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Jesus diante dos instigadores do medo, do ódio e da violência. Artigo de Guillermo Jesús Kowalski

Foto: Paul Zoetemeijer | Unsplash

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13 Setembro 2025

Democracia e sinodalidade são processos sociais que expressam a lógica do Reino, incluindo todos aqueles que são diferentes. A democracia reconhece a dignidade e a voz de cada pessoa no diálogo, afirmando que ninguém pode impor sua vontade em nome de riqueza ou poder. Sinodalidade é "caminhar juntos" das periferias em direção à plenitude do Reino de Deus.

O artigo é de Guillermo Jesús Kowalski, teólogo e cientista social, mestre em Doutrina Social da Igreja pela Universidade de Salamanca, publicado por Religión Digital, 12-09-2025.

Eis o artigo.

A vida e a morte de Jesus de Nazaré são uma chave inescapável para a compreensão dos mecanismos históricos do ódio, do medo e da violência. Sua paixão não foi um acidente ou um plano abstrato, mas o resultado de uma vida que expôs radicalmente as estruturas do pecado que se perpetuam demonizando, excluindo e sacrificando o "outro".

René Girard descreveu essa lógica como o “mecanismo do bode expiatório”, pelo qual uma comunidade é incitada a projetar sua violência sobre uma vítima inocente a fim de construir uma falsa unidade (Girard, 1986): “unida pelo ódio”. Assim, um grupo “messiânico” afirma possuir as verdadeiras “essências nacionais” ou “ortodoxias inflexíveis” para se apropriar da “pátria”, da “igreja”, etc., enquanto proclama cruzadas e inquisições contra os “impuros e traidores”. O que há de original no Evangelho, por outro lado, é que a narrativa se situa do lado da vítima e não desses algozes, revelando a mentira sacrificial que sustenta tal “ordem estabelecida” com discursos violentos.

James Cone, em sua Teologia Negra, afirmou que “a cruz só pode ser entendida a partir da perspectiva daqueles que foram linchados”. Este é Jesus: sua condenação só faz sentido quando vista da perspectiva das vítimas de todos os tempos — migrantes rejeitados, povos oprimidos, mulheres abusadas, os pobres invisíveis.

Ao confrontar Jesus com os instigadores do ódio do seu tempo, o Evangelho torna-se um espelho das nossas próprias sociedades, atualmente atraídas por nacionalismos excludentes, populismos manipuladores, fundamentalismos ideológicos e clericalismos retrógrados que prometem soluções messiânicas simplistas para problemas complexos.

Os poderes que condenaram Jesus

Os Evangelhos revelam que a eliminação de Jesus foi resultado de uma aliança entre diferentes poderes que concordaram com a necessidade de silenciá-lo. Eles revelam arquétipos de violência que continuam a operar hoje.

O nacionalismo religioso e xenófobo buscava um Messias guerreiro que aniquilasse o estrangeiro. Os zelotes aspiravam à libertação pela espada, enquanto a elite do Sinédrio justificava a condenação de Jesus em nome da sobrevivência nacional: "É melhor que um homem morra pelo povo do que pereça toda a nação" (João 11,50). Essa lógica da "razão de Estado" se prolonga nos slogans atuais, onde o estrangeiro é sacrificado em nome de uma identidade fechada e autossuficiente.

A vocação do ultrapopulismo é manipular a multidão com meias-verdades e soluções simplistas. A multidão que celebrou a entrada de Jesus em Jerusalém exigiu sua crucificação dias depois, incentivada pelas elites (Marcos 15,11).

Fundamentalismo e clericalismo representam outra face do poder opressor. Jesus denunciou os escribas e fariseus que "fecharam o Reino" com leis ideológicas para dominar, controlar e marginalizar (Mt 23,13). Esse mesmo fundamentalismo se concretiza em igrejas que excluem divorciados, marginalizam mulheres, rejeitam padres casados ​​ou legitimam nacionalismos excludentes. O Papa Francisco descreveu o clericalismo como uma das maiores pragas da Igreja (Francisco, 2018).

A práxis de Jesus: desmantelar o ódio pela raiz

Diante desses provocadores, Jesus não propôs um programa político alternativo, mas sim uma práxis de amor e de justiça que humaniza, por meio de Deus, a ordem injusta dos homens.

Jesus não se limitou a falar aos excluídos; colocou-se fisicamente entre eles: tocou o leproso (Mc 1,41), defendeu a mulher adúltera (Jo 8,1-11), louvou a fé do centurião romano (Mt 8,10), desmantelando preconceitos nacionalistas, raciais e religiosos. Cada gesto devolveu a dignidade aos excluídos.

"A cruz foi a consequência inevitável de ter tomado partido dos crucificados da história" (Sobrino, 1991). Jesus revela nas Bem-Aventuranças, e Maria no Magnificat, que Deus não está do lado dos algozes, mas das vítimas, e que a salvação passa necessariamente pela justiça para elas.

Ele rejeitou a instrumentalização de Deus. No deserto (Mt 4,1-11), rejeitou transformar pedras em pães (messianismo economicista e populista), atirar-se do templo (messianismo espetacular e manipulador) e adorar Satanás (messianismo político do poder mundano). Diante de ídolos criados à medida dos poderosos, revelou um Abba misericordioso, cujo reinado se manifesta na fraqueza da cruz. Sua morte não é um sacrifício exigido por um Deus sanguinário, mas uma entrega livre por amor para mudar a violência injusta do sistema sacrificial.

Ele também transformou o paradigma da autoridade. Enquanto os líderes impunham fardos, Jesus lavou os pés dos seus discípulos (Jo 13,1-20), instituindo um modelo de poder como serviço. “Quem quiser ser o primeiro, seja servo de todos” (Mt 20,27). Esta é uma denúncia radical de todo clericalismo e de toda dominação exercida como privilégio e que resulta em abuso. A verdadeira religião, para Jesus, não é o culto ritualístico separado da justiça, mas “visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações” (Tg 1,27).

A cruz é a opção preferencial das vítimas

A cruz não foi uma derrota, mas a revelação da inocência da vítima e o julgamento de seus algozes. O centurião romano proclama: "Verdadeiramente este homem era justo" (Lucas 23,47), mostrando que a Revelação do Mistério resplandece do Crucificado.

A Paixão de Cristo é a "revelação definitiva" que deslegitima o mecanismo sacrificial (Girard, 2001) e o substitui pela lógica de uma misericórdia maior. A ressurreição, portanto, não é um final feliz, mas a vindicação da vítima e a certeza de que Deus está com os crucificados da história, convocando o mundo.

Nessa perspectiva, cada migrante que morre na jornada, cada mulher assassinada, cada minoria desprezada pelo fundamentalismo, é um Cristo desfigurado que clama por justiça. A pergunta de Jesus a Paulo — "Por que me persegues?" (Atos 9,4) — se repete em cada ato de exclusão.

Democracia e sinodalidade são caminhos históricos que, com todas as suas fragilidades, expressam a lógica do Reino em diferentes níveis. A democracia reconhece a dignidade e a voz de cada pessoa, afirmando que ninguém pode impor sua vontade em nome de riqueza ou poder (Berlim, 1997). A sinodalidade, entendida como "caminhar juntos", reconhece que todos os batizados participam da vida e da missão da Igreja (CTI, 2018). Ambas as opções substituem o monólogo pelo diálogo, a dominação pelo serviço e a exclusão pela participação.

Mas esses modelos são ameaçados pelo populismo autoritário e pelo clericalismo retrógrado. Byung-Chul Han alerta que o populismo cria massas iradas, unidas pelo ódio a um inimigo comum (Han, 2014). O clericalismo transforma a Igreja em uma casta sacerdotal privilegiada, sem a corresponsabilidade de leigos e mulheres, e nega o diálogo do Vaticano II com um mundo que pensa diferente. Ambos são antievangélicos porque negam a encarnação: enquanto o Verbo se fez carne nos frágeis (Jo 1,14), eles erguem muros de superioridade, pureza e exclusão.

Conclusão

Jesus expôs os mecanismos do ódio de seu tempo e ofereceu uma alternativa: o poder transformador da compaixão. Ele não venceu o ódio com ódio, mas com o amor levado ao extremo (João 13:1). Sua vida e cruz desafiam todo sistema que sacrifica inocentes e nos convidam a caminhar com as vítimas.

Hoje, segui-lo significa tirar da cruz os crucificados da história, desmascarar os instigadores do medo e semear gestos de justiça, hospitalidade e reconciliação.

A esperança cristã não é ingênua; reconhece que o trigo e o joio crescem juntos (Mt 13,24). Mas confia que o amor é mais forte que a morte e que a compaixão pode desarmar o medo. Diante dos populismos e clericalismos atuais, a democracia e a sinodalidade surgem como sementes do Reino na lama da história. Cristo crucificado nos lembra que Deus nunca está com os algozes, mas com as vítimas, e que a palavra final não é ódio ou violência, mas vida e fraternidade.

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