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“Levanta-te e vai mais além, ao encontro de um futuro com os povos indígenas”. Documento final da XXVI Assembleia Geral do Cimi

Foto: Hellen Loures | Cimi

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25 Setembro 2025

Documento foi divulgado ao final da assembleia, que ocorreu entre 21 e 24 de setembro definiu as prioridades de ação do Cimi para os próximos dois anos e publicado por publicada por Conselho Indigenista Missionário, 24-09-2025.

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) concluiu sua XXVI Assembleia Geral nesta quarta-feira (24), com a aprovação do documento final. O documento sintetiza as reflexões e prioridades de ação definidas pela assembleia, realizada entre os dias 21 e 24 de setembro no Centro de Formação Vicente Cañas (CFVC),em Luziânia (GO).

Com o tema “Levanta-te e vai mais além”, a assembleia teve participação de missionárias e missionários, leigas e leigos, religiosas e religiosos, além de lideranças indígenas de várias regiões do país.

Entre as prioridades de ação definidas pelo Cimi para o próximo biênio estão: terra, território e direito a água, com ênfase na demarcação, usufruto exclusivo e produção de alimentos saudáveis; a afirmação da Constituição Federal, compreendendo a terra e a natureza como sujeitos de direitos; e os Povos Indígenas em contexto urbano, suas lutas por terra e políticas públicas diferenciadas.

Eis a íntegra do documento 

Documento Final da XXVI Assembleia Geral do Cimi

Levanta-te e vai mais além (cf. Lc 17.11-19)

Missionárias e missionários, leigas e leigos, religiosas e religiosos, com a presença de lideranças indígenas de várias regiões do Brasil, reuniram-se de 21 a 24 de setembro de 2025, no Centro de Formação Vicente Cañas, em Luziânia (GO), para a XXVI Assembleia Geral do Cimi.

“Levanta-te e vai mais além” foi o tema que norteou os discernimentos da realidade sociopolítica deste momento e acompanhou a definição das seguintes prioridades para os próximos dois anos:

Terra, território e direito a água, com ênfase na demarcação, usufruto exclusivo e produção de alimentos saudáveis; afirmar a Constituição Federal, compreendendo a terra e a natureza como sujeitos de direitos; e os Povos Indígenas em contexto urbano, suas lutas por terra e políticas públicas diferenciadas.

O Cimi também acolheu, na integralidade, as propostas apresentadas pelas lideranças indígenas presentes na assembleia, dentre as quais destacamos: a necessidade de investir esforços no fortalecimento das organizações de base, da autonomia dos povos indígenas e de uma maior articulação política e institucional.

O Cimi, nesse ambiente de reflexão e análise, não deixou de acompanhar – com preocupação – as ações violentas praticadas (durante o andamento da Assembleia) contra as comunidades Guarani e Kaiowá de Guyraroka, Porto Cambira e Avaeté 2, no Mato Grosso do Sul, que sofreram ataques brutos e ilegais das forças de segurança do estado, quando estavam buscando o direito à vida, ao futuro e a dignidade através da retomada de seus territórios tradicionais.

O tema escolhido para a XXVI Assembleia Geral, no ano do Jubileu da Esperança, se inspirou em Lc 17.11-19, sobretudo no encontro e na cura de Jesus aos dez leprosos. Um deles voltou para agradecer e louvar a Deus. E Jesus lhe disse: “Não fui eu. Foi a tua fé que te salvou. Levanta-te e vai além!”.

E nós, do Cimi, procuramos mais uma vez nos levantar, pedir perdão aos povos indígenas, agradecer a Deus e animar-nos com a promessa de ir mais longe e além dos seus 53 anos desde a sua criação, que nesta Assembleia comemoramos.

Durante as análises feitas, verificamos, mais uma vez, que os povos indígenas no Brasil, apesar de seu forte e expressivo protagonismo e marcante presença nos espaços de poder público – especialmente no Executivo, responsável pelas políticas voltadas às comunidades –, ainda são tratados como obstáculos ao desenvolvimento econômico. Este modelo, de caráter exploratório e radicado na extração desmedida dos recursos da Mãe Terra, avança dia após dia, sufocando-a com a devastação que impõe.

A Mãe Terra chora e clama por seus filhos e filhas ante a ofensiva do desmatamento, das queimadas, do garimpo e da mineração predatória. Os ambiciosos não cessam um só segundo suas agressões; contaminam e dilaceram o meio ambiente, as águas e toda a biodiversidade.

Nesse contexto, as vidas pouco valem diante da ganância por uma lucratividade fácil e farta. Não há medidas, leis ou mecanismos de contenção capazes de frear os interesses do capital quando estes se apresentam com seus tentáculos, sobrepondo-se a tudo e a todos.

Teses, leis e proposições legislativas são criadas para restringir direitos, fragilizar as lutas e impor, da forma mais contumaz, limitações à capacidade da Constituição Federal de demarcar, proteger e garantir os territórios tradicionais.

A Lei 14.701/2023, conhecida como “Lei do Marco Temporal”, foi criada para interromper a política indigenista em um momento de esperança. Ela paralisou as demarcações, estimulou a violência e as perseguições e acelerou as invasões de territórios. Trata-se de um instrumento a favor do arbítrio, cuja tese central já foi considerada inconstitucional pelo STF, mas que segue em vigor, submetendo vidas a um poder insensato e causando dor e sofrimento aos povos originários em todas as regiões do Brasil.

É imperativo e urgente que o STF retome, imediatamente, o julgamento do Recurso Extraordinário de Repercussão Geral 1.017.365 – tema 1031 – para declarar a inconstitucionalidade da Lei 14701/2023.

Às vésperas da COP30, observa-se, com grande preocupação, que os algozes, detentores do capital político e econômico, são os próprios fiadores desse espaço internacional de reflexão sobre o clima. Na prática, pretendem transformar a natureza em um grande canteiro de obras, especialmente vinculado à mineração de terras raras e à extração de petróleo e gás, com destaque para a foz do Rio Amazonas.

A força do mercado, gerada pelas grandes corporações transnacionais exploratórias, impõem-se de forma cruel, subjugando o povo, a natureza e a soberania de nossa Casa Comum e, sob a lógica da exploração, promovem a financeirização da natureza. Elas arrastam governos, iludem consciências e promovem, de um lado, a cooptação e, de outro, o extermínio. Não há ética, solidariedade, piedade ou remorso, pois, para elas, os bens da Terra devem servir à economia e à riqueza de minorias que se julgam donas do mundo.

Mas há resistência. A passividade não comunga com a luta; esta não se amedronta, é teimosa, rebelde e radical na defesa da vida, dos direitos e da Mãe Terra, nossa Casa Comum.

Levanta-te e vai mais além, como peregrinas e peregrinos. Não vivemos tempos de conforto, mas de desmontar nossas tendas, desfazer nossa razão e segurança e desconstruir nosso sonho de um mundo perfeito. Muitas vezes, nosso desconforto é uma mensagem de Deus para que nos levantemos.

Levanta-te e vai mais além, porque, como nos dizia Dom Pedro Casaldáliga: “quanto mais difíceis os tempos, maior deve ser nossa esperança”. Sigamos como aprendizes, como iniciantes no amor, na esperança e na rebeldia, peregrinando pelos caminhos das causas que nos mobilizam.

Levanta-te e vai mais além, ao encontro de um futuro com os povos indígenas. Um futuro que muitas vezes consideramos incerto, mas que é o destino desta exigência de um amor radical por eles, que caminham ao nosso lado.

Levanta-te para prepararmos o desmonte de nossas tendas. A vida nos induz a ir além, porque não é perfeita, mas sim marcada por inquietações. Porém, levantar-se é o recomeço necessário para que, junto aos povos indígenas, entendamos que o que a vida quer de nós é coragem.

Não é só a crença que salvou o leproso. Foi a fé em movimento, foi a tua esperança peregrina que produziu gratidão e paciência. Foi a fé que transformou a vida em glória a Deus. Glória a Deus são os povos indígenas em luta pela vida e nós, incondicionalmente ao seu lado, não como assentados, mas como peregrinas e peregrinos de esperança.

Diga ao Povo que avance!

Avançaremos!

Centro de Formação Vicente Cañas, Luziânia (GO), 24 de setembro de 2025

XXVI Assembleia Geral do Conselho Indigenista Missionário – Cimi

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