadêmico. ONGs de direitos humanos de destaque, como a Anistia Internacional e a Human Rights Watch, já a utilizam. Entre elas, duas ONGs israelenses, a B'Tselem e a Physicians for Human Rights.

Em outro exemplo de opiniões quase impensáveis ​​há um ano, Amiram Levin, um conhecido ex-major-general do exército israelense e vice-chefe do Mossad (o serviço de inteligência estrangeira), usou o termo em agosto, em um evento em Tel Aviv, acusando o governo israelense de dar "ordens criminosas" aos soldados. "Devemos chamar as coisas pelos seus nomes. Dar ordens para atirar em crianças famintas e pais que procuram um pedaço de pão é um crime. É genocídio, e é isso que estamos fazendo lá", disse ele.

E o principal romancista israelense, David Grossman, admitiu dolorosamente em julho passado que não podia mais "evitar" o uso da palavra. "Não depois do que li nos jornais, das imagens que vi ou das pessoas com quem conversei que estavam lá". Um ano antes, em entrevista a este jornal, ele expressou uma visão bem diferente quando questionado sobre o assunto. "Quando você coloca a vítima e o perpetrador no mesmo nível, perde credibilidade. Como tudo o que se fala sobre genocídio, é um absurdo perverso".

O debate, em todo caso, é vivenciado de forma diferente no mundo acadêmico, nas ruas e nos círculos políticos e culturais, onde o termo é frequentemente usado com pouco rigor e mais como reflexo de uma indignação reprimida. Apesar de descrever uma categoria jurídica muito específica, a palavra genocídio tornou-se uma espécie de pedra de toque quando se fala de Gaza. Uma espécie de limite entre "chamar as coisas pelo nome" e minimizar a magnitude da tragédia, o que por vezes distraiu a análise dos crimes de guerra e crimes contra a humanidade que — neste caso, com pouca discordância entre os especialistas — Israel vem cometendo em Gaza.

Era a isso que se referia o jurista e escritor britânico Philippe Sands, autor de, entre outros, 38 London Street e do aclamado East-West Street, precisamente uma revisão pessoal e jurídica desses conceitos desde a Segunda Guerra Mundial. “O desafio, como vimos, não é determinar se crimes estão sendo cometidos [em Gaza]. Não tenho dúvidas de que é tão sistemático que provavelmente também é um crime contra a humanidade, de acordo com o direito internacional. O debate — e é um debate jurídico, que, como eu disse, não é útil — é: qual é a intenção por trás dos atos?”, afirmou em um podcast para o The New York Times.

Soma-se a isso o inescapável fardo simbólico. A Convenção da ONU sobre Genocídio foi adotada em 1948 após o extermínio em massa de seis milhões de judeus (dois em cada três que viviam na Europa) pela Alemanha nazista e seus aliados. O termo foi cunhado por um jurista judeu polonês, Raphael Lemkin. A possibilidade de que esse extermínio possa estar ocorrendo em Gaza em 2025 pelo Estado judeu — criado naquele mesmo ano por dezenas de milhares de judeus que escaparam da morte ao se estabelecerem no que era então a Palestina sob mandato britânico — acrescenta uma camada simbólica controversa que às vezes é explorada por meio do antissemitismo ou da relativização do Holocausto.

A mudança no debate

O debate mudou nos últimos seis meses, com imagens de crianças emaciadas se multiplicando devido à decisão de Netanyahu de incluir a fome entre suas estratégias militares e de punição coletiva. Em março, ele revogou o cessar-fogo que havia assinado dois meses antes, evitando assim interromper a guerra e mantendo a coalizão, após a recuperação de 33 reféns. Enquanto isso, ele ordenou um bloqueio total de alimentos, água e eletricidade. Em agosto passado, pela primeira vez desde o início da invasão, a ONU declarou fome na Faixa de Gaza. Desde então, pelo menos uma pessoa (a maioria crianças) morre de fome em Gaza todos os dias, de acordo com contagens hospitalares.

Dezenas de especialistas responderam aos seus colegas que acusam Israel de genocídio. Os ataques uns aos outros são, por vezes, ad hominem. Muitos dos que consideram a acusação de genocídio errônea ou ideologicamente motivada não são, de fato, especialistas nessa área, mas sim em estudos de guerra — mais próximos de uma perspectiva militar — ou em direito internacional, entre outros. Eles baseiam seus argumentos, sobretudo, no fato de que nenhuma intenção de exterminar os palestinos — mesmo que parcial — pode ser comprovada com base nas baixas civis causadas pelos bombardeios.

Dois deles, Norman Goda e Michael Berenbaum, são especialistas em genocídio e publicaram um artigo expondo seus argumentos. Goda, professor de estudos do Holocausto na Universidade da Flórida (EUA), enquadra a acusação como "um esforço de longa data para deslegitimar Israel" e considera as acusações "carregadas de elementos antissemitas".

Berenbaum é um acadêmico e teólogo especializado em Holocausto, estudos judaicos e memória histórica, com doutorado em filosofia pela Universidade Estadual da Flórida. Ele desenvolve seus argumentos em uma entrevista a este jornal por videoconferência de Los Angeles, onde leciona as implicações éticas e religiosas do Holocausto na Universidade Judaica Americana.

O especialista considera "claro" que Israel pode ter cometido crimes de guerra ou crimes contra a humanidade em Gaza desde 2023, mas enfatiza que o país se recusa a usar "uma quantidade desproporcional de poder militar" à sua disposição que lhe permitiria exterminar todos os palestinos. Este é o mesmo argumento usado por Netanyahu no mês passado: "Se quiséssemos cometer genocídio, teríamos levado exatamente uma tarde".

Berenbaum pede para examinar o que ele chama de "evidência contrária" a cada acusação. Uma delas são as negociações no Egito entre Israel e o Hamas. "Não conheço nenhum caso de genocídio em que a parte vitoriosa, com força extraordinária para cometê-lo, esteja interessada em um cessar-fogo", argumenta. Ele também menciona o lançamento de panfletos ou o uso de corredores para fazer com que os moradores de Gaza deixem uma área antes da intensificação dos bombardeios. "Isso não significa que Israel tenha sido gentil, decente ou compassivo [...] Ou que os corredores sejam piores ou melhores. Estou abordando apenas a questão do genocídio. E essas não são políticas estruturais que fazem parte de um padrão genocida".

Leia mais

  • "É genocídio, parte meu coração, mas agora preciso dizer". Entrevista com David Grossman
  • "A maior violação bioética do século XXI". Carta de médicos americanos revela situação da saúde na Faixa de Gaza
  • “Nenhum profissional de saúde pode se calar sobre Gaza”
  • Gaza enfrenta ameaça de bactérias resistentes a antibióticos: "Isso significa um risco maior de morte por infecções"
  • A cidade de Gaza fica sem assistência médica após a saída de Médicos Sem Fronteiras
  • O primeiro estudo científico em Gaza examina um massacre indiscriminado: "Vemos ferimentos raramente vistos na história recente"
  • A morte “lenta e silenciosa” nos hospitais de Gaza
  • Pesquisa feita entre equipes de Médicos Sem Fronteiras em Gaza e suas famílias revela que quase metade dos mortos por explosões na guerra são crianças
  • O tempo está se esgotando para as crianças famintas de Gaza: o mundo agirá para salvá-las?
  • Encurralados pela morte em Gaza: relatório de MSF expõe a campanha israelense de destruição total
  • Gaza: sob os escombros de 125 mil toneladas de bombas, palestinos tentam resistir à fome e à sede. Entrevista especial com Arlene Clemesha
  • “Capitalismo canibal”: Como o genocídio de Gaza prediz um futuro global sombrio
  • “Nenhum profissional de saúde pode se calar sobre Gaza”
  • "Gaza é uma carnificina. O plano de Trump deve envolver os palestinos", afirma Pietro Parolin, secretário de estado do Vaticano
  • O Vaticano abençoa os protestos contra a "carnificina" em Gaza: "É um sinal de que não estamos condenados à indiferença"
  • "A devastação em Gaza tem sido sistemática. Agora é um deserto", constata relatório da ONU
  • A nova flotilha perto de Gaza com 90 médicos: "Estamos levando um hospital flutuante cheio de medicamentos"

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