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O Conclave como uma sessão de análise coletiva. Artigo de Massimo Recalcati

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12 Mai 2025

"Se Trump celebra de fato a morte do Pai demonstrando que não existe nenhuma Lei fora da lei perversa da pulsão, só podemos esperar que Leão XIV não fique prisioneiro da tentação melancólica de encarnar um Pai capaz de restituir valor à velha ordem. De fato, não se trata de contrapor ao pai perverso encarnado por Trump o pai glorioso da tradição (do qual João Paulo II e Bento XVI foram as últimas expressões), mas de fazer existir um Pai capaz de ser testemunha de uma fraternidade possível. É a encruzilhada conturbada que se abre entre o retorno nostálgico e consolador a uma glória agora irreversivelmente apagada e o caminho tortuoso, mas gerador, corajosamente empreendido por seu antecessor", escreve Massimo Recalcati, psicanalista italiano, em artigo publicado por La Repubblica, 11-05-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Nunca tinha acontecido de ouvir entre meus pacientes – católicos e não católicos – um interesse tão vivo pelo Conclave. Era previsível que isso acontecesse com a epidemia de Covid e a preocupante disseminação das guerras. Mas por que falar durante a análise precisamente do Conclave e da eleição do novo pontífice? Certamente não por causa de um interesse mórbido pelo espetáculo da bolsa de apostas do Papa destas últimas semanas. Mas sim, creio, pela dimensão do ritual secreto e do mistério que o evento do Conclave – para além dos seus óbvios compromissos políticos – ainda conseguiu preservar.

A escolha do novo Papa se consumou num lugar desconectado, apartado, inacessível – apesar de localizado no coração de uma grande cidade –, opaco aos holofotes. A própria referência teológica à presença do Espírito Santo – quer se acredite ou não – atribui a esse ritual uma aura mística cada vez mais desconhecida para o nosso tempo, que, em nome do algoritmo, não deixa mais nenhum espaço para o insondável.

Será essa, talvez, a razão pela qual os pacientes falam sobre isso com tanta insistência? Não com a angústia catastrófica provocada pela epidemia ou pela guerra, mas com uma espécie de estranho interesse. Não haveria, talvez, uma analogia evidente com o que acontece em uma sessão de análise? As portas se fecham, os ruídos habituais do mundo são atenuados ou mesmo eliminados, a confidencialidade é obrigatória, a linguagem assume uma dimensão codificada e enigmática (as fumaças, os juramentos, os escrutínios secretos, as conversas privadas), a mente se abre para a possibilidade de que algo impensável possa acontecer... Como se houvesse uma exigência generalizada de silêncio e segredo que contrasta com o drama das guerras, da disputa política, da corrida diária para dominar o adversário. Mas também a de um ritual simbólico que, transmitido ao longo dos séculos, oferece a ilusão pacificadora de um processo simbólico solidamente estruturado: morte, crise, elaboração, regeneração.

É algo que hoje só podemos observar de longe. As guerras que assolam o nosso tempo sinalizam a derrubada da Lei da Palavra. Sem essa Lei, a convivência entre os homens se transforma em fúria agressiva. É o que, para dar apenas um exemplo, acontece na violação sistemática do direito internacional. Por essa razão, o ritual simbólico da eleição do novo pontífice capturou um interesse extraordinário de massa. Não apenas, portanto, por sua espetacularização midiática. O que está em jogo é a esperança de trazer a Lei da Palavra de volta ao lugar onde irmãos se matam sem piedade porque deixaram de se reconhecer como filhos dessa Lei. As primeiras palavras proferidas pelo novo Papa, portanto, não poderiam deixar de ser inspiradas por um suspiro universal: paz, diálogo, pontes, reconciliação que contrasta com o particularismo irredutível das identidades tribais que hoje parecem governar o destino do mundo. Um Papa estadunidense torna possível uma visão de mundo diferente daquela imposta por Trump, que efetivamente transformou os Estados Unidos em uma tribo armada que reivindica a primazia sobre todas as outras.

O novo Papa, ao contrário, inicia seu pontificado invocando a existência de um Nome do Pai capaz de transcender o impulso identitário dos diferentes nacionalismos. O problema, porém, é que o universalismo está destinado a permanecer vazio e impotente se não estiver vinculado a interesses pulsionais localizados. É a relação difícil, mas imprescindível, que deveria inspirar a relação entre o Um – universal – e o Multíplice – local –, fora e dentro da Igreja. Não há dúvida de que, ao renunciar sem hesitação à máscara ideal do universalismo, Trump parece, para o espírito do nosso tempo, muito mais convincente do que o Papa estadunidense.

Ele demonstrou – contra a revelação cristã – que a verdadeira face de Deus é a do dinheiro e do lucro individual. Nesse sentido, o novo Papa pode ser um antídoto para Trump, embora também corra o risco de se tornar seu duplo melancólico. Ele não deveria vestir as roupas ideais do salvador, mas sim as da testemunha de uma época que deve aprender a prescindir dos salvadores ideais.

É evidente que Trump não encarna o pai que guarda a Lei da Palavra, mas o pai freudiano da horda: o pai que deseja desfrutar de todas as mulheres e que submete todos os seus filhos à sua vontade. No entanto, a nostalgia do pai nunca é inocente. A mensagem do Papa estadunidense terá, de fato, que se escapar da sedução identitária, incluindo aquela presente na Igreja Católica.

Não se trata de restaurar a Ordem perdida, mas sim de oferecer um testemunho consciente de sua crise irreversível.

Se Trump celebra de fato a morte do Pai demonstrando que não existe nenhuma Lei fora da lei perversa da pulsão, só podemos esperar que Leão XIV não fique prisioneiro da tentação melancólica de encarnar um Pai capaz de restituir valor à velha ordem. De fato, não se trata de contrapor ao pai perverso encarnado por Trump o pai glorioso da tradição (do qual João Paulo II e Bento XVI foram as últimas expressões), mas de fazer existir um Pai capaz de ser testemunha de uma fraternidade possível. É a encruzilhada conturbada que se abre entre o retorno nostálgico e consolador a uma glória agora irreversivelmente apagada e o caminho tortuoso, mas gerador, corajosamente empreendido por seu antecessor.

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