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21 Julho 2025

"A arma mais poderosa à disposição de Putin e de Netanyahu para executar as atrocidades que testemunhamos diariamente na Ucrânia e em Gaza, respectivamente, é a nossa indiferença", escreve Umberto Galimberti, filósofo, antropólogo e psicólogo italiano, em artigo publicado por La Repubblica, 20-07-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

A arma mais poderosa à disposição de Putin e de Netanyahu para executar as atrocidades que testemunhamos diariamente na Ucrânia e em Gaza, respectivamente, é a nossa indiferença, que não depende da normalização ou da habituação induzida pelos relatos diários de destruição, massacres, mortos e feridos, mas do fato de que quanto mais essas destruições e massacres aumentam, mais dificultam a nossa capacidade de realmente perceber e hipoteticamente imaginar o que está acontecendo, paralisando, se não aniquilando, a experiência de uma nossa possível e, sem grandes dúvidas, provável responsabilidade. A explicação para esse fenômeno é fornecida por Günther Anders em seu Nós, Filhos de Eichmann (publicado pela Editora Elefante).

O livro foi escrito quando Adolf Eichmann foi preso pelos serviços secretos israelenses na Argentina, onde havia se refugiado, e levado para Israel. Ele foi condenado após um julgamento durante o qual, graças aos seus relatos e confissões, os horrores do que aconteceu em Auschwitz foram revelados em toda sua aterradora atrocidade.

Diante da crueldade, estamos acostumados a expressar indignação e, ao fazê-lo, acreditamos ter salvaguardado a nossa inocência e nos colocado do lado certo da história.

Mas se nos limitarmos a isso, como nós, europeus, estamos fazendo diante das atrocidades que aumentam dia após dia, cometidas pelo exército israelense contra a população de Gaza, não nos movemos um milímetro de nossa fundamental indiferença, que por sua vez aumenta justamente com o aumento de tais atos.

Depois de 7 de outubro, apoiamos a reação de Israel contra os fundamentalistas do Hamas que haviam cometido aquele ato terrorista. Desde então, sob o pretexto de erradicar todos os terroristas de Gaza, foi arrasado todo o território da Faixa de Gaza, forçando a população a deslocamentos constantes, onde nenhuma forma de segurança poderia garantir sua sobrevivência. Até o momento, o número estimado de mortos em Gaza chegou a quase 60 mil, além de um número no momento incalculável de vítimas soterradas sob os escombros. De nossa parte, nós, europeus, denunciamos a desproporcionalidade da resposta israelense, mas não suspendemos o Acordo de Associação UE-Israel, e tornou-se cada vez mais fraco o apoio à proposta de dois povos e dois Estados. O aumento das atrocidades não diminuiu a indiferença para com aqueles que perpetraram essas barbáries, apesar de o Tribunal Internacional de Justiça das Nações Unidas, em Haia, ter emitido um mandado de prisão contra Netanyahu por crimes de guerra.

Esses crimes aumentaram, por um lado, com o apoio do governo israelense aos colonos israelenses que com a violência ocupam as terras palestinas na Cisjordânia e, por outro, provocando a fome da população de Gaza, primeiro impedindo e depois limitando a entrada de ajudas alimentares.

Dessa forma, é deslegitimado o direito internacional, que obriga o país ocupante a garantir comida, água e assistência médica. Quase todos os hospitais de Gaza também foram destruídos, com mais de mil vítimas entre os profissionais de saúde. Como se não bastasse, todos os dias, nos pontos de coleta para distribuição de alimentos e água, invariavelmente e, portanto, intencionalmente, atira-se contra as multidões que se aglomeram em busca de algo que possa saciar a sede e alimentar, resultando com 40 a 100 pessoas por dia que encontram a morte em vez de comida e água. Mesmo essas novas atrocidades não conseguiram arranhar a nossa indiferença. Uma indiferença possibilitada também pelo fato de o governo israelense não ter permitido o acesso da imprensa estrangeira à Faixa de Gaza.

Não só isso, mas, como relata um estudo recente do Projeto Custos da Guerra da estadunidense Brown University, durante esses anos de guerra as operações israelenses em Gaza causaram a morte de mais de 200 jornalistas palestinos. Sem testemunhas, as mídias só podem nos fornecer a cada dia a contagem dos mortos envoltos em lençóis brancos, com parentes e conhecidos em pé diante dos corpos, comovidos e rezando. Assim, como justificativa parcial para nossa indiferença, nossa percepção do que está acontecendo naquela terra se turva e, envolvidos pela tranquilidade de quem sabe que está seguro, como escreve Chris Hedges, correspondente de guerra do New York Times, em "Il fascino oscuro della guerra" (Laterza), nós todos "não escutamos os gemidos de agonia, não vemos o sangue e as vísceras jorrando do corpo, não sentimos o cheiro da carne em decomposição, não ouvimos o rugido ensurdecedor e aterrador das bombas, de forma que a guerra reconstruída pelas mídias, em muitos casos, tem o realismo de um balé".

Não é apenas nossa percepção da realidade de Gaza que trava, é também a nossa imaginação.

Pois como poderíamos imaginar que o governo israelense pudesse emitir uma proibição de tomar banho de mar, punível com pena de fuzilamento, para quem fosse ao mar se lavar? E isso para uma população suada e suja de poeira, para mulheres sem absorventes higiênicos. Mas pior do que a travação da nossa percepção e da nossa imaginação, para consolidar a nossa indiferença concorre — como escreve Günter Anders sobre a indiferença que acompanhou o extermínio nazista dos judeus — "a inadequação do nosso sentimento, que não é um simples defeito entre muitos, mas é ainda pior do que as piores coisas que já aconteceram, até pior do que os seis milhões. Por quê? Porque é esse fracasso que torna possível a repetição dessas coisas terríveis, o que facilita o seu aumento, o que torna essa repetição e esse aumento inevitáveis".

De fato, escreve Günter Anders, aplica-se essa regra infernal, segundo a qual o nosso mecanismo de defesa trava assim que uma certa magnitude máxima é excedida; portanto, quanto mais feroz e atroz se torna a agressão em suas consequências, mais aumenta a nossa indiferença, inclusive para evitar nossa tomada de consciência da impotência para mudar as coisas. "E já que essa regra infernal vigora", escreve Günter Anders, "o monstruoso agora tem sinal verde".

Nesse ponto, não apenas os sentimentos de horror e compaixão se paralisam, mas também o nosso sentimento de responsabilidade, o que nos permite sentir-nos inocentes, até mesmo impotentes, e, portanto, exonerados da intervenção. Esse é o caminho principal que leva à degradação da noção de "homem" e à defesa do valor de sua vida.

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